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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

02
Nov22

Crónicas de assim dizer


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No berço

 

O mundo estava ali aos gritos

Sozinho

Eu a querer acudir-lhe

Sem força capaz

Quis pô-lo no berço

Pesado que era

Caímos os dois

Consegui levantar-me

Mas ele redondo coitado 

Patinhava no chão molhado

Sem braços nem pernas

Olhava para mim sem falar

Mas com o olhar a implorar

A dizer pega-me ao colo

E eu de novo a tentar

E outra vez a cair

Dei-lhe a mão

Rolámos pelo espaço

Fugimos dos buracos negros

No céu minado

E rimos à gargalhada

Adormeci depois sem querer

Exausta no berço também

Acordei com ele

De novo aos gritos

Em cima de mim redondo pesado

E eu sem colete salva-vidas

Naufraguei

Sem pernas nem braços

Redonda pesada

E ele nem sequer me deu a mão

 

Cristina Pizarro

 

Nota do Blog:

 

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Hoje além deste poema que atrás ficou da Cristina Pizarro, temos outro poema da autora, intitulado “Maths” com o qual ganhou mais um prémio para a sua coleção, neste caso uma Menção de Mérito na Secção S: Poesia em Língua estrangeira do Prémio Académico Internacional de Literatura Contemporânea Lucius Annaeus Seneca,VI Edição, da Academia da Arte e da Ciência Filosófica, Bari, Itália.

 

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A Cerimónia de entrega dos prémios decorreu no 15 de Outubro 2022, na Sala delle Scuderie, Castello Normanno-Svevo, Sannicandro di Bari.

 

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Participara autores de 28 países, 1300 componentes.

 

Mais uma vez, parabéns Cristina por este prémio, mais um!

 

 

Maths

 

Era tão imperceptível

E ao mesmo tempo indelével 

Um grão de areia

Na imensidão da praia

Que fazia diferença

 

Não se sentia a presença do todo

Mas a ausência da parte

Menos um raio de sol no céu azul

Uma estrela a menos na escuridão da noite 

 

Era preciso estar atento

Saber contar

E sentir que entre o menos 

E o mais infinito

Faltava um número pelo meio

Um número pelo menos 

 

Ainda que fosse o zero

Era um número 

Fazia diferença 

Estivesse à esquerda ou à direita

Era da sua ausência 

Que eu sentia a falta

 

Do vazio preenchido 

O buraco negro 

Num Universo insondável 

Tu

A fada-madrinha 

 

Cristina Pizarro

 

 

 

26
Mai21

Crónicas de assim dizer


cabecalho-assim-dizer

 

Um palhaço sem máscara

 

O palhaço está hoje no camarim e está indeciso. Não sabe como se remaquilhar. Sobre a sua pele enrugada, já tantas vezes pintada, custa-lhe hoje desenhar novos traços. A sua mão está pesada, sente-a pesada. Se bem que dantes o sangue lhe fluía facilmente nas veias, hoje as células quase pedem licença umas às outras para passar, num atropelo que às vezes dói.

 

Olha para o espelho e vê um palhaço. Ainda não se pintou e já vê um palhaço!

 

Pega no seu nariz postiço e apercebe-se de que, naquele momento, lhe era mais preciso uma máscara de oxigénio. “Um palhaço nos cuidados intensivos!”, pensa e tem um arrepio.

 

Já não consegue fazer rir as crianças, porque já não consegue rir de si próprio. Já não se acha graça. Rir de quê?

 

O palhaço está triste, carrega consigo anos de ficção passados a fio, consumidos numa realidade que, de repente, lhe parece alheia. A sua vida, povoada de personagens a quem ele deu vida, esqueceu a mais importante: a sua própria.

 

Desempenhou, sem dúvida nenhuma bem, cada papel que lhe entregaram, em diversos cenários que alguém, alheio a si, lhe construiu.

 

Improvisou, é certo, em alguns casos mais por consequência lógica que por criatividade nata.

 

Forjou sentimentos, adequou-os a cada interpretação, foi brilhante. Representou melhor do que se achava capaz, superou as expectativas de toda a gente. Fez rir muito, distribuiu momentos de felicidade como rebuçados embrulhados em papel brilhante.

 

E agora, quem o fará rir a ele? Quem lhe desenhará na boca um sorriso de orelha a orelha? Comprará a felicidade no quiosque da esquina com o dinheiro que, entretanto, juntou? Conseguirá assumir-se como homem, realizar-se como pessoa, inserir-se tal como é em sociedade? Levá-lo-ão a sério? Quem o reconhecerá?

 

Cristina Pizarro

 

******************************  ******************************

 

Nota do Blog Chaves

 

premio galaxia.PNG

 

Aproveitamos a oportunidade da publicação da crónica de hoje,  para anunciar e dar os parabéns à autora, Cristina Pizarro, por ter sido recentemente premiada com PREMIO INTERNACIONAL DE POESIA INÉDITA GALAXIA” 2021 - “GALAXIA INTERNATIONAL AWARD FOR UNPUBLISHED POETRY” 2021, tendo obtido o 2º Prémio na secção “ POESÍA EN LENGUA EXTRANJERA”.

 

A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar no próximo sábado, dia 29 de maio de 2021, às 10 horas (hora do Chile) com retransmissão via Zoom em direto - The Awards Ceremony will take place next Saturday, May 29, 2021, at 10.00 a.m. (Chile), via live broadcast via Zoom.

 

Parabéns Cristina!

 

 

 

17
Mai18

Parabéns Chaves!


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Fotografia de Filipa Bernardo/Global Imagens in JN 

 

“”PARABÉNS, CHAVES!””

 

 

Deixem-se ser feliz!

 

Aos Flavienses, aos Normando-Tameganos, a todas as GENTES da NOSSA TERRA peço para me deixarem partilhar convosco a consolação que recebi ao tomar conhecimento de um PROFESSOR  a Ensinar em CHAVES ter sido premiado pela sua competência, dedicação e criativade pedagógicas.

 

E acrescentar que sinto dever associar ao sucesso do premiado a capacidade intelectual, o empenho e o entusiasmo de aprendizagem dos seus Alunos transmontanos, normando-tameganos, flavienses.

 

Bem, também tenho de vos confidenciar ser eu um apaixonado pela Física, entre outras das minhas maluqueiras nas quais procuro encontrar o sentido e o significado da vida e da minha relação com Outro.

 

Para além da pequenina satisfação (ainda muito desconfiada) de saber que a actual vereação camarária anda a disfarçar pobremente os crimes, as patifarias, as cretinices dos seus antecessores dos últimos decénios; do “Desportivo” estar a botar boa figura no Campeonato  de Futebol (merecendo, pois, mais e melhor apoio e reconhecimento de toda a NORMANDIATAMEGANA e «países» circum-vizinhos); da vaidadezinha flaviense à pala do sucesso de, injustamente «discretados», outros atletas, bailarinas e artistas; hoje ando de peito-feito por ver e ouvir o nome de CHAVES escrito e falado nos “media» (média, sim e não a merda  anglicanada, falsa e errada,  de «mídia»!), por um motivo muito positivo, agradável, e até, glorioso!

 

Há, outrossim, muitas e diversificadas notáveis e dignificantes razões para se falar, para se ouvir falar e se ver escrito o nome de CHAVES, de todo e qualquer LUGAR (Vila ou ALDEIA) da NORMANDIA TAMEGANA.

 

No 10 de JUNHO, espero que o Presidente Marcelo tenha a lembrança, ditada por imperativo de justiça, (ainda não lhe chamei «burro com’uma porta!) de agraciar o Padre FONTES!

 

PARABÉNS ao PROFESSOR JORGE TEIXEIRA e aos seus ALUNOS!

 

PARABÉNS, CHAVES!

 

M., dezassete de Maio de 2018

Luís Henrique Fernandes

 

 

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06
Abr18

Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso vence Prémio Nacional do Imobiliário 2018


1600-macna (862)

 

Há dias assim, acordamos pela manhã e a primeira novidade do dia surpreende-nos com uma notícia agradável e importante para nós flavienses, mas também para a arte e para a arquitetura em geral, com obras com que os que os mestres nos têm brindado ao longo dos séculos, obras de arte universais que vão desde a Ponte Romana construída há 2000 anos até à mais recente, de autoria do Arquiteto Siza Vieira (http://macna.chaves.pt/pages/583) - O Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, agora premiado.

 

foto-premio.JPG

A Gala do Prémio Nacional do Imobiliário 2018 decorreu no Vila Galé Cascais Hotel, no dia 3 de Abril, e a cerimónia ficou marcada pelo ambiente de festa que celebrou a excelência do imobiliário em Portugal. Presentes estiveram cerca de 200 convidados entre individualidades, empresas e associações do sector.
O Júri composto por Paulo Silva (Savills Aguirre Newman), Almeida Guerra (Rockbuilding), João Paciência (arquitecto), Juan Antequera (Vilamoura World) e Eduardo Abreu (neoturis) atribuíram o troféu mais elevado da noite – o ‘Melhor Empreendimento do Ano 2018’ – ao Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, um projecto de autoria de Álvaro Siza Vieira. Este espaço museológico venceu também o prémio na categoria de Equipamentos Colectivos.

Fonte: Magazine Imobilário

 

Para quem ainda não conhece, ficam algumas fotos do edifício (MACNA), do exterior e interior.

 

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Interior onde estão duas exposições patentes ao público, uma permanente do nosso artista flaviense, Arquiteto e Pintor, Nadir Afonso,  e outra do Escultor e Designer João Machado.

 

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Mas atenção que a exposição de João Machado só estará mais três dias patente ao público, pois no próximo domingo será o último dia em que a poderá ver. Se está cá por Chaves ainda está a tempo de a visitar. Se está ausente, ainda não a visitou e não pode vir cá até ao próximo domingo,  então temos pena, pois perdeu uma grande exposição de um dos melhores designers vivos, também amplamente premiado.

 

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Sai João Machado mas no próximo dia 19 de abril inaugura a “Mesa de Sonhos” com duas coleções de arte contemporânea.

 

1600-macna (497)

 

“Mesa dos sonhos: Duas coleções de arte contemporânea” que reúne cerca de 30 obras da Coleção de Serralves e da Coleção da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD). Através do diálogo entre as duas coleções, o espectador é convocado para uma pluralidade de universos e de questões estéticas, políticas e poéticas.

 

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E por hoje é tudo, e já não é pouco, que nos dera que assim fosse todos os dias…

 

1600-macna (105)-1-cor

 

Para mais novidades sobre o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, vá passando pela sua página oficial na net, em http://museunadirafonso.chaves.pt ou http://macna.chaves.pt

Como preferir, pois ambas vão dar ao mesmo sítio.

 

 

 

 

 

18
Mai09

Mais flavienses premiados e laureados


Claro que não ficamos indiferentes às vitórias dos nossos flavienses e também eles contribuem para o orgulho flaviense.

 

Nos últimos anos os nossos alunos têm ido por esse Portugal fora vencendo prova atrás prova, alguns deles chegam mesmo ao patamar internacional. Pois mais uma vez 4 alunos do Liceu são premiados em provas regionais , com a medalha de Ouro nas Olimpíadas de Física e o Prémio Jovens Escritores .

 

Andreia Chapouto, aluna do 9º Ano do Liceu (Esc. Sec. Fernão de Magalhães) venceu o concurso Jovens Escritores com o conto “Depois de tu partires”. O prémio prevê a publicação do conto.

 

Por sua vez os Alunos Alexandre Chaves, Carlos Gouveia e Sara Martins, do 9º ano, também do Liceu, obtiveram a Medalha de Ouro nas Olípiadas de Física, fase regional, que decorreu na Faculdade de Ciências da universidade do Porto, organizadas pela Sociedade Portuguesa de Física.

 

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Mas não é só nos estudos que os flavienses marcam ponto e são premiados, pois também no coleccionismo e na numismática os flavienses vão dando as suas cartas, como aconteceu no passado dia 9 em que o flaviense Cap. Fernando Pizarro Bravo recebeu o prémio do “Forista do Ano 2008-2009”, um prémio instituído pelo Fórum de Numismática a cuja Comissão de Honra pertecem entre outros o Major António Valente,  o Coronel Amaro Rodrigues Garcia, Presidente da Direcção da Associação de Numismática de Portugal e o Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, Professor Catedrático e Historiador.

 

Este prémio consagra também a sua dedicação à numismática que, para além das suas participações no Forum dos Numismáticos já enalteceu com  a publicação em 2006 de um livro Intitulado “Moedas Romanas – Achados no Alto Tâmega e Barroso” .

 

O Capitão Fernando Cantista Pizarro Bravo, nasceu em Chaves a 17 de Dezembro de 1933, frequentou o curso de Engenheiro Agrónomo mas acabaria por ingressar Guarda Fiscal, tendo pedido a sua passagem à reserva em 1982, com o posto de Capitão. Tem-se dedicado ao coleccionismo de moedas romanas.  É Sócio da Sociedade Portuguesa de Numismática de Portugal e da Associacion Numismática Española.

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