Samaiões - A Ruralidade versus Urbanidade de uma aldeia
Então vamos lá mais uma vez até às nossas aldeias, até à nossa ruralidade, no caso, a aldeia de Samaiões.
Começo pela dúvida de se vamos, ou não, até à nossa ruralidade, isto é, se para ir até à ruralidade de Samaiões chegamos a sair de qualquer urbe e, isto, poderá ter dois sentidos que deixo aqui ao vosso critério em duas questões: 1 – Saímos realmente de uma urbe para entrar na ruralidade?; 2 – Será que precisamos de sair da urbe para entramos em Samaiões?
Pois na realidade hoje e sempre, quer na anterior freguesia de Samaiões, quer agora na atual freguesia a que Samaiões pertence (Madalena/Samaiões), sempre teve como uma das fronteiras a freguesia de Santa Maria Maior, ou seja, a freguesia do coração da cidade onde a urbe tem e sempre teve o seu centro histórico, e daí poder-se considerar uma freguesia urbana ou se quisermos ser mais precisos, uma freguesia periurbana.
Estamos explicados, ou quase, pois desde início que não prescindi do termo ruralidade de Samaiões, porque de facto a aldeia de Samaiões, pese a proximidade da cidade, é em tudo rural e pouco ou nada difere de uma das nossas aldeias de montanha, até no despovoamento, envelhecimento da sua população e abandono do casario rústico tradicional.
Não quero com o discurso anterior desprestigiar a aldeia de Samaiões, antes pelo contrário, pois é uma aldeia única, com todas as características rurais quase inalteradas e a um passo da cidade, ou seja, poderia, ou poderá ainda ser uma aldeia que é o sonho de muitos – viver a ruralidade dentro (ou quase) da cidade.