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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

26
Out07

Nevoeiros e Portões da Madalena - Chaves - Portugal


 

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Hoje vai ser dia de portões, mas antes, tinha que vos anunciar a chegada do frio e o nascer dos dias cinzentos de nevoeiro, do mesmo que faz parte do nosso ser flaviense.
 
Para os ausentes, fica aqui também a “lembrança” dos Santos, pois além das diversões, e das farturas, também já há castanha assada e a montagem das barracas começou ontem Rua de Stº António abaixo. Lembrar também os distraídos, que a partir de segunda-feira as ruas destinadas às barracas vão estar fechadas ao trânsito. Para os residentes vai ser o transtorno do costume, mas (pela minha parte) é um transtorno que até sabe bem.
 
Soube também hoje pelos jornais da terra que, a partir do próximo ano, as diversões dos Santos vão ter paradeiro certo (vamos acreditar que sim) e que quanto ao resto da feira (a das barracas) vai ser a população a decidir. Só falta saber mesmo quem vai ser a população! Se for toda, a ideia é de aplaudir. Também vamos esperar para ver.
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Mas hoje, e na continuação dos últimos post’s, vamos até aos poucos portões sobreviventes, os tais que estão em vias de extinção. Hoje deixo-vos com os portões que encontrei na Madalena, apenas quatro e, um deles, com as iniciais do proprietário do prédio, uma característica que era comum a alguns portões e, embora não seja muito perceptível, nota-se esta característica nos portões da foto da direita, no prédio centenário que foi mandado construir pela família Guimarães, e que ainda hoje é pertença da mesma família e,  onde viveu também o saudoso Dr. Fillol Guimarães, professor e político a quem a cidade (na minha opinião) também deve uma justa homenagem.
 
Até amanhã, de partida para as nossas aldeias e, com a garantia de que na volta, estarei aqui com a Feira dos Santos, com barracas pela cidade fora.
24
Out07

Cancelas Urbanas - Chaves - Portugal


                        

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Tal como prometi há dois dias atrás, vamos até aos poucos portões que ainda existem na cidade, nem que seja para memória futura e para se poder testemunhar que em Outubro de 2007, ainda existiam portões como estes em Chaves.
 
Os dois exemplares de hoje são da mesma rua, ou seja da Rua Dr. Júlio Martins, por sinal os únicos na rua.
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E antes de terminar só mais um apontamento, porque nunca é demais insistir, e falar nos tais cabos eléctricos e telefónicos que insistem em andar dependurados nas fachadas dos prédios. Lembro que em Óbidos já há coisa de 30 anos atrás não se via um único cabo dependurado nas fachadas nem antenas nos telhados. É por essas e por outras, que uns são património da humanidade e outros não
E para não vos maçar com portões todos os dias (que não serão muitos), amanhã cá estarei de novo com mais uma imagem de Chaves.
 
Até amanhã!
22
Out07

Chaves, nº 71 da Rua Direita - Portugal


 

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Ao jeito do companheiro de viagem do blog cancelas, durante as próximas semanas, também vou trazer aqui (alternadamente) as nossas cancelas urbanas de Chaves e que dão pelo nome de portões.
 
Pois tal como algumas espécies animais da região estão em vias de extinção, também estes exemplares de portões parecem sofrer dos males do progresso e da modernidade, pois, penso não me enganar, exemplares destes contam-se pelos dedos das mãos.
 
Claro que estes pequenos portões já não têm a utilidade para a qual foram criados, mas, para além de marcarem uma época de portas abertas e portões fechados,  continuam a embelezar as entradas das casas do centro histórico, onde existem, claro!. São autênticos exemplares de arte, da arte de trabalhar o ferro, da arte do ferreiro e da serralharia que se tem vindo a perder com a introdução de novos materiais na construção.
 
Lembro-me de há poucos anos atrás se ter levantado uma pequena polémica quanto a autorização para retirar os gradeamentos do antigo Banco Nacional Ultramarino, que acabaram por ser retirados, por não ser considerado o interesse da sua preservação (assim o ditou o IPAR). Já várias vezes falei aqui da actuação do IPAR e da Câmara Municipal sobre o assunto da preservação e, quanto às vezes se complica o que não é complicado e se “descomplica” aquilo que se deveria complicar. Penso mesmo que o ferro e as obras de arte em ferro que existem na cidade, não têm qualquer valor nas considerações das entidades. Ferro é ferro e “prontos” até enferruja! E é a enferrujar que se vão perdendo alguns pormenores de verdadeira arte. Veja-se o pormenor da cobertura e da escadaria de entrada da antiga pensão comércio, que pouco falta para cair por sí de tanto estar comida pela ferrugem.
 
Mas nestas coisas do ferro às vezes há contradições. Todos sabemos que a Ponte Romana vai entrar em obras de restauro, revitalização ou uma coisa do género. Vai ser levantado o pavimento actual, para substituir por lajes em pedra e pouco mais. Todos sabemos que o gradeamento da ponte (note-se que nada tenho contra ele) tem apenas, pouco mais que 100 anos. Há dias levantei em conversa (com alguém envolvido no assunto) a hipótese de se retomarem as antigas guardas em pedra (anteriores ao gradeamento em ferro) e foi-me respondido que, não havia qualquer interesse. São coisas destas que me deixam confuso quanto aos interesses que os entendidos vêem  nas coisas. Tomemos como exemplo dois troços de muralha,  a do baluarte do cavaleiro em que houve todo o interesse em retirar as pequenas construções a ela adossadas (tal como nos anos 60 houve interesse em retirar as construções adossadas ao Forte de S. Francisco) e nos anos 80 se permitiram as maiores barbaridades ao construírem-se mamarrachos em cima das muralhas do antigo mercado. Penso que o IPAR já então existia (ou outra entidade que o substituía), a única coisa que tem mudado são as políticas, ou seja, posso partir do princípio e concluir que as entidades responsáveis pela preservação do nosso património andam ao sabor do vento das políticas e dos políticos e a ser assim, então não fazem falta nenhuma. É o sistema! Dirão alguns. Como eu não percebo nada do assunto, o melhor mesmo é ficar por aqui e entretanto, vou trazendo por aqui algumas coisas que podem não ter interesse para ninguém, mas sobre o qual caiu o meu olhar, romântico, dirão alguns. Pois que seja! Talvez seja por falta de algum romantismo que as coisas vão como vão.
 
Até amanhã, em Chaves.

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