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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

12
Jan24

Cidade de Chaves - Malha Medieval

Rua do Sal


1600-(58341)

 

Hoje vamos para a Rua do Sal, umas das ruas da malha longitudinal paralela as faces mais longas da muralha, uma pequena rua, hoje com cerca de 100 metros de extensão, mas que dada a sua localização, teria sido uma das mais importantes da malha medieval, isto porque terminava, e ainda termina, no largo que servia a torre de menagem e a Igreja Matriz e também porque estava próxima de uma das entradas/saídas da muralha.

 

1600-(58372)

 

Rua do Sal que mantém um topónimo antigo, e ganhou-o por ser nela que comercializava o sal.

 

1600-malha-medieval-sal.jpg

 

Tal como nos últimos dias, fica também a carta da malha medieval com a localização desta rua.

 

Um bom fim de semana!

 

 

22
Mar22

Chaves de Ontem

Século XX, o Século das motorizadas


800-Rua do Sal-1972.jpg

 

Eis uma fotografia documento, não pelo que mostra de casario que, hoje em dia, ainda se mantém quase igual, mas por um elemento que aparece em abundância nesta imagem – a motorizada, que na época da foto, 1972, inundava as estradas de Portugal.

 

Motorizada portuguesa e em Portugal cuja história se pode resumir ao século XX, embora ainda neste século haja algumas resistentes a circular nas nossas estradas, cada vez menos, é certo, mas ainda com a funcionalidade para que foi criada, sem contar com a moda das recuperações e restauros, mais para colecionistas e amantes das duas rodas do que para desempenharem as suas verdadeiras funções para que foram fabricadas, a de satisfazer a mobilidade das classes mais baixas de baixos salários, isto quando a motorizada atingiu o seu apogeu  em número a circular nas estradas portugueses, nomeadamente nos anos 60 a 80, com a motorizada de 50 cc , na grande maioria com marcas de fabrico nacional onde se destacou a marca CASAL.

 

Assim a história da motorizada em Portugal pode-se resumir em três momentos. O inicial desde inícios do século XX até aos anos 60, imediatamente antes de o automóvel começar a surgir em força nas estradas portugueses, momento esse em que a motorizada ainda não era acessível à maioria das bolsas dos portugueses. O segundo momento é o da democratização da motorizada, entre os anos 60 e 80, de fabrico nacional, com 50 cc de cilindrada e custos compatíveis com baixos salários, a maioria dos salários dos portugueses, que fez com que as motorizadas passassem a marcar presença em quase todos os lares e que chegavam mesmo a transportar famílias inteiras. O terceiro momento verifica-se entre os anos 80 e o final do século em que a democratização do automóvel e o seu mercado de usados, acessível às bolsas mais baixas, fez com que a motorizada ficasse encostada a um canto lá de casa, não havendo procura de novas motorizadas, o que levou à falência das fábricas portuguesas de motorizadas. A CASAL que durante 40 anos produziu e comercializou perto de 80  modelos de motociclos, acabou por fechar definitivamente as suas portas no ano de 2004, terminando assim a maior unidade fabril do setor em Portugal.

 

05
Abr19

Cidade de Chaves - Rua do Sal de(molhada)


1600-(21480)

 

Afinal com o frio também veio um pouco de chuva. Mais frio, que chuva!

 

Fica uma imagem da Rua do Sal com chuva, que em princípio deveria ter ficado demolhada, mas não, apenas ficou molhada!

 

Já agora, para quem não sabe, esta rua adotou o topónimo de Rua do Sal por ter sido este (o sal) um dos principais produtos que outrora se vendia na rua. Acontece que nas proximidades, no Largo do Anjo, existia o Armazém da Vedoria, que era uma espécie de depósito de munições e de víveres que a julgar pelo significado de vedoria, os produtos aí armazenados estariam também sujeitos a uma inspeção e fiscalização antes de saírem para o mercado. Mercado esse que se desenvolvia nas ruas mais próximas que convergiam para esse largo, tal como a Rua da Tulha (onde se vendiam cereais), a Rua dos Açougues (onde se vendiam carnes) ou a Rua Verde (onde se vendiam verduras — couves, grelos, alfaces, etc.), adotando estas ruas também o topónimo relacionado com os produtos que lá eram vendido.  Ou seja, o Largo do Anjo e as ruas mais próximas funcionavam com uma espécie de mercado municipal, pelo menos assim foi até aos inícios do século XIX, transferindo-se a partir de aí para o então Arrabalde das Couraças, atual Largo do Arrabalde, onde permaneceu até 1949, passando daí para  o espaço ao longo da Muralha Seiscentista entre a atual Rua do Olival e a Rua das Longras, onde, diga-se, ainda hoje deveria existir em vez do grande mamarracho que lá nasceu. Uma boa demonstração da força que o btão tem.

 

Quanto às ruas terem adotado topónimos relacionados com produtos que lá eram vendidos, na nossa opinião, está bem, pois assim também se vai fazendo um pouco da história da nossa cidade.

 

13
Ago18

De regresso à cidade


1600-(49729)

 

De regresso à cidade pelas ruas do nosso centro histórico. Hoje pela Rua do Sal, aliás uma rua que conhece bem os meus passos e o contrário também é verdade, sobretudo (não o contrário nem a verdade, mas os meus passos) por irem à procura de tempero q.b..

 

Rua do Sal que adotou este topónimo graças ao comércio de Sal que outrora se concentrava nesta rua, tal como outras ruas adotaram o nome dos produtos que lá se vendiam, como os cereais na Rua da Tulha, as carnes na Rua dos Açougues, as couves, nabos, alfaces e outras verduras na rua Verde. Ao que nos conta a Toponímia Flaviense, tudo, porque em tempos, era no Largo do Anjo que se localizava o Armazém da Vedoria, uma espécie de Mercado Abastecedor atual. Não o nosso, que nunca abasteceu nada nem ninguém, mas idêntico àqueles que funcionam. Daí as rua atrás mencionadas se situarem todas próximas ou a desaguar no Largo do Anjo.

 

Pessoalmente sou a favor deste tipo de topónimos, são muito mais intuitivos e populares, aliás no nosso dia a dia, a maior parte das vezes, adotamos nomes comuns que têm a ver com a vida da rua ou largos, como por exemplo o largo da Câmara, a Rua do Faustino, as Freiras, o Bacalhau, a rua dos Ferreiros (na Madalena) a avenida do Quartel, etc. Sempre é melhor ter estes nomes do que o de alguns ilustres suspeitos, de outros que nada têm a ver com a cidade de Chaves ou até,  o de alguns cobardes que fugiram e entregaram a cidade ao inimigo que nos invadia. E tenho dito!

 

 

 

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