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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

13
Set19

Cidade de Chaves - Medievais, romanos e galaicos, sapateiros tradicionais e artesanais


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As feiras medievais e outras que tais, entre nós, agora, galaico-romanas, pouco diferem umas das outras, e quem vê uma, vê todas, com os mesmos atores, onde às vezes só diferem na roupagem e adereços que vestem ou utilizam numas ou noutras. Rigor e interesse histórico, pouco ou nenhum, talvez algum espetáculo e como o povo gosta e vai na onda, tanto lhes faz que sejam romanos, galaicos, bárbaros, gregos ou troianos, o que interessa mesmo é o espetáculo das barracas e uns desfiles e palhaçadas pelo meio. O que tem graça no meio disto tudo, é que Chaves neste tipo de feiras/desfile/espetáculo até começou bem, há coisa de trinta anos, e mesmo que não fossem inovadoras, faziam-se com aquilo que era nosso e com o nosso povo, as nossas aldeias e freguesias, reinventando já aí, algumas tradições e profissões que foram desaparecendo aos olhos de todos, principalmente as que foram vítimas da modernidade e que tanto afamaram algumas aldeias, como as leiteiras e Outeiro Seco cujo leite tanta gentinha ajudou a criar nesta cidade, ou as lavadeiras de São Lourenço, as tecedeiras de Soutelo, os almocreves, os carvoeiros, os carquejeiros, os moleiros, latoeiros, cesteiros, etc. Profissões e atividades que há 50 anos, ou menos, ainda eram comuns entre nós. Isso sim, já fazia alguma graça e hoje muito mais, podendo-se fazer ainda com rigor histórico e fazendo dos mais idosos ou menos idosos, pais e avós, verdadeiros historiadores cá da praça, podendo eles, contar aos filhos e netos coisas que talvez fizeram ou pelo menos viram fazer e conheciam.

 

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Hoje em imagem fica o Quim sapateiro na sua oficina, conhecido da maioria dos flavienses e um dos poucos (penso que apenas dois em Chaves) a resistir na profissão de sapateiro de forma tradicional, da forma como aprendeu e como o fez durante toda a sua vida, mas fica também para memória futura, para que daqui a uns anos, quem sabe numa feira etnográfica nossa, saberem com rigor como vestia um sapateiro na sua vestimenta de verão em versão primeiro quartel do século XXI e que, além de tudo, por ser também o meu sapateiro me permite terminar assim este post: Um abraço para o Quim!

 

 

20
Nov15

Chaves e as artes antigas que ainda duram...


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Hoje é dia de “discursos sobre a cidade” que já vêm a seguir, mas antes fica uma imagem, mais uma do Quim, um dos últimos sapateiros (não rápidos) de Chaves, o mesmo que durante muitos anos “sapateou” no antigo edifício adossado ao baluarte do Cavaleiro, antes de ser destruído com o desmoronamento do baluarte em 2001 e hoje continua a tratar do calçado dos flavienses na rua do Poço, numa casa também ela construída em cima da muralha medieval. Mais uma foto do Quim Sapateiro, uma das muitas que vou registando sempre que por lá passo e aproveito para dar dois dedos de conversa. A foto de hoje é de há dois dias atrás, mas desta vez não foi por uma passagem ocasional, mas antes por ter ido lá para requerer os seus serviços de botar umas meias-solas às minhas botas, que a vida não está para brincadeiras…

 

 

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