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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

18
Nov15

Chá de Urze com Flores de Torga - 105


1600-torga

 

Chaves, 7 de Setembro de 1981

 

Falava-se do oitavo centenário da morte de S.Francisco de Assis, o meu santo. E louvei-o mais uma vez como pude. Chamei-lhe o Cristo da bem-aventurança terrena. Um Cristo poeta, sem o dramatismo árido do deserto e da expiação, a pregar transparências num centenário de branduras idílicas. Um Cristo que integrou o próprio demónio na fraternidade cósmica. Um Cristo humilde, sem a vocação do mando, alérgico à propriedade privada, fundador do sufrágio universal, por voto secreto, anarquista, processo de alegria da vida. Um Cristo a abrir o caminho do Renascimento só por acreditar no homem e na natureza. Um Cristo do mundo à medida do mundo.

 

Miguel Torga, in Diário XIII

 

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Cidadella, Espanha, 9 de Setembro de 1981

 

Por uma estrada que margina a fronteira, vim olhando Portugal de coração apertado. Agora, dum miradoiro hospitaleiro, quase a tocá-lo com a mão, acalmo o patriotismo mais pensadamente. Lá está, pobre na condição territorial, nos projectos e nos empreendimentos, sem dar a nenhum filho qualquer garantia de futuro temporal ou intemporal. Mete aflição! Deste lado, a fartura, o vestuário condigno, a arte sumptuosa, o convívio, a alegria. Do outro, a miséria, o andrajo, a rusticidade santeira, a insociabilidade, a tristeza. Mas é precisamente por ter renunciado a todas as tentações de comungar no lauto banquete peninsular, numa teimosia instintiva de independência e de liberdade, que tanto lhe quero. É bonito ver um pequeno povo riscar voluntariamente no mapa do mundo uma linha de solidão absurda e assumir a responsabilidade histórica de a defender como se tivesse sido traçada pela régua da fatalidade.

Miguel Torga, in Diário XIII

23
Fev15

Segirei e o trilho do contrabando


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O prometido é devido e cá estamos com a ruralidade do nosso concelho, desta vez com Segirei e arredores.

 

Há lugares e aldeias às quais nunca me canso de ir, embora, confesso, saia delas com algum cansaço, não pelo que os olhos veem mas pelo que as pernas têm de percorrer com a ânsia de nada perder e depois, aquela máxima de que “quem corre por gosto não cansa”, é bonita de dizer mas não é bem verdade, e até pode ser que a nossa alma não saia destas andanças fatigada, mas o corpo sente-as. Não quero com isto lamentar-me, pois não o lamento, aliás deixo sempre qualquer coisa esquecida para ter o pretexto de lá voltar e cansar-me de novo .

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Mas desta vez até tinha a missão de ir mostrar um dos nossos cantinhos mais preciosos a pessoas que se dedicam a caminhadas e querem acrescentar este percurso dos trilhos do contrabando aos seus roteiros de caminhadas organizadas , e este percurso é um daqueles que por mais que a fotografia ou as palavras o elogiem, ficam sempre aquém da realidade de o viver e percorrer in loco. Refiro-me ao trilho do contrabando (também caminho de Santiago) que por cá nós conhecemos como as cascatas de Segirei, embora o percurso das cascatas (de Cidadella) até seja em terras galegas, próximas de Tomonte e Soutochao, mas o percurso completo passa obrigatoriamente por Segirei e só termina na sua praia fluvial onde o riacho (das cascatas) desagua no Rio Mente.

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Percurso que é feito com duas realidades bem distintas — a realidade galega e a portuguesa, pois na realidade galega é um percurso tratado, sempre junto ao riacho, com proteções, pontos de descanso e pequenos parques de estar e merendas, incluindo algumas construções refúgio e grelhadores, enquanto que o traçado português é feito praticamente a corta mato num traçado que mal se reconhece pelo meio do monte, cheio de pedras, sem proteções e distante do riacho que mais parece que ao entrar em terras portuguesas desaparece para só aparecer de novo quando desagua no Rio Mente. Como se não bastasse, quando nos aproximamos de Segirei os despejos de lixo e entulhos junto ao caminho serve de postal de receção à aldeia.

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A sorte para as boas impressões, azar nosso, é que chegados à raia o percurso português parece não existir e como tal quase ninguém o faz, com exceção para aqueles que se dedicam ao caminhar, como era o caso de alguns daqueles que neste sábado me acompanhavam e mesmo assim, os de trás protestavam com os da frente para não bulirem muito com as pedras da “calçada” que depois de ganharem movimento nunca mais paravam. Pena que os nossos autarcas não dediquem um bocadinho do seu tempo a conhecer estas realidades, percorrendo estes percursos que cada vez mais são procurados por grupos de caminhantes que também gostam de apreciar aquilo que se lhes oferece.

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Mas do mal o menos pois sempre temos a aldeia de Segirei pelo caminho e o remate com a praia fluvial junto ao Rio Mente, embora Segirei também esteja longe de ser o que era, mas aqui não tem nada a ver com o tal percurso mas antes por ser mais uma vítima dessa doença contagiosa chamada despovoamento e envelhecimento das populações das aldeias de montanha. Vimos ao todo três pessoas e um cão na aldeia e, mais à frente já a caminho da praia fluvial, um guardador de gado, quatro ou cinco vacas e dois cães.

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Entre a aldeia de Segirei e a praia fluvial, junto ao caminho, existem as afamadas águas de Segirei, ferrosas e gasocarbónicas com características e sabor idêntico às águas de Vidago e das Pedras Salgadas, mas quem não souber que existem e onde se localizam, ninguém dá por elas, mesmo estando junto ao caminho. Antigamente ainda existia por lá uma placa a anunciá-las, agora nem isso. É também um dos locais que estando neste percurso pedonal merecia ter um tratamento com um pouco de dignidade, mesmo porque estando no final do percurso um copinho de água cai e sabe sempre bem e nem sequer seria preciso muito, penso mesmo que com um pouco de boa vontade e uns trocados poder-se-ia dar-lhe a dignidade que merece, mas lá está aquilo que dizia atrás, é preciso ir aos locais para se conhecer estas realidades.

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Quando à praia fluvial é um bom remate de caminhada, a infraestrutura existe com algumas mesas, grelhadores, um bar e instalações sanitárias. No entanto bar e I.S. só abrem de verão e não admira, pois suponho que nos nossos 9 meses de inverno nem as moscas lá param, a não ser alguns como nós que querem conhecer tudo, pois já se sabe que a maioria termina o percurso no miradouro das cascatas, curiosamente onde termina a Galiza e começa Portugal.

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Tirando uma ou outra pedra que entra no sapato, no percurso português, o pessoal que tenho acompanhado às cascatas de Segirei e à aldeia propriamente dita sai de lá satisfeito, e mais satisfeito fica se após a caminha tem passaporte para entrar na casa do Agostinho e da Catarina em S.Vicente da Raia, uns novos rurais que abandonaram o grande Porto para em S.Vicente se dedicarem à criação do porco bísaro e aos enchidos tradicionais “Lugar da Eira”. Como se costuma dizer — é a cereja em cima do bolo.

 

Para terminar fica só uma recomendação para aqueles que, como eu, se dedicam mais à recolha de imagens e não estão habituados às caminhadas – façam este percurso num sábado, pois sempre ficam com o domingo para recuperar forças.

 

 

 

15
Jun13

Lumbudus, hoje nas terras galegas e nos Três Reinos


 O cavalo é de S.Vicente da Raia

O olhar sereno dos cavalos sempre me impressionou, parece cheio de sabedoria, de olhar atento que só vê aquilo que realmente merece ser visto. Seletivo, sem distrações, interessado e ao mesmo tempo distante. Não sei se o olhar lhe está ligado ao cérebro, mas se estiver como penso que está olha para muito além daquilo que vê….

 

O olhar de um fotógrafo é um pouco daquilo que imagino no olhar de um cavalo e, o dos fotógrafos Lumbudus também é esse interesse que procuram na fotografia, também interessado e curioso partilhado com convívio amigo e salutar que não tem fronteiras. Hoje os Lumbudus vão andar por terras galegas e pela certa vão fazer o exercício de num momento estarem simultaneamente em Três Reinos, para além dos moinhos que agora são mecânicos  mas que povoam as mesmas paisagens que Quixote avistava, vamo-nos valendo do Pança para nos trazer de volta à realidade e que mesmo em cima do seu burro, tem um olhar mais atento e sereno que o de um cavalo.

 

 As últimas terras portuguesas e as primeiras galegas vistas desde Roriz

Hoje durante todo o dia Lumbudus portugueses e galegos, mais os amigos que sempre os acompanham, vão voltar a ser o mesmo povo que as fronteiras e nacionalidades durante séculos quiseram separar mas nunca conseguiram.  

 

03
Dez11

Hoje vamos até terras da Raia de Vilarelho


 

E como hoje é Sábado, vamos até às nossas aldeias, mas hoje vamos mesmo, isto é, a blogosfera da região e não só, e os fotógrafos Lumbudus também acompanhados por outros fotógrafos,  hoje durante todo o dia vão andar por terras da raia da freguesia de Vilarelho da Raia.

 

Para já fica uma daquelas fotos curiosas da arquitectura tradicional de uma casa de Vilarelho da Raia. Amanhã, pela certa, ficará por aqui a reportagem da visita. Até lá, fiquem com esta foto e já a seguir com mais “Pecados e Picardias” de Isabel Seixas.

 


23
Jul11

Galego-Português, Português antigo e Português/Galego actuais


 

 “As imagens também nos falam, dizem-nos coisas, contam-nos estórias e história. Esta sugere-me e leva-me por aí fora, desperta sentimentos, contos  de amor e ódio e tantas outras coisas, mas agora, fico-me por aqui. Mais logo virá a mesma imagem com as palavras que em mim despertou. Para já apenas esta imagem e, já a seguir, os Pecados e Picardias de Isabel Seixas.”

 

Foi assim que terminei o penúltimo post e, como não sou político e ainda cumpro as minhas promessas, aqui estou com o post prometido, que sei desde já, que será apoiado por uns, incompreendido por outros e contestado por muitos, mas a mim pouco me interessa o que fiquem a pensar deste post, pois é o que eu penso e sou teimoso, e sou flaviense, e sou um português do Norte ou um Galego-Português - que vem a ser a mesma coisa e, quem não pensar assim, paciência, pode abandonar a carruagem ou então, ponham-me fora dela, que a mim, já disse – tanto me faz e depois, lá diz o povo que mais vale só… e o povo sabe sempre o que diz,  e o povo tem sempre razão, e eu sou do povo.

 

Então aqui fica a imagem que despertou esta prosa e toda a que se segue:

 

 

 

 

As guerras entre vizinhos sempre existiram. Quer sejam daquelas mesmo a sério, com pancada, mortes e tiros ou das outras mais suaves, simples picardias, arrufos e troca de galhardetes. São, todas elas, guerras de território, de domínio, de interesses, de influência, de castas e famílias ou simplesmente de estar. São, ao fim e ao cabo, o lado animalesco da civilização humana de marcar e possuir territórios, tal como o nosso cão vai marcando os muros e as esquinas das nossas casas com o seu chichi… Tudo isto, para dizer que há por aí muita boa gente a quem é comum ouvir dizer que não gosta de espanhóis, precisamente, e quase apenas, por serem vizinhos, onde o argumento das guerras e invasões e divisões do passado servem e chegam para justificar o seu sentimento e, felizmente que só conhecem a história mais recente, senão, não gostariam de meio mundo e abominariam toda a Europa à qual pertencemos, pois segundo reza a história conhecida, desde os celtas, aos romanos, aos bárbaros, mouros e mais recentemente os franceses com as suas invasões, vierem aqui meter o bedelho metendo-se com quem cá estava. E quem é que estava cá? – Curiosamente, também reza a história que somos feitos de um pouco de todos os que nos invadiram, pois a raça portuguesa nem sequer existe, não tem certificado de origem, não tem pedigree… mas não entristeçamos nem se ponham praí a ouvir ou cantar fados, pois para nosso contentamento poucos serão os povos neste planeta que se possam honrar da sua genuinidade de raça, e depois,  sempre temos a nossa cultura e ia dizer também  a língua, mas essa, felizmente,  já não é só nossa.

 

Cambedo - (Dizem os mais velhos que o prédio da foto era traçado a meio pela fronteira entre Portugal e Espanha)

 

 

Pois foi a imagem inicial que me levou até estas palavras de introdução mas também às seguintes.

 

Observando bem a imagem, o céu é azul é uniforme, as montanhas estendem-se sem interrupção no horizonte mais distante e, mais perto do observador, alguma montanha com ou sem floresta. Um pouco menos perceptível, mais ou menos confundidas com a paisagem, estão 11 aldeias com pessoas dentro que respiram o mesmo ar, são iluminadas pelo mesmo sol, olham o mesmo azul céu, servem-se e bebem das mesmas fontes e falam a mesma língua. Mas por entre estas aldeias há uma linha imaginária, guiada aqui e ali por marcos de pedra  que dividem duas nacionalidades. De um lado espanhóis embora sejam galegos e do outro portugueses que não são galegos nem espanhóis e cuja diferença é tanta entre portugueses (do Norte) e galegos, que a primeira aldeia que se vê na fotografia, em tempos não muito distantes (até 1864), era dividida a meio pela tal linha de fronteira que separava famílias de um mesmo povo com a mesma língua de origem – o Galego-Português ou Português Antigo que inicialmente era falado em toda a Galiza actual, todo o Norte de Portugal (excepção para o Mirandês) e parte da zona centro de Portugal com limite geográfico conhecido na Ria de Aveiro, e assim foi até que evoluiu para o Galego actual na Galiza e para o Português actual em Portugal, mas ambas não muito diferentes do Português Antigo, tanto, que há estudiosos da língua que dizem hoje em dia que, tal como é chamado o Português de Portugal e o Português do Brasil, também deveríamos chamar ao Galego,  o Português da Galiza.

 

(Apenas um pedaço de granito ao alto separa Galegos e Portugueses)

 

Mas toda esta discussão do galego ser português da Galiza, curiosamente é discutida na Galiza e os Portugueses pouco ou nada sabem dessa discussão e se sabem, pouco lhe ligam. De facto na Galiza a discussão está lançada quer a nível de academias quer a nível político e partidário. Assim,  se o Galego (língua) fosse grafado seguindo o Acordo Ortográfico adoptado pela Academia Galega da Língua Portuguesa, que tem adeptos em grupos e partidos políticos nacionalistas galegos, onde até a União Europeia acabou por aceitar o galego como oralmente sendo português nas intervenções de alguns ex-eurodeputados galegos, dizia eu que a ser aceite esse Galego, pouco diferença faria do actual Português. No entanto, a Real Academia Galega apoiada pelos partidos políticos espanhóis como o PSOE e o PP, já defendem outro Galego, o que actualmente é oficial na administração galega, este já com influências do castelhano e com algumas diferenças em relação ao Português actual e ao outro Galego defendido que é quase Português.

 

(Soutelinho da Raia em tempos foi uma aldeia promíscua dividida a meio pela fronteira)

 

Mas nem há como uma exemplo para melhor se entender. Tenhamos o início do “Pai nosso” como exemplo:

 

Em Português: Pai Nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no céu.

 

Em Galego grafado de acordo com a Academia Galega da Língua Portuguesa: Nosso Pai que estás no Céu, santificado seja o Teu nome, venha a nós o Teu reino e seja feita a Tua vontade aqui na terra como nos Céus.

 

 Em Galego oficial segundo a Real Academia Galega: Noso Pai que estás no ceo, santificado sexa o teu nome, veña a nós o teu reino e fágase a tua vontade aqui na terra coma no ceo.

 

Já agora, para terminar e comparar, veja-se o que é grafado em Espanhol: Padre nuestro que estás en los cielos, santificado sea tu Nombre, venga a nosotros tu reino y hágase tu voluntad en la tierra como en el cielo.

 

Tirem daqui as Vossas conclusões que eu sobre o assunto não digo mais nada e se calha, aqueles que não gostam dos espanhóis, até tem as suas razões. Mas eu não quero falar de espanhóis, mas antes, isso sim,  de galegos e da sua língua.

 

(ainda hoje Soutelinho da Raia termina onde termina Portugal)

 

Por questão de três meses ou quatro que não nasci a uns metros da fronteira  entre Portugal e a Galiza, mais propriamente na fronteira entre Vila Verde da Raia e Feces de Abajo, talvez por isso, tenha um sentimento de irmandade para com o povo galego que, mesmo sendo espanhol, é mais português que a grande maioria do povo que habita Portugal, principalmente o do Sul. Os galegos, tal como nós transmontanos e Norte de Portugal, somos os descendentes do  povo do Norte que durante séculos resistiu e os mouros não conseguiram conquistar. Pena que as guerrinhas de território, interesses, castas e famílias não soubessem, quisessem  ou conseguissem manter a hegemonia  que reinou contra mouros e outros povos invasores e depois  partissem por esta península ibérica adentro repartindo-a em lotes, pena também que muito antes a Galaécia não tivesse resistido às invasões bárbaras. No entanto, resta-nos a consolação n(d)essa mesma Galaécia ter nascido e sobrevivido o Galego-Português.

 

E termino dizendo que tal como o Português da Galiza deveria ser considerado Língua Portuguesa, também eu me sinto um Português descendente da Gallaecia romana.

 

(Também Lamadarcos até 1864 estava dividida a meio pela fronteira)

 

Tudo isto por uma imagem inicial do Cambedo da Raia que acabou por trazer aqui outras imagens dos povos promíscuos de igual condição, antes do Tratado de Lisboa de 1864, data em que o Couto Misto foi cedido a Espanha ou à Galiza em troca de metade das povoações de Soutelinho da Raia, Cambedo da Raia e Lamadarcos. Sobre isto ( Couto Misto ) já escrevi em tempos no Blog Cambedo Maquis tudo que sabia e tinha a contar.

 

Ainda sobre a primeira foto que despertou esta prosa de galegos-portugueses e o seu romance, a primeira imagem que me sugere é a de Juan, natural de uma aldeia galega (Casas dos Montes) a escassos metros de onde a foto foi tomada e que no dia 20 de Dezembro de 1946 subiu esta encosta mais próxima, entalado entre Salazar e Franco, para de novo a descer e ser assassinado a uma centena de metros do Cambedo. Um herói, um mártir, um Juan do povo Galego-Português que apenas queria sobreviver a uma guerra civil e que ao lado de um senhor da guerrilha, o Demétrio,  teve o azar de pernoitar na noite de 19 para 20 de Dezembro na povoação do Cambedo. Já uma vez o disse e volto a dizê-lo, a par do flaviense Francisco Pizarro que as castas flavienses teimam em ignorar, trocando o seu ser flaviense, coragem e bravura  por um não flaviense que cobardemente virou costas ao povo de Chaves quando os franceses nos invadiam pela segunda vez, tenho o Juan como um mártir e o Demétrio como um senhor que combateram pela vida, justiça e liberdade. Eles são os meus heróis do passado que defenderei sempre enquanto os meus dedos tiverem forças para teclar.

 

Tudo isto por uma imagem.

 

 

23
Jul11

Apenas uma imagem, com algumas palavras


 

As imagens também nos falam, dizem-nos coisas, contam-nos estórias e história. Esta sugere-me e leva-me por aí fora, desperta sentimentos, contos  de amor e ódio e tantas outras coisas, mas agora, fico-me por aqui. Mais logo virá a mesma imagem com as palavras que em mim despertou. Para já apenas esta imagem e, já a seguir, os Pecados e Picardias de Isabel Seixas.

 


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