Cidade de Chaves - Centro Cultural
Olhares noturnos a preto e branco
Apenas um olhar noturno, a preto e branco, sobre o Centro Cultural de Chaves.
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Apenas um olhar noturno, a preto e branco, sobre o Centro Cultural de Chaves.
Cada vez mais gostamos de ver o centro histórico da cidade colorido, principalmente nas novas reconstruções mais recentes, ainda com o brilho da tinta, dando um ar mais vivo e alegre à cidade antiga, gostamos mesmo, mas também gostamos de ver a cidade e o centro histórico fotografado a preto em branco, sem a cor a cativar-nos o olhar, permitindo-nos ver pormenores que às vezes nos escapam em olhares distraídos. Assim, para quem gosta do género, de vez em quando vamos ter por aqui Chaves a preto e branco, aliás isso já vinha acontecendo, mas agora fica também com dia marcado para todas as sextas-feiras.
Uma boa sexta-feira, a de hoje, com o desfile de carnaval da população escolar de Chaves, a mais jovem, e ao fim da tarde, a abertura da feira dos sabores de Chaves que se prolonga pelo fim-de-semana.
Fora do contexto de “un cubano negro como el carbón” ou de qualquer outro, ficam algumas das suas palavras, sem a música dos sons, mas com a poesia das imagens…
Cuanto me alegro
De que pintes conmigo en blanco y negro
Graffitis en los muros del planeta
Y si falta un color en mi paleta
Regálamelo tú.
Porque la historia
Con su cara y su cruz
Se desnuda a la luz
De la memoria.No te descorazones,
Date prisa,
Que cambiamos canciones
Por sonrisas.(…)
Hoje antes desta publicação hesitei uma ou duas vezes na forma que haveria de fazê-la, se a cores ou a preto e branco. Preparei ambas as imagens e depois entrei num período de reflexão, acompanhada da devida apreciação das duas imagens. Comecei pela reflexão da cor.
Quando me perguntam qual é a minha cor preferida, eu digo sempre a azul. Foi essa a cor com que respondi da primeira vez que me perguntaram e continuei com ela pela vida fora, mas já muitas vezes me tenho questionado o porque do azul, quando também gosto de igual forma da cor vermelha, da verde, da amarela, da castanha… de todas de igual forma e de nenhuma em particular. Aliás sozinhas, sem companhia, até nem gosto de nenhuma, o que as faz atraentes, são as composições em que elas entram, aí sim, gosto delas, ou talvez não, pois do que gosto mesmo é da composição. Enfim, dei comigo a pensar: — mas que raio, tenho de gostar de alguma coisa, não posso ficar cinzento nesta coisa do gosto das cores, e o azul definitivamente que não é a minha cor preferida. Então chego à conclusão definitiva de que não gosto de cores mas que gosto do preto e do branco, mais do branco, ou seja, não gosto mesmo de cores, pois tanto quanto sei nem o preto nem o branco são cores, embora se vejam como tal, mas na realidade são luz ou ausência dela em que o branco é luz e a soma de todas as cores e o preto, o seu oposto, ou seja a ausência total de luz e não é feita com nenhuma cor.
Assim se o motivo principal da imagem de hoje até são flores brancas, para quê andar a misturar-lhe cores? Fica então a imagem a preto e branco sem esquecer as suas filhas e os seus filhos — as cinzentas e os cinzentos.
Uma boa semana para todos! (esta fica a cores).
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Foto interessante e a preservar! Parabéns.
Muito obrigado pela gentileza.Forte abraço.João Ma...
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Um excelente texto, amigo João Madureira. Os meus ...