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Hoje fazemos uma passagem pela Rua dos Gatos. Já em tempos por aqui defendi que o topónimo deveria ser no feminino, “Rua das Gatas”, isto pelo que se afirma na “Toponímia Flaviense”, uma preciosidade que não resisto à transcrição…
Então, a respeito desta rua, diz assim a “Toponímia Flaviense”:
“É topónimo antigo. Tomou este nome, possivelmente pela frequência de gatos que vinham apanhar restos de peixe lançados à rua por gente pouco limpa e escrupulosa.
Uma boa razão era que esta rua desde tempos imemoriais era habitada por várias meretrizes, que exerciam ali os seus amores ilícitos, como gatas com cio, onde por isso não faltavam os gatos malteses a fazer-lhes a corte, muitas vezes de forma barulhenta e má criação…”
Ora um testemunho de quem por lá passou várias vezes, possivelmente um dos gatos malteses, contou-me, disse-me que sim, que era a rua das meninas e que as doses de amor ilícito eram servidas logo à entrada da porta, que às vezes nem se fechava por completo, principalmente quando o gato maltês era comprido e tinha de ficar com os pés de fora, à vista para e desde a rua. Daí, e a dedução lógica é minha, os gatos que iam por lá não seria propriamente para “apanhar restos de peixe lançados à rua”, eles iriam, isso sim, era atraídos pelo cheiro a bacalhau que estava de molho…
E com esta me bou!