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Nem sempre a terra onde se nasce, tem significado. Mas se nascemos numa terra, somos criados nela, crescemos com ela e nela fazemos os nossos amigos, temos as nossas paixões e os nossos amores, a nossa família, então essa terra é a nossa terrinha, aquela que nos circula nas veias, aquela que nos povoa, aquela que amamos mas que também nos dói, precisamente por também ela fazer parte de nós.
Mas viver na terrinha, neste caso em Chaves, nem sempre é fácil. Agradecemos os mimos daquilo que a terra nos dá (que é do melhor), agradecemos as amizades, os ares e a família, mas viver por cá todo o ano, também tem os seus custos, bem caros até, muitas ausências e ainda mais esquecimentos, principalmente no que é essencial e, quanto a oportunidades, é melhor nem falar.
Não admira portanto que muitos dos que gostam da terrinha, como eu gosto, sejam obrigados a partir para os grandes centros ou para terras distantes, pois, por muito que lhes custe, a isso são obrigados.
Graças as novas tecnologias e a este pequeno equipamento que tenho agora à minha frente, vulgarmente chamado computador, ligado a uma linha telefónica, estamos em contacto com todo o mundo, com um mundo mágico de acesso virtual a quase tudo quanto temos necessidade, acesso aos amigos distantes, reencontros de velhas amizades, ao saber e até acesso à cultura e, outras coisas que por cá não acontecem. Claro que este complemento que até nos dá alguma felicidade é virtual, mas mesmo assim é uma forma de podermos sair para além destas montanhas que nos “entalam” e, embora muitos o dispensem, há quem já não possa viver sem ele e dele até já faça um instrumento e também complemento de trabalho e, o grande problema surge, quando somos privados destas coisas, que também nos ajudam a viver por cá.
A agressividade das economias actuais da modernidade que só olham a números, estatísticas e lucros, fazem com que as pessoas, o ser humano, seja deixado para terceiro plano e deixa de ser tratado como tal. É um mero número estatístico ao qual lhe é atribuído também um número, sem identidade, sem sentires, sem sabores, sem decência e reduzido como ou de humano a zero, é o numero que nos toca de humanidade.
É assim que funcionam agora as grandes empresas e às quais outros também lhe seguem os passos para se livrarem da humanidade do trato, criando outras empresas, algumas apenas virtuais ou com funcionamento virtual, para se livrarem dos contactos pessoais e das responsabilidades. Está complexo este mundo de hoje…
Quem me acompanha diariamente já deve ter percebido que continuo na merda, é mesmo este o termo, sem telefone e sem INTERNET e por mais que me queira queixar ou apelar da minha desgraça, só esbarro com gravações de esquemas bem montados pela PT, Portugal Telecomunicações, em que nem sequer me dão o gozo de falar com um ser humano, que já sei que não me resolveria o problema, mas pelo menos poderia dar-me algum conforto e humanidade. À avaria atribuíram-lhe um número e, já lá vão 5 dias em que a avaria nº X está a ser analisada…e diz a máquina: logo que possível, o problema será resolvido.
São destas coisas que são feitos alguns dos nossos problemas e a nossa interioridade e, ainda por cima, sem alternativas para podermos optar… ou mandar passear quem não tem respeito por nós.
Modernidades!
Gostaria de dizer até amanhã, mas graças à PT – Portugal Telecomunicações, não sei se tal será possível, entretanto fica o convite para Sexta-Feira, às 18H30, no antigo Cine Teatro de Chaves. Eu, 75 fotos e 5 discursos, vamos estar por lá, ou seja, o Blog Chaves sai à rua, com ou sem PT Telecomunicações e quanto a estes, fico à espera do dia em que o desgraçado de um(a) inocente me ligue para casa com uma promoção da PT, que antigamente nas feiras, eram conhecidas por “Banhas da Cobra”.
Até quando for possível.