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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

23
Nov16

Hoje vamos ÓPorto!


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Hoje vamos até ao Porto, a nossa grande cidade do Norte e cada vez mais nossa, pois a isso somos também obrigados. Não quero com isto dizer que não vá por lá com prazer, mas com esta coisa da centralização e os de Lisboa quererem acabar com o interior, e os do interior nada fazerem para os contrariar. Que remédio, lá temos que ir até uma cidade grande à procura das coisas essenciais a que  todos têm direito, principalmente o direito à saúde, uma das razões que mais nos leva por lá, mesmo que privada (outra das nóias dos de Lisboa).

 

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Mas há mais razões e nesta obrigação de irmos por lá, também podemos desfrutar um pouco da cultura que por cá escasseia e da descoberta de um Porto que até há poucos anos atrás estava mais fechado e menos atrativo – o seu centro histórico na colina que desce para o rio.

 

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E sempre que vou por lá recordo também as palavras com que um amigo galego me surpreendia, há uns bons anos atrás quando me dizia: — “Já corri os cinco continentes, já visitei muitas cidades no mundo mas as mais bonitas que encontrei foi a cidade de Chaves e a cidade do Porto”. Pensei inicialmente que estava a gozar, mas depois de se justificar fiquei crente na sinceridade das suas palavras, que já agora subscrevo na parte de ambas as cidade serem as mais bonitas do mundo, pelo menos daquele que conheço, e pelas mesmas razões desse meu amigo.

 

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Pois há dias a Associação de Fotografia Lumbudus em colaboração com a Portografia, Associação de Fotografia do Porto levou-nos em passeio de um dia pelo Porto, sem a tal obrigação de termos de ir por lá à procura de saúde, mas antes à procura da descoberta da intimidade do Porto, hoje aberta ao turismo, mas também dos seus ícones mais importantes.

 

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Mas para não dar tudo por inteiro, pois aprendi que nunca se deve dar, hoje deixo-vos apenas sete imagens à volta de um bocadinho do Porto, desde o Jardim da Cordoaria, passando pelo miradouro da Vitória, uma entrada nas Estações de S.Bento (comboio e metro), uma passagem pela Sé e a descida até à Ribeira pela intimidade do casario, escadarias e ruelas.   

 

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Mas sem chegar à Ribeira, à Ponte de D.Luís, a Gaia e demais Porto do nosso passeio. E agora que estamos tesos que nem carapaus, sem pilim para férias, esta pequena mostra que vos deixo serve também de convite para irmos até uma grande cidade, aqui bem próxima, a pouco mais de uma hora de viagem. Um convite para ir por lá sem a obrigação de ir à procura daquilo que aqui não temos e ainda acessível às nossas bolsas.

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Para terminar o agradecimento à Lumbudus pela organização do encontro/passeio e aos amigos fotógrafos da Portografia, principalmente aos que nos receberam e nos fizeram companhia, nomeadamente o Francisco Oliveira, os Antónios – Sadinha e Tedim. Obrigado, pois sem Vós algumas das descobertas não seriam possíveis.

 

Um destes dias voltamos ao Porto com mais imagens.

 

 

 

31
Ago16

Fugas - Um dia no Porto


Fugas - banner

 

Um dia no Porto

 

Agosto de 2014. A caminho de Chaves para uns dias de férias planeámos uma paragem de um dia no Porto para revisitar a cidade. O Palácio de Cristal, um dos mais emblemáticos e agradáveis espaços verdes do Porto, é o nosso primeiro ponto de paragem. Apesar de já aqui termos estado várias vezes, não deixamos nunca de nos surpreender com os jardins de estilo romântico e as deslumbrantes panorâmicas que se nos oferecem, desde a Ponte D. Luís, de um lado, até à Ponte da Arrábida e à Foz, do outro.

 

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Para o almoço deslocamo-nos até à zona das Antas e de lá iniciamos um agradável passeio que nos leva pela Rua da Boavista até à rotunda com o mesmo nome (na verdade, chama-se Praça Mouzinho de Albuquerque, mas será sempre a Rotunda da Boavista), seguindo depois pela avenida até à zona do Castelo do Queijo onde, perante a curiosidade das minhas filhas sobre esta designação, acabo por lhes explicar que o nome se deve ao facto do Forte de São Francisco Xavier ter sido construído sobre uma enorme rocha arredondada com um formato semelhante ao de um queijo. Percorremos depois toda a zona marginal de regresso à cidade e acabamos por estacionar em frente ao Palácio da Bolsa. A pé, seguimos até à zona da Alfândega do Porto para visitar o “World of Discoveries”, um moderno espaço temático que recria a odisseia dos Descobrimentos Portugueses, e assim que entramos, na parede mesmo em frente, deparamo-nos com a conhecida passagem da obra “Os Lusíadas”, na qual Luís de Camões relata a passagem dos navegadores portugueses pelo Cabo da Boa Esperança e o confronto com o Gigante Adamastor - “Aqui ao leme sou mais do que eu / Sou um povo que quer o mar que é teu”. Terminada a visita seguimos para a Ribeira e envolvemo-nos numa multidão de turistas. O passeio ainda poderia prosseguir para a outra margem do rio, para revisitar as caves do Vinho do Porto, ou voltar a subir à Serra do Pilar, por exemplo, mas deixamos essas visitas para uma próxima viagem...

 

Luís dos Anjos

 

 

06
Jun15

Fugas - Entre o Porto e Gaia


Fugas - banner

 

Entre o Porto e Gaia

 

Verão. Primeiros dias de férias. Estamos no Porto e para o passeio da tarde optamos por deixar o carro e seguir de Metro. Dirijo-me à máquina de venda automática, sigo as instruções e adquiro os bilhetes. Uma meia dúzia de paragens mais adiante trocamos o Metro pelo autocarro, atravessamos o rio e saímos na Ribeira de Gaia. A vista é esplêndida e dominada pela ponte D. Luís, com os seus dois tabuleiros, e pelo Douro com os seus inconfundíveis barcos Rabelos. Depois, do lado do Porto temos a Ribeira, a Praça do Cubo, a Sé, e mais ao longe, a Foz, enquanto que do lado de Gaia se ergue a Serra do Pilar, local privilegiado para fotografar todo este conjunto.

 

Embarcamos, de seguida, no Cruzeiro das 5 Pontes, que nos leva tranquilamente da Ponte da Arrábida, já bem perto da foz, até à Ponte de São João. É um passeio agradável e que nos proporciona uma vista diferente da cidade, a partir do rio. Segue-se uma visita às caves do Vinho do Porto. São várias as que se estendem ao longo de toda a marginal: Ferreira, Sandeman, Calém, Taylors… Por uma questão de proximidade vamos às Caves Ramos Pinto.

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 Fotografias de Luís dos Anjos

A visita inicia-se no antigo escritório da empresa, hoje transformado em área museológica, que nos leva numa viagem de ambientes, objectos e histórias até ao fim do século XIX. Ficamos a conhecer um pouco da vida de Adriano Ramos Pinto, o fundador destas caves, como, por exemplo, a sua ousadia e o cunho artístico na elaboração do material publicitário para a divulgação dos seus vinhos. A visita prossegue nas caves propriamente ditas onde, entre pipas e balseiros, aprendemos várias outras coisas sobre a Região Demarcada do Douro (a mais antiga do mundo, criada em 1756, pelo Marquês de Pombal), a produção do vinho, o porquê do seu armazenamento a tantos quilómetros do local onde é produzido, a diferença entre um Ruby e um Tawny ou o que é preciso para termos um Vintage. Terminamos majestosamente com uma prova de vinhos num ambiente calmo e descontraído. Lá fora, o sol ainda vai alto e ainda há muito por descobrir…

 

Luís dos Anjos

 

 

10
Jul12

Pedra de Toque - A Cidade Invicta


 

 

A cidade Invicta

 

E sempre leal. O Porto. A capital do Norte, pelo Douro beijada.


Gosto do Porto.


Comecei a gostar da cidade quando a saboreei da Serra do Pilar, onde fiz tropa e depois quando calcorreei a Constituição e ruas limítrofes, território onde minha irmã e família “acamparam”.


Depois as Antas e a zona circundante onde a minha ex-mulher e os meus estimados sogros viveram muitos anos.


Mais tarde, com amigos, curti a Ribeira a despontar com os seus simpáticos bares onde se discutia irreverentemente a política, a literatura e as artes.

 


Durante muito tempo visitei frequentemente os tribunais, as seguradoras e escritórios de colegas queridos nas ruas e praças da cidade antiga.


Não vou elencar os belos monumentos do Porto como, entre tantos outros, os Clérigos, o Palácio da Bolsa e, porque não, a recente Casa da Música, obra grandiosa e emblemática.


Claro que aprecio o deslumbrante Magestic, o citadino Guarany, a premiada livraria Lello ou o académico café Piolho que foi palco para mim de um episódio trágico-cómico que vivi nos anos sessenta.


Banqueteei-me algumas vezes na grande Abadia, na típica Mamuda ou no castiço Aleixo para as bandas de Campanhã.


É um deleite ler a história e as histórias da cidade desde tempos imemoriais até aos nossos dias nos textos brilhantes, lúcidos e competentes de Germano da Silva, Hélder Pacheco e Manuel António Pina, este sempre poeta, também contundente perante as injustiças que têm afetado o norte, mormente o grande Porto.

 


Distingo as suas gentes, o seu povo, a sua pronúncia com os seus ditos, as vendedeiras do Bulhão ou as peixeiras da Ribeira, bem como o bulício da belíssima Avenida da Liberdade e da comercial Santa Catarina.


Gosto do velho casario que se estende até ao mar.


Também me enleva o cheiro característico das ruelas e calçadas, as pedras sujas e gastas com o seu ar grave e sério, da cantaria que nos esconde o mistério dessa luz própria, bela e sombria, parafraseando, com a devida vénia, Carlos Tê e lembrando Rui Veloso.


Gostos dos flavienses que adoram o Porto mas não esquecem a cidade Natal. Mas também de todos os tripeiros que adotaram esta terra de Flávio como sua segunda “pátria”, aqui voltando com regozijo e saudade.

Dentre estes destaco Altino Santos Cunha, por acaso meu cunhado muito amigo, portuense de gema apaixonado, mas que ama Chaves, quasi, tanto quanto eu.


 

Quando regresso à cidade que me viu nascer após longa viagem, fico feliz, prazer idêntico àquele que sinto quando visito o Porto, depois de algum tempo ausente.


Porto! Porto! Porto!


António Roque

 

 

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