CHAVES

Hoje fica um olhar sobre a confluência de duas ruas, a rua Padre Joaquim Marcelino Fontoura e a rua do Aljube. Ruas que se encontram novamente na outra extremidade, já em pleno Largo do Anjo como todos conhecemos, mas que até é o Largo 8 de Julho. Também a rua Padre Joaquim Marcelino Fontoura é conhecida por muitos como sendo a rua do Anjo, topónimo antigo que segundo Firmino Aires afirma na Toponímia Flaviense “assim se chamou durante séculos, pois esta era a rua que mais depressa conduzia à Capela do Anjo Custódio (…) impropriamente foi dado o nome deste ilustre pedagogo a esta rua, pois já o tinha, bem justificativo, de longa data. Outras havia sem nome!...” E com esta me bou, a caminho do fim-de-semana.

Aqui fica mais um olhar sobre uma das nossas ruas, a Rua do Aljube, cujo topónimo tem origem no passado de Chaves, no que aí existia, um aljube que, embora haja documentos de que existiu um nesta rua, não se sabe muito bem onde estaria localizado. É pouco, mas é o que temos.

Nas nossas andanças a pé pela cidade, às vezes fazemos pequenos desvios para os nossos destinos e apanhamos ruas que raramente passamos por lá, isto só para ir vendo se está tudo no sítio e se há novidades. Há dias um desses desvios foi feito pela Rua do Aljube, que para quem não sabe, é um dos topónimos mais antigos da cidade, quer o fosse oficialmente ou não, pois é, ou era, um dos casos em que a rua assume o nome de umas das instalações nela existente, no caso porque por lá existiu um aljube, isto é, uma cadeia ou se preferirem, uma prisão ou cárcere… é, é mesmo assim, Portugal até pode ser pequeno e pobre, mas rico na sua língua, o português, pois para a mesma coisa, é muito comum termos vários termos com o mesmo significado, e o contrário também é verdade, ou seja, a do o mesmo vocábulo ter vários significado, aliás, atrás, utilizei um, o da palavra “termos”, que tem meia du´zia de significados bem diferentes, dependendo onde e com se utilize.

Até amanhã!

Hoje ficamos com um olhar sobre a rua Padre Joaquim Marcelino Fontoura (à esquerda) e a rua do Aljube (à direita). Esta última mantém o seu topónimo já muito antigo. Segundo a Toponímia Flaviense este topónimo já existe há séculos e deve-se ao aí ter existido um aljube, ou cárcere, que teria existido, pelo menos, até princípios do séc. XVIII.