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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

19
Mar23

O Barroso aqui tão perto... Zebral

Aldeias da freguesia de Ruivães e Campos - Concelho de Vieira do Minho


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Já demos a volta completa ao Barroso, aldeia a aldeia, algumas até mais que uma vez, mas temos consciência que nos falta ainda descobrir muito Barroso, inclusive algumas das aldeias que visitámos, e a aldeia para onde vamos hoje, é uma delas, tudo que aqui deixamos, à exceção das vistas gerais, é uma pequena mostra daquilo que é Zebral.

 

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Para esta descoberta das aldeias da freguesia de Ruivães e Campos, do concelho de Vieira do Minho, fomos lá quatro vezes, em julho, agosto e setembro de 2019, e a última em dezembro de 2022. Nas três primeiras visitas, embora todas no verão, por incrível que possa parecer fomos recebidos por autênticos dias de inverno, não pela temperatura que até estava agradável, mas pela chuva e nevoeiro, o que nos condicionou, e muito, o nosso levantamento fotográfico, principalmente pela pouca luz e visibilidade, além de, nas três vezes não irmos preparados para a chuva.

 

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Após essas três primeiras visitas, concluímos logo que a nossa recolha não estava completa, em nenhuma das aldeias, e sabíamos que tínhamos de lá voltar para completar a recolha de imagens. Entretanto aparece a pandemia, teletrabalho  e a proibição de aos fins-de-semana sair do nosso concelho de residência e, com notícias tão negras com que eramos bombardeados diariamente e ainda sem vacinas,  houve também alguns receios e precauções com as nossas saídas.

 

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Finalmente em dezembro de 2022 decidimos ir até a freguesia de Ruivães e Campos novamente, para concluir o nosso levantamento fotográfico, desta vez em pleno inverno, mas espante-se novamente, para contrariar as anteriores visitas, tivemos um autêntico dia de verão, até com temperatura agradável para a época, e foi um dia em que fizemos também uma abordagem diferente, pois iniciamos com uma subida à serra da Cabreira para daí lançar um olhar sobre quase a totalidade da freguesia de Ruivães e Campos, e aí, demos conta de que tínhamos feito tudo ao contrário, pois a nossa primeira visita à freguesia deveria ter começado precisamente pela subida à serra da Cabreira,  para daí ter uma ideia de como eram as aldeias que íamos visitar.

 

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Foi precisamente lá de cima da serra da Cabreira que tivemos noção de como era a aldeia de Frades, a qual já tínhamos visitado em setembro de 2019 e que desde logo soubemos também ter partido de lá com o levantamento incompleto. Mas como esta subida à serra da Cabreira demorou mais que o previsto e faltando-nos ainda Ruivães por levantar e outras aldeias mais próximas, não houve tempo para outra visita da Zebral. Hoje ao termos noção daquilo que é a aldeia e aquilo que fizemos na recolha fotográfica, constatamos que ficou muito aquém daquilo que se exigia, pois o que vos deixamos aqui hoje é apenas uma pequena mostra daquilo que é Zebral. As vistas que tomámos desde a serra da Cabreira sobre Zebral, mostram-nos que a aldeia é muito mais do que aquilo que aqui deixamos, pelo que, sinceramente lamentámos deixar-vos só o que deixamos, mas o assunto não ficará encerrado.

 

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Como a única visita que fiz à serra da Cabreira nos soube a pouco, deixou a vontade de lá voltarmos novamente, e faremos todos os possíveis para lá voltar e, quando tal acontecer, a descida da serra será para fazer direitinha em direção a Zebral, para fazer aquilo que deveria ter sido feito na última visita. Fica prometido, e aí, Zebral terá um novo post. 

 

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Vamos então para Zebral cuja situação geográfica e localização é muito semelhante à das restantes aldeias da freguesia de Ruivães e Campos, ou seja todas elas localizadas na vertente da Serra da Cabreira que descarrega no rio Cávado e Rabagão, onde se começa a formar a barragem de Salamonde e todas próximas da  N103 no troço que liga Chaves a Braga e, mesmo que Zebral seja a aldeia da freguesia mais distante da N103 e dos dois rios citados, fica igualmente perto, por outro lado, a par da aldeia de Espindo, é a que se encontra em cota mais elevada no que respeita a Serra da Cabreira, mas igualmente na mesma vertente das restantes aldeias da freguesia. A seguir ficam os nossos mapas e outros que pedimos “emprestados” à Google para melhor poderem acompanhar as nossas palavras e a localização da aldeia.

 

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Para chegarmos a Zebral, e repetimos, como sempre a partir da cidade de Chaves, teremos que apanhar a N103 e podíamos seguir sempre por até à entrada do concelho de Vieira do Minho, mais precisamente até à aldeia de Botica, mas não vamos por aí, recomendamos um caminho mais curto e mais interessante. Jà quanto ao regresso a Chaves, aí sim, poderá regressar pela N103, isto em alternativa ao regressar pelo mesmo caminho de ida. Assim, nós recomendamos um atalho, onde se poupam cerca de 10Km, ou seja, saímos obrigatoriamente pela N103 mas só até Sapiãos, aí viramos em direção a Boticas onde apanhamos a R311 em direção a Salto. Ainda antes de Salto, no cruzamento onde podemos virar para Salto ou Venda Nova, tomamos a direção de Salto, mas só por 100m, onde devemos sair à direita em direção às Minas da Borralha, depois de passarmos ao lado da Borralha, seguimos por Linharelhos, Lamalonga e logo a seguir temos Campos, onde devemos sair para Zebral. Penso que existe sinalização a indicar Zebral, já não recordo, mas em caso de não existir ou de dúvidas, perguntem a alguém da aldeia. Desde Chaves até Zebral, ao todo, por este itinerário que recomendamos, são 69.2Km, 1H20 de viagem, sem paragens e a cumprir os regulamentos de circulação em estradas.

 

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Claro que estas dicas que por aqui deixamos, hoje, apenas se referem à aldeia de Zebral, mas a ideia é para aproveitarem todo um dia de passeio por esta aldeias e as suas vizinhas e ainda com subida obrigatória à Serra da Cabreira. Claro que para todo o dia há que fazer algumas paragens, uma delas para comer, almoçar, para a qual há várias alternativas, uma delas, a do piquenique de viagem, isto se gostar de piquenicar. Se gostar mais de sentar à mesa, esteja onde estiver, por estas bandas encontra sempre onde comer a menos de 15 minutos de viagem, às vezes o problema está mesmo em escolher onde.

 

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E por hoje é tudo, chegamos àquela altura em que nos despedimos e anunciamos o vídeo resumo com todas as imagens que hoje aqui foram publicadas, vídeo que também podem ver no MeoKanal e no nosso canal do YouTube, ficando também a promessa de um dia voltarmos a Zebral.

 

Aqui fica o vídeo que espero que gostem:

 

 

Agora também pode ver este e outros vídeos no…

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… e no YouTube, onde podem subscrever o nosso canal para serem avisados de todas as publicações que lá fizermos, e nós agradecemos. Pode passar por lá e subscrevê-lo aqui: 

 

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No próximo domingo continuaremos na freguesia barrosã de Ruivães e Campos do concelho de Vieira do Minho, com mais uma das suas aldeias.

 

 

05
Mar23

O Barroso aqui tão perto - Frades

Aldeias do Concelho de Vieira do Minho


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FRADES 

Freguesia de Ruivães e Campos - Vieira do Minho

 

Continuamos no Barroso que vai além do concelho de Montalegre e Boticas, vamos até ao concelho de Vieira do Minho, para a freguesia de Ruivães e Campos, com mais uma aldeia desta freguesia, a aldeia de FRADES.

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Iniciámos já pela localização e itinerário para chegar até a aldeia de Frades, aldeia da margem esquerda do rio Cávado, onde este recebe dois afluentes, o do rio Rabagão e Cabril. Aliás esta aldeia para além de testemunhar um encontro de três rios é também ponto de encontro da linha separadora da serra da Cabreira e Serra do Gerês, do concelho de Montalegre e Concelho de Vieira do Minho, do distrito de Vila Real e o Distrito de Braga, da Província de Trás-os-Montes e Alto Minho.

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Embora localizada nas fraldas da serra da Cabreira, tem como vistas, privilegiadas, a serra do Gerês e terras do concelho de Montalegre, do outro lado do rio, ou rios que aqui são aprisionados pela barragem de Salamonde, que via rio Cávado e rio Rabagão, também recebe a água excedente que as barragens de Paradela, Pisões e Venda Nova libertam.

 

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Frades, embora próxima da estrada nacional E103, que lhe passa a cerca de 500m, não é visível desde a estrada, isto por causa de algumas elevações do terreno e também do arvoredo que se mete pelo meio, que impedem as vistas mas também o acesso à aldeia a partir desse ponto, acesso que só é feito a partir da aldeia de Ruivães, mas também próximo de Frades, um pouco mais, pois entre Ruivães e Frades pouco mais é que 1.500m.

 

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O acesso a Frades poderá também ser feito a partir do concelho de Montalegre, mais propriamente a partir da aldeia de Cabril, que por estrada fica a cerca de 4.300m, atravessando a ponte sobre o Rio Cávado que une os dois concelhos de Montalegre e Vieira do Minho. Esta ponte, em termos práticos, é a ponte que substitui a afamada ponte da Misarela que em tempos mais longínquos, mas não muito, servia para esse fim de ligar os dois concelhos.

 

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Penso que os dados que ficam já servem perfeitamente para localizar Frades. Quanto ao itinerário, é o do costume que temos indicado para as aldeias do Barroso pertencentes ao concelho de Vieira do Minho, ou seja, Saída de Chaves, como sempre, pela E103 até Sapiãos, depois Boticas, depois a R311 até as proximidades de Salto, depois Minas da Borralha, Linharelhos e logo a seguir estamos em Lamalonga que já pertence a Vieira do Minho. Chegados à Botica apanha-se de novo a E103 até à entrada de Ruivães onde se deve sair à direita para Frades. Ao todo, entre Chaves e Frades são 73Km, cerca de 1H20 de viagem.

 

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Já sabem que no regresso recomendamos tomar sempre outro caminho, pois as indicações que vou deixando são para pequenos passeios que podemos fazer ao Barroso aqui tão perto, para conhecer estas terras do Reino Maravilhoso que Torga foi descrevendo nos seus diários, e daí, já que se vai de passeio e para conhecer novas terras barrosãs, nem há como enriquecer esse passeio passando por outras aldeias no regresso a Chaves. Costumo recomendar o regresso via E103 (na totalidade), mas desta vez vou recomendar via Cabril, Paradela, Montalegre e Vilar de Perdizes. Não vos deixo indicações porque já as deixei inúmeras vezes aqui no blog aquando da abordagem das aldeias de Montalegre, mas também não é preciso, pois em geral as todas as estradas do concelho de Montalegre estão bem sinalizadas com indicações paras as localidades que referi.

 

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Quanto à aldeia de Frades não tem um núcleo definido, não se trata de uma aldeia de povoamento concentrado, mas antes ao longo de uma rua, em cerca de 700 m, existindo um pequeno núcleo separado e mais próximo da barragem e mais meia dúzia de casas dispersas no território da aldeia. Aliás este tipo de povoamento é um pouco característico nas redondezas, em que se sai do povoamento concentrado de forma arredondado mais ou menos em círculo no seu todo, é mais feito com construções isoladas e ao linear ao longo de uma estrada ou caminho.

 

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Também por aqui predomina a verdura dos campos, mas feito de vários matizes, conforme as culturas e a época do ano, em que alguns dos verdes, principalmente o dos arvoredos de folha caduca, dá passa pelos amarelos, vermelhos, laranjas e castanhos antes de cair, mas mesmo de inverno, o que predomina é mesmo a cor verde.

 

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A presença da água da barragem também é uma constante que faz parte das vistas da aldeia, mas apenas isso, pois trata-se de uma barragem de produção de energia elétrica e não me consta que exista qualquer atividade que esteja ligada à aldeia em termos de uso da barragem, a não ser ocasionalmente a pesca, suponho, pois como não sou pescador estou a meter a foice em seara alheia em termos de conhecimento, mas como onde há rios e barragens há sempre pesca, esta não deve ser exceção.

 

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O facto de estarmos numa região com 4 barragens de produção de energia elétrica, também aparece na paisagem destes lugares algumas centrais elétricas e outras construções de apoio, bem como uma rede aérea de cabos elétricos de alta tensão.

 

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Também é a partir de Frades que se faz um dos acessos à Ponte da Misarela, acesso pedonal, que se for feito a partir da estrada junto à ponte que liga ao concelho de Montalegre, são mais ou menos 800m para ir e os mesmo para regressar, a não ser que atravesse a Misarela e saia pela aldeia de Sidrós, do concelho de Montalegre.

 

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E por hoje é tudo, chegamos àquela altura em que nos despedimos e anunciamos o vídeo resumo com todas as imagens que hoje aqui foram publicadas, vídeo que também podem ver no MeoKanal e no nosso canal do YouTube.

 

Aqui fica o vídeo que espero que gostem:

 

 

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No próximo domingo continuaremos por na freguesia barrosã de Ruivães e Campos do concelho de Vieira do Minho.

 

 

12
Fev23

O Barroso aqui tão perto ... Vales

Aldeias barrosãs do Concelho de Vieira do Minho


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VALE - Vieira do Minho

 

Continuamos no Barroso que vai além do concelho de Montalegre e Boticas, vamos até ao concelho de Vieira do Minho, para a freguesia de Ruivães e Campos, com mais uma aldeia desta freguesia, a aldeia de VALE.

 

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Fizemos o levantamento fotográfico das aldeias da freguesia barrosã de Vieira do Minho em três etapas, a primeira em agosto de 2019, a segunda em setembro do mesmo ano e a última, mais recentemente, em dezembro de 2022, esta última apenas para subir à Serra da Cabreira e completar algumas falhas das anteriores etapas.

 

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Contrariamente àquilo que seria de esperar, as primeiras duas etapas, de agosto e setembro de 2019, foi feita debaixo de chuva, já na etapa de dezembro tivemos a companhia de um radioso sol durante todo o dia. Isto, mais uma vez, para justificar algumas limitações que tivemos ao tomar as imagens que hoje deixamos aqui, que à exceção das duas primeiras imagens tomadas desde a Serra da Cabreira, são todas da segunda etapa de setembro de 2019, mais propriamente do dia 21 desse mês, um dia de chuva, mas felizmente não tão intensa e persistente como a de 8 de agosto.

 

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Vamos então até Vale, à sua localização e itinerário recomendado por nós para chegar até lá. Vale é a terceira aldeia da freguesia que abordamos aqui e tal como dissemos nas duas aldeias anteriores, o caminho para lá chegar é semelhante para todas as aldeias da freguesia de Ruivães e Campos, isto, porque todas elas estão localizadas na vertente da Serra da Cabreira que descarrega no rio Cávado, onde se começa a formar a barragem de Salamonde, e todas próximas da  N103 no troço que liga Chaves a Braga.

 

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Recordamos também que as nossas partidas para o Barroso são sempre feitas a partir da cidade de Chaves, e para os concelho de Boticas e agora Vieira do Minho utilizamos como saída de Chaves a N103, estrada que liga Chaves à cidade de Braga, e podíamos seguir sempre por ela até chegarmos ao nosso destino, no entanto recomendamos caminho mais interessante, mais rápido e mais curto, mas para isso temos que abandonar a N103 em Sapiãos na saída para a vila de Boticas onde se terá de apanhar R311 em direção a Salto e, mais metro, menos metro, entre as duas aldeias que dão nome à freguesia – Ruivães e Campos. VALE fica a cerca de 1km da N103 e o acesso à aldeia faz-se a seguir a Ruivães, imediatamente a seguir à passagem pela ponte do Rio Saltadouro, Claro que há que ter em conta que as nossas partidas são feitas desde a cidade de Chaves, pois se vier pela N103 desde Braga, o acesso à aldeia é imediatamente antes da referida ponte e antes de Ruivães. Para melhor entendimento deixamos alguns mapas.

 

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Para lá chegarmos, e repetimos, como sempre a partir da cidade de Chaves, teremos que apanhar a N103 e seguir sempre por ela até atravessarmos Ruivães, e logo após a ponte sobre o rio Saltadouro (a 400m do centro de Ruivães), saímos da N103, à esquerda e logo a seguir (1km) encontramos VALE. Embora a melhor referencia seja a N103, nós recomendamos um atalho, onde se poupam 10Km, ou seja, saímos obrigatoriamente pela N103 mas só até Sapiãos, aí viramos em direção a Boticas onde apanhamos a R311 em direção a Salto. Ainda antes de Salto, no cruzamento onde podemos virar para Salto ou Venda Nova, tomamos a direção de Salto, mas só por 100m, onde devemos sair à direita em direção às Minas da Borralha, depois de passarmos ao lado da Borralha, seguimos por Linharelhos, Lamalonga, Campo e Botica, aqui entramos de novo na N103 e logo a seguir é Ruivães, onde, logo à entrada, tem o desvio à direita para a aldeia de Vale. Atenção que não é necessário entrar em Ruivães, pois este cruzamento fica a cerca de 500 metros do centro de Ruivães, a mesma distância que terá de percorrer até a aldeia de Vale, desde que abandona a N103.

 

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Ao todo, este itinerário de Chaves a Vale, via Boticas e R311, tem 68,8Km, 1H15 de viagem, isto sem paragens e a cumprir os regulamentos e código das estradas. No regresso a Chaves, nós optamos sempre por outros caminhos, e aqui sim a opção pode ser regressar sempre pela N103, são 79,3km e 1H22 de viagem.

 

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Agora que já sabemos como chegar até a aldeia de Vale, entremos então nela, que, com tanta chuva e sendo, para além de barrosã também minhota, se espera que seja verde, e é, verdura não lhe falta, quer de verão quer de inverno, pois está rodeada por floresta e pastagens.

 

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Claro que estas dicas que por aqui deixamos, hoje, apenas se referem à aldeia de VALE, mas a ideia é para todo um dia de passeio por esta aldeias e as suas vizinhas e ainda com subida obrigatória à Serra da Cabreira. Claro que para todo o dia há que fazer algumas paragens, uma delas para comer, almoçar, para a qual há várias alternativas, uma delas, a do piquenique de viagem, isto se gostar de piquenicar. Se gostar mais de sentar à mesa, esteja onde estiver, por estas bandas encontra sempre onde comer bem a menos de 15 minutos de viagem, às vezes o problema está só em escolher qual.

 

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Quanto ao casario da aldeia vai-se desenvolvendo ao longo de uma rua principal, sem saída, ou seja, chegado ao fim da aldeia teremos que voltar para trás pelo mesmo caminho, havendo ao longo dele três pequeno aglomerados com ligação entre eles sem ser pela rua principal. No cimo da aldeia, no seu ponto mais alto está a capela da aldeia, notoriamente de construção recente, muito simples, com planta retangular e telhado com telhado de duas águas com paredes exteriores rebocadas sem quaisquer adorno (molduras de vãos, cunhais salientes, etc.), no interior, a simplicidade mantém-se, mas tem tudo o necessário para a prática do culto, afinal de contas é mesmo para isso que existem, contudo, desde o seu adro e largo no início do acesso, temos um autêntico miradouro, com vistas privilegiadas para a aldeia, para Ruivães e um pouco mais além para a Serra da Cabreira. Assim, torna-se obrigatório subir até a capela.

 

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Quanto ao casario tem algumas construções antigas entre as quais algumas ruinas, mas também algumas casas senhoriais, uma que se destaca pela sua arquitetura mais nobre. E vai sendo tudo por hoje pois chegamos àquela altura em que nos despedimos e anunciamos o vídeo resumo com todas as imagens que hoje aqui foram publicadas, vídeo que também podem ver no MeoKanal e no nosso canal do YouTube.

 

Aqui fica o vídeo que espero que gostem:

 

 

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No próximo domingo continuaremos por na freguesia barrosã de Ruivães e Campos do concelho de Vieira do Minho.

 

 

08
Jan23

O Barroso aqui tão perto...

O Barroso minhoto


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Serra da Cabreira – Cabana dos Poços

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Nesta rubrica de “O Barroso aqui tão perto” hoje vamos fazer apenas a introdução ao Barroso que nos fica mais longínquo e que sai fora das fronteiras dos concelhos de Montalegre e Boticas, bem como sai das fronteiras do distrito de Vila Real e da província de Trás-os-Montes, pois na realidade trata-se do Barroso que entra no Alto Minho, no distrito de Braga e no Concelho de Vieira do Minho, mas em apenas duas das suas antigas freguesias, que por sinal, com a última reorganização administrativa passou a ser uma freguesia, a freguesia de Ruivães e Campos.

 

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Ruivães em primeiro plano vista desde a Serra da Cabreira, ao fundo a Serra do Gerês

 

A inclusão desta freguesia no Barroso, aparentemente, parece não ter muita lógica, no entanto esta pertença ao Barroso tem as suas razões históricas e culturais, mas também geográficas. As razões históricas conhecidas são as de que o antigo concelho de Vilar de Vacas, hoje Campos e Ruivães, é mencionado nos documentos mais antigos como sendo território do Barroso. As coisas começam a baralhar-se um pouco com a Reforma Administrativa de Silva Passos, decretada em 6 de Novembro de 1836, e mesmo que essa reforma não tivesse sido definitiva nem foi no seu todo bem sucedida, promoveu mesmo assim a extinção de uns concelhos e a criação de outros, havendo concelhos que viram o seu território diminuido, enquanto outros viram o seu território aumentado, sofrendo diferentes alterações até 1853 e no que diz respeito às Terras de Barroso prolongou-se mesmo até 1898.

 

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Em primeiro plano aldeias e montanhas de Montalegre, ao fundo a Serra da Cabreira, a meio o rio Cávado e do lado direito a Serra do Gerês

 

Ainda conforme reza a história o antigo concelho de Vilar de Vacas (Ruivães) pertenceu à Casa de Bragança e à província de Trás-os-Montes, era uma das «Sete Honras de Barroso» e constituiu, em conjunto com a freguesia de Campos, o Couto de Ruivães, tendo sido vila e sede de concelho até 31 de Dezembro de 1853, data em que foi extinto. Em 1836 pertencia à comarca de Chaves e, em 1842, como julgado e concelho, reunia as freguesias de Cabril, Campos, Covelo do Gerês, Ferral, Pondras, Reigoso, Ruivães, Salto, Venda Nova e Vila da Ponte. Com a extinção do concelho em 1853, as freguesias foram divididas pelos concelhos de Montalegre e Vieira do Minho, ficando Campos e Ruivães a pertencer a Vieira do Minho e as restantes a Montalegre.

 

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Frades de Vieira do Minho em primeiro plano, rio Cávado ao centro e ao fundo a Serra do Gerês.

 

Para melhor se perceber administrativamente qual o território original  do Barroso e a sua evolução até o estado atual,  ficam os nossos mapas, que já em tempo foram aqui utilizados aquando de um post dedicado à origem do Barroso para o qual deixamos link no final deste post.

 

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Como se a História não bastasse, podemos ainda apontar as razões geográficas para incluir esta(s) freguesias do concelho de Vieira do Minho no Barroso. Como é sabido. em geral, as fronteiras são delimitadas recorrendo-se a elementos naturais para fazerem as divisões/separações administrativas dos territórios de regiões, províncias, países e continentes, elementos tais como rios, serras, lagos, mares e oceanos. Ora o território do Barroso também deitou mãos destes elementos naturais, encontrando-se bem delimitado desde a sua origem por serras e um rio, ou seja, a Norte e Poente pelas Serras do Larouco e a Serra do Gerês, a Sul pela Serra da Cabreira e a Nascente pelo Rio Tâmega, e no meio disto tudo, a serra do Barroso, quase como tendo o ponto, bem no meio dos cornos do Barroso, para espetar a ponta do compasso para fazer a circunferência que delimita todo o Barroso.

 

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Vista parcial do Barroso vista desde a Serra da Cabreira

 

Pois então é precisamente com base nestes limites que a freguesia de Campos e Ruivães, bem como as suas aldeias, são incluídas no Barroso, isto porque quando se recorre à divisão de fronteiras nas montanhas, também em geral e para não haver conflitos entre vizinhos com problemas relacionados com a água, as divisões/fronteiras administrativas fazem-se nos seus pontos mais altos das montanhas onde iniciam as suas vertentes, é o caso desta freguesia do concelho de Vieira do Minho que se localiza na vertente Norte da Serra da Cabreira, ou seja, na vertente para o Rio Cávado, enquanto que a vertente Sul dá origem ao Rio Ave, em que, o mais correto teria sido que o antigo concelho de Vilar de Vacas, todo ele, fosse integrado no concelho de Montalegre. Mas não foi, outros interesses se impuseram, no entanto nem por isso deixa de pertencer ao Barroso, pelas razões já apontadas, culturalmente e também pelo romanticamente, aliás todo este tema do Barroso é assim que tem de ser visto, porque na realidade oficial do Portugal atual, nem sequer temos regiões administrativas, ainda, nem sequer as antigas províncias existem, estando, segundo a Constituição Portuguesa em vigor, apenas as regiões autónomas e o continente, este último dividido em distritos, estes em concelhos e estes últimos em freguesias, e mais nada, ou seja, o Barroso, oficialmente,  não existe, nem sequer nas NUTS consta, NUTS que são a coisa mais parecida com as regiões administrativas, embora não tenham qualquer valor administrativo. Um imbróglio que os senhores da política criaram e não sabem, ou não querem, resolver.

 

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Dois garranos na Serra da Cabreira. Ao fundo a Serra do Gerês (concelho de Montalegre)

 

Ora bolas, então o Barroso não existe!?

Existe sim senhor, e existirá sempre. Estas coisas administrativas e o seu território até são coisas menores, pois o que mais interessa é mesmo o ser do Barroso, o ser barrosão e a cultura barrosã, esses sim é que podem ou estão mesmo em perigo, com o êxodo e despovoamento rural, com a perda de saberes e tradições e com a globalização em que os diferentes se tornam cada vez iguais, e ainda, tal como dizia Torga a respeito da falta de respeito pelas aldeias do Barroso:

Entro nestas aldeias sagradas a tremer de vergonha. Não por mim, que venho cheio de boas intenções, mas por uma civilização de má-fé que nem ao menos lhe dá a simples proteção de as respeitar.

Miguel Torga, In Diário VIII

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Soutelos (Vieira do Minho) em primeiro plano, em baixo o Rio Cávado e ao fundo São Lourenço, Montalegre.

 

Mas para já ainda vai existindo o Barroso e é para lá que este blog continuará a ir aos domingos durante as próximas semanas, para já abordando algumas aldeias do concelho de Vieira do Mino e depois de Ribeira de Pena e ainda estou a pensar se irei incluir, ou não, as freguesias do concelho de Chaves que ficam na margem direita do rio Tâmega, isto em defesa do raciocínio feito atrás em relação às fronteiras geográficas do Barroso.

 

Assim, no próximo domingo entraremos nas aldeias da atual União das Freguesias de Ruivães e Campos.

 

                                                                                                         

 

Para quem interessar aqui fica o link de um post antigo dedicado ao Barroso e as suas origens:

Barroso - Origem, história e território

 

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