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Foto de Manuel Ferreira
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E hoje vamos novamente até outros olhares lançados sobre a cidade e registados em fotografia.
Como sempre a água e os rios são pontos de atracção. Talvez por instinto ou pura atracção, também em Chaves, se o descobrem, também não se resiste ao Tâmega, e disse - se o descobrem - porque por cá, o turista continua a andar por conta própria em verdadeiras aventuras de descobrir o que vai havendo de interessante. O que nos vai valendo, é a cidade ser pequena e alguma coisa vão descobrindo. Pelo turismo e pelos turistas que visitam Chaves, continua-se sem nada fazer, e quanto às novas tácticas turísticas que se poderiam sonhar com a abolição da Comissão Regional de Turismo, parecem ter ficado no papel (se é que foram escritas), pois ao que parece, apenas mudaram de instalações e de nome. Por Chaves tudo continua igual e parece que os responsáveis ainda não se aperceberam que a melhor (e também a pior) publicidade que se pode fazer cá da terrinha, é mesmo a que os turistas que nos visitam levam consigo para as suas terras. Contudo, acredito que mesmo assim partam satisfeitos com o pouco que vão descobrindo por conta própria, se calha sem comer um pastel de Chaves ou sem saber que por Vilar de Nantes se faz (ou fazia) peças de “loiça” preta artesanalmente, sem saber que também temos bom vinho ou água quente e termas, sem tirar o proveito e o sabor da fama do Presunto de Chaves (que ninguém sabe onde pára). Mas enfim, alguns, até conseguem por entre muralhas de betão descobrir o Castelo e lá sobem por ele acima iludidos que lá do alto poderão ver toda a cidade, mas para compensar a desilusão, sempre se inclui no bilhete uma visita ao museu das pedras e ao de arte sacra, este último, outra ilusão e, se houvesse um pingo de vergonha ou de responsabilidade de que a deveria ter, nem sequer abriria as portas, pois em qualquer das nossas casas, se calha, há mais arte sacra do que naquele museu. Se duvidarem daquilo que digo, nem há como visitar o dito cujo…
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Foto de Manuel Ferreira
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Mas enfim, vai-nos valendo o rio, a Top Model, as travessias, mas convém não passar além do Ribelas, pois senão, lá se vai o encanto. Faz-me lembrar as tinturarias de Fez, na fotografia ficam lindíssimas, mas in loco, fogem-se delas a 7 pés…
Desculpas ao nosso convidado de hoje, Manuel Ferreira, é este o seu nome, que também passou por Chaves e se encantou com o nosso rio, a nossa Top Model e a Ponte Nova, que olhada com a atenção devida, é uma bela obra de arte da qual também nos podemos orgulhar. Vá lá, que em pontes e travessias ninguém se pode considerar desiludido, onde até há lugar para belíssimos exemplares de puro luxo.
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Foto de Manuel Ferreira
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Manuel Ferreira, como sempre, descobri-o no Flickr, é Engenheiro, natural da Maia, passou por Chaves e fez estes três belos registos que constam na sua galeria de fotografias que poderá ver aqui:
http://www.flickr.com/people/nabos/
E como hoje a prosa já vai longa, fico-me por aqui, com um pedido de desculpas ao nosso convidado por, eu, debitar por aqui alguns lamentos, mas tal como em minha casa gosto de receber bem os meus convidados e lhes dou toda a tenção devida, também gostaria que na minha cidade fosse assim.
Até amanhã, que como sempre, em Chaves há feijoada.
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