CHAVES

Na última terça-feira, nesta rubrica de Chaves de Ontem, trouxemos aqui este mesmo local, com uma fotografia da mesma época das que hoje aqui deixamos (1962), com o troço da muralha que hoje também aqui fica, mas, na última terça-feira vista da sua face exterior, enquanto que hoje fica a face interior e também a fachada do antigo edifício militar que existiu até esse ano, acabando por ser demolida, tal como o terceiro piso do edifício onde hoje se encontra instalado o Museu da Região Flaviense.

Este esclarecimento documentado em imagem, mostram bem que a muralha então existente, continua a existir, tendo sido apenas demolida num pequeno troço onde hoje se encontram umas escadas de acesso ao jardim do castelo, a partir do atual largo que se recuperou com a demolição do edifício militar. A muralha existente apenas foi desimpedida das construções que tinha adossadas e reconstruída, em bem. Ganhou-se um largo e o acesso à torre de menagem, que há muito é o nosso monumento mais visitado.

Ficam duas imagens atuais que provam bem que a muralha continua lá, felizmente, aliás é um dos poucos troços que ainda existe visível ao contrário da grande maioria da muralha medieval/seiscentista. Ficam as imagens atuais deste local para esclarecer algumas dúvidas que foram levantadas com a publicação da última terça-feira.

Até amanhã!

Hoje fazemos um dois em um, ou seja, trazemos aqui o habitual “Chaves de ontem” das terças-feiras e continuamos com as artérias da malha medieval de Chaves, e a razão é simples, pois atualmente não se percebe como é que um largo tem como topónimo Rua Infantaria 19, e as explicação para tal está na foto de hoje, e o topónimo atual remete-nos para tempos passados em que na torre de menagem e edifícios à sua eram instalações militares, onde estava aquartelada a Infantaria 19. Na minha modesta opinião, hoje em dia, o topónimo, em vez de rua, bem poderia ser Largo, e o Infantaria 19 poder-se-ia manter, ou seja, Largo de Infantaria 19, porque quem for a procura da rua, não a encontra porque ela já não existe como tal.

Assim sendo, cá deixamos também a carta que assinala a localização desta rua que hoje é largo. Só a título de curiosidade, a fotografia inicial está datada com ano de 1961, já sem militares nas instalações da torre de menagem e edifícios anexos.

Resto de um a boa semana!

Hoje ficamos com a Rua de Infantaria 19, tendo este topónimo sido atribuído em honra do Regimento de Infantaria 19 que nos edifícios circundantes do castelo e no próprio castelo tiveram aquartelamento entre os anos de 1884 e 1926. E assim se manteve rua até inícios dos anos 60, ainda com os muros que se veem na primeira foto, que foram demolidos durante os anos 60, dando lugar ao atual largo que se vê na imagem seguinte.

A rua passou a largo, mas manteve e mantém o topónimo de Rua de Infantaria 19 até aos dias atuais. De realçar ainda na primeira imagem datada de 1961, o edifício do atual museu municipal ainda com três pisos e ao fundo, entre este edifício e o da Câmara Municipal um faustoso arvoredo, que não é mais que uma única árvore, o famoso olmo centenário que aí existiu até inícios dos anos 70, tendo sido abatido aquando das obras que deu lugar à atual praça do duque. Uma morte prematura, mas que, a não ter siso abatido, também pouco mais tempo duraria, pois todos os olmos da região acabaram por morrer com uma doença que suponho, ainda hoje se desconhece qual.