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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

21
Jul23

Cidade de Chaves - Um olhar já a pensar no fim-de-semana

Trabalho e Ócio


1600-(57257)

 

Hoje porque é sexta-feira, vou deixar-vos uma imagem já a pensar no fim do dia, em que deixamos o trabalho para entrarmos em fim-de-semana, para os nossos momentos de ócio, lazer e descanso, um direito que todos os trabalhadores têm ou deveriam ter. Chamo aqui a atenção para não confundirem ócio com ociosidade, e também que, não deve ser entendido com o mesmo significado de lazer, embora quase sempre e vulgarmente se entenda como um seu sinónimo, que não é, mas também não é um seu antónimo, aliás, até podem conviver muito bem juntos. Há que ir à origem da palavra ócio para se entender o seu verdadeiro significado. Ócio é antónimo de trabalho, mas até se pode trabalhar nos nossos momentos de ócio, desde que seja um trabalho que se faz por obrigação, mas voluntário, nosso, que fazemos com prazer e em que saímos dele valorizados, humanamente valorizados, com mais conhecimentos, por exemplo.

 

Para melhor entendimento do que é trabalho e ócio, deixo-vos aqui um artigo de Carla Marques, em que se esclarece um pouco a sua relação, artigo, que desde já se diga, subscrevo na integra.

 

O trabalho e o ócio

Do trabalho para escravos ao trabalho que escraviza

 

(...)

 

A palavra trabalho teve origem em tripalium, nome latino de um instrumento de tortura, formado por três estacas de madeira que eram unidas de forma cruzada e cravadas no chão. Ao tripalium prendiam-se as pessoas que seriam castigadas pelo recurso a crueldades físicas várias. A inquisição soube bem reconhecer as virtualidades deste artefacto e recuperou-o como instrumento de tortura.

 

O que é facto é que o trabalho tem na sua etimologia o sangue da sevícia e do padecimento. Aliás, não esqueçamos que na Roma da Antiguidade trabalhava quem era escravo, ou seja, o trabalho era uma condição aliada à perda de liberdade.

 

A escuma do tempo e a mudança social tomaram em mãos uma verdadeira operação de cosmética ao conceito de trabalho que de escravo ascendeu aos títulos aristocráticos e se convenceu que enobrece o homem e que o eleva acima das outras criaturas. A formiguinha venceu, mesmo, a cigarra, como nos conta a fábula!

 

O ócio, antónimo de trabalho, que era tido como arte de fruição existencial, caiu na lama e foi crucificado como pecado mortal por mãos dos seguidores acéfalos do trabalho, que esfregou as mãos de contente! Os desocupados, os inativos e os preguiçosos são os novos párias da sociedade, que acusa e rejeita todos aqueles que não se dão a grandes esforços e que não contribuem para a dita produção de riqueza (própria ou alheia, bem entendido seja).

 

E é assim que o trabalho, erguido à condição de deus salvador da condição humana, não deixa de mostrar debaixo da capa brilhante as puas que amarram o homem. Toda a depuração de sentidos que a palavra sofreu não erradicou a realidade em que teve o berço. O tripalium continua lá, no cerne do seu ADN (mais para uns do que para outros, é certo). Suga-nos a humanidade, mas já não vivemos sem ele e sofremos amargamente se o perdemos. O mesmo trabalho que assumiu a dignidade da nobreza rebaixou-nos à condição de escravos, em sofrimento, mas resignados, quase a achar que somos felizes por ter trabalho.

 

Safaram-se alguns: os chicos-espertos e aqueles para quem se trabalha.'

 

in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/idioma/o-trabalho-e-o-ocio/4211

 

Venha então daí o fim-de-semana! Ah! e dedico o post de hoje a algumas pessoas que eu cá sei…

 

 

30
Jun23

Cidade de Chaves, num olhar


1600-(56692)

 

Para hoje em fim de semana, fica uma imagem de chaves a preto e branco, ou quase, talvez mais apropriado até seja dizer a duas cores, em vários tons, com reflexos, uma ponte, esplanadas e um dia de sol, intenso e brilhante, como só o sol sabe ser, quando quer, ou o deixam, pois há sempre nuvens por aí que tudo toldam e ofuscam, e até podem ser (também) intensas, mas falta-lhes o brilho, do brilhante. Um bom fim-de-semana, se possível, claro!

28
Jun23

Cidade de Chaves - Ponte Romana


1600-(56864)

 

Hoje fica um bocadinho da nossa ponte romana num momento dos muitos momentos em que turistas e flavienses passam pelos padrões da ponte, ou melhor, pelo padrão dos povos e a coluna comemorativa da sua construção. Embora toda a informação sobre a o padrão e a coluna esteja neles inscrita a verdade é que só alguns, poucos, conseguem decifrar as inscrições e o que nelas se diz, e como por lá não existe mais informação senão a que lá está no seu original, ou no que chegou até nós, deixo-vos o que que lá está inscrito e a sua tradução. Claro que eu também não sei ler aquilo, ou melhor, saber ler até sei, mas não sei o seu significado, assim recorri ao que consta na página oficial do Património Cultural da Direção-Geral do Património Cultural:

 

"O chamado "Padrão dos Povos", tem a seguinte inscrição: IMP(eratori) CAES(ari) VE[SP(asiano) AVG(vsto) PONT(ifici)] / MAX(imo) TRIB(unicia) POT(estate) [XX P(atri) P(atriae) CO(n)S(uli) IX] / IMP(eratori) VESP(asiano) CAES(ari) AV[G(usti) F(ilio) PONT(ifici) TRIB(unicia) POT(estate)] / VIII IMP(eratori) XIIII CO(n)[S(uli) VI / [...] / C(aio) CALPETANO RA[NTIO QVIRINALI] / VAL(erio) FESTO LEG(ato) A[VG(usti) PR(o) PR(aetore)] / D(ecio) CORNELIO MA[ECIANO LEG(ato) AVG(usti)] / L(ucio) ARRVNTIO MAX[IMO PROC(uratori) AVG(usti)] / LEG(ioni) VII GEM(inae) [FEL(ici)] / CIVITATES [X] AQVIFLAVIEN[SES AOBRIGENS(es)] / BIBALI COEL[ERNI EQVAESI] / INTERAMIC[I LIMICI AEBISOCI] / QVARQVE[R]NI TA[MAGANI]". A tradução da inscrição é: Sendo Imperador César Vespasiano Augusto, Pontífice Máximo, com o Poder Tribunício dez vezes, Imperador vinte vezes. Pai da Pátria, Cônsul nove vezes e filho do Imperador Vespasiano César Augusto, Pontífice, exercendo o Poder tribunício oito vezes, Imperador catorze vezes, Cônsul seis... Caio Calpetano Rantio Quirinal Valério Festo, Legado de Augusto e Propetor Décio Cornélio Meciano, Legado Augusto Lucio Arruntio Maximo, Procurador Augusto Legião VII Gemina Feliz, dez civitates, Aquaflaviensis, Aobrigen ses, Bibalos, Celerinos, Equesos, Interamnicos, Limicos, Nebisocos, Quarquernos, coamaganos.

A coluna comemorativa da construção da ponte tem a inscrição: "IMP(eratori) CAES(ari) NERVA / TRAIANO AVG(usto) GER(manico) / DACICO PONT(ifici) MAX(imo) / TRIB(unitia) POT(estate) CO(n)S(ule) V P(atri) P(atriae) / AQVIFLAVIENSES / PONTEM LAPIDEVM / DE SVO F(aciendum) C(uravit)". A sua tradução é: Sendo imperador o césar Nerva Trajano augusto germânico, Dácico, pontífice máximo, com a potestade tribunícia, cônsul pela quinta vez, pai da pátria; os Aquiflavienses levantaram à sua custa esta ponte de pedra."

 

Um bom dia de feira!

 

 

 

 

 

 

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