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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

15
Fev15

S.Cornélio - Chaves - Portugal


1600-s-cornelio (131)

Hoje fazemos uma breve passagem por S.Cornélio, uma das aldeias por onde passo muitas vezes e onde, infelizmente, poucas vezes paro, pois calha sempre a caminho de outra aldeia ou lugar com hora marcada ou afazeres previamente determinados.

1600-s-cornelio (48)

Sinceramente parar a sério com a intenção de tomar algumas imagens, apenas o fiz uma vez e trouxe de lá agradáveis registos, não só em imagens mas também da sua gente e, já lá vão sete anos, ou seja, está na hora de voltar por lá outra vez, com tempo.

1600-s-cornelio (135)

Tempo para fazer os registos que me escaparam, para mais algumas conversas e para esperar pelos momentos únicos do por do sol com olhares lançados para as montanhas além do vale de Chaves.

 

 

05
Nov11

S.Cornélio - Chaves - Portugal


 

Há dias, alguém ausente e com saudades, pedia-me fotos da sua aldeia.

 

Porque sei que a nossa terra é mais nossa quanto mais longe estamos dela, não poderia deixar de satisfazer o pedido, e com todo o gosto.

 

 

Pois meu caro saudoso, e também outros saudosos ausentes, aqui ficam duas imagens da vossa aldeia. Um olhar sobre e outro desde São Cornélio. Foi esta a aldeia do pedido.

 

 

30
Abr11

S.Cornélio, mais algumas imagens.


 

 

 

E enquanto não chega a habitual crónica de hoje de “Pecados e Picardias”, que só acontecerá por volta do meio-dia,  vamos fazer uma passagem por uma das nossas aldeias.

 

Vamos fazer mais uma breve passagem em imagem por S.Cornélio, pelas suas cores e os seus pormenores.

 

 

 

 

Ainda hoje, lá para o fim do dia, inaugura aqui a “Missa do 7º Dia”, uma estória de autoria Luís Henrique Fernandes que vai passar aqui em episódios aos Sábados à noite. Para mais logo ficam alguns pormenores.

 

 

 

 

 

 

A partir de hoje, os Sábados aqui no blog, vão ter três publicações, uma no inicio do dia, outra ao meio dia e outra ao fim do dia.

 

Até logo.

 

 

 

 

31
Jan09

 

Localização:

A 20 km de Chaves, localiza-se na orla setentrional do concelho, no grande planalto, fazendo fronteira a Norte com a Galiza-Espanha.

 

Confrontações:

Confronta com as freguesias de S.Vicente da Raia, Roriz, Cimo de Vila da Castanheira, Paradela e Mairos, a Norte com a Galiza e toca num ponto apenas, nas freguesias de Tronco e Águas Frias.

 

Coordenadas: (Largo da Aldeia junto ao Coreto)

41º 49’ 45.02”N

7º 18’ 21.31”W

 

Altitude:

Variável – Entre os 850m (em S.Cornélio) e os 980m (Junto à fronteira). Travancas (aldeia)  ronda a média dos 900m.

 

Orago da freguesia:

São Bartolomeu.

 

Área:

12.73 km2.

 

Acessos (a partir de Chaves):

– Estrada Nacional 103 até à Bolideira, virar à esquerda e seguir sempre em frente. A primeira aldeia (a aproximadamente 7 km da Bolideira) é Travancas e a segunda é Argemil da Raia.

 

Alternativa: Estrada Nacional 103-5 até Vila Verde da Raia, seguir em direcção a Curral de Vacas (Stº Ant. de Monforte), Mairos, e eis S.Cornélio, aldeia da freguesia de Travancas..

 

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Aldeias da freguesia:

            - Travancas;

            - Argemil da Raia;

- São Cornélio;

 

População Residente:

            Em 1900 – 670 hab.

            Em 1920 – 611 hab.

Em 1940 – 858 hab.

            Em 1960 – 1038 hab.

            Em 1981 – 886 hab.

            Em 2001 – 519 hab.

 

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Principal actividade:

- Actualmente a agricultura, sendo conhecida pela sua batata de qualidade, intitulando-se mesmo a “Capital da Batata”, mas também o centeio tem uma palavra a dizer e as restantes culturas de proximidade e típicas das terras altas da região, também com alguma castanha.

 

Até a abolição das fronteiras também o contrabando e as “peles” (passagem clandestina de pessoas para Espanha) fizeram parte das actividades e vidas da freguesia.

 

Particularidades e Pontos de Interesse:

São vários os pontos de interesse desta freguesia, realçando em termos de  vistas lançadas sobre o Vale de Chaves e o casario tradicional a aldeia de São Cornélio. Refere ainda alguma literatura (embora não conheça pessoalmente) a existência nesta aldeia de um outeiro castrejo que atestará uma ocupação protohistórica, atribuível ao âmbito cronológico da idade do ferro. Na aldeia (S.Cornélio) poderá apreciar também um castanheiro centenário (orgulho da população) e o forno comunitário.

 

São Cornélio e Argemil da Raia foram em tempos freguesias independentes, pelo menos em 1706 assim era, como documenta o Padre Carvalho da Costa em “Corografia Portuguesa”.

 

A origem da freguesia é antiga havendo referência à antiga “villa” (uma propriedade rústica) de Travancha, já em 1160.

 

Administrativamente falando, a freguesia ao longo dos tempos andou ora pra cá ora pra lá. Durante os séculos XI-XII andava por terras de Chaves e Montenegro. Posteriormente integrou o Concelho de Monforte de Rio Livre, até à sua extinsão em 1853.  Quanto ao domínio eclesiástico foi curato anexo a S.João da Castanheira.

 

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Vista aérea de Travancas disponibilizada por Google Earth

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No campo administrativo, já anda no ar uma nova reorganização do território nacional, por isso, e tendo em conta também o despovoamento das aldeias e as actuais políticas centralistas e economicista,  não será de admirar se nos anos mais próximos, esta e outras freguesias, passem a ser pertença de… ou a ela venham a ser acrescidas as aldeias de… Vou gostar de assistir à reorganização administrativa a ditar desde Lisboa sem conhecimento das realidades locais, vou querer estar por cá para aplaudir!

 

Mas voltando à actual freguesia, refere-se ainda (Grande Enciclopédia) que em toda a freguesia têm aparecido vestígios da romanização local, restos de tégulas e utensilagem doméstica, entre outros.  

 

Como festividades da freguesia, salienta-se as que se realizam em honra de S.Miguel, de S.Cornélio, de São Bartolomeu e do Senhor dos Aflitos.

 

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Vista aérea da freguesia de Travancas disponibilizada por Google Earth

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Link para os posts neste blog dedicados às aldeias da freguesia:

 

            - Travancas

 

- Argemil da Raial

 

            -  São Cornélio

 

Mas ainda não termino por aqui, pois a freguesia já tem também os seus sítios e blogs na NET, ficando aqui os links para os mesmos, além de já constarem na barra lateral deste blog.

 

            - http://www.argemildaraia.eu/

 

            - http://travancas-capitaldabatata.blogspot.com/

 

E dando agora uma volta pela Net acabo de descobrir mais um Blog, o TRAVANCAS DA RAIA, cujo autor desconheço, mas que se apresenta como transmontano, português, european e citoyen du monde cujo link também fica aqui, além de a partir de hoje constar da lista de blogs na barra lateral:

 

            - http://travancasdaraia.blogspot.com/

 

 

Para fazer o pleno da freguesia só falta mesmo a página ou blog São Cornélio. Não haverá um voluntário!?

 

Até amanhã, com mais uma aldeia do concelho de Chaves.

04
Mai08

São Cornélio - Chaves - Portugal




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Então vamos até mais uma aldeia do nosso concelho – S.Cornélio.

 

De nome, é uma das aldeias que conheço há mais tempo e pela simples razão de “lá em casa” se falar de S.Cornélio desde que tenho memória, tudo graças a um familiar e meu padrinho de baptismo que por lá passou como feitor, penso que por volta dos anos 50. Pessoalmente, pensava eu que conhecia a aldeia há mais de 20 anos, pois era aldeia de passagem para as restantes aldeias do grande planalto, e sempre o foi até há uns fins-de-semana atrás.

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Já há muito tempo que aprendi a não julgar as pessoas pela aparência pois, é necessário entrar no seu interior para verdadeiramente as conhecermos. Com as aldeias, passa-se o mesmo. 20 anos a passar por S.Cornélio e nunca lá tinha parado. Pensava conhecer a aldeia, mas puro engano, pois tal como as pessoas, também foi entrando dentro dela, do seu núcleo, que fiquei a conhecer S.Cornélio, e diga-se, surpreendeu-me pela positiva, quer pelo seu casario quer pelas suas gentes.

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Vamos começar pelas pessoas, pois são elas que fazem as aldeias. As de S.Cornélio, são simpáticas, hospitaleiras, conversadoras, abertas e divertidas. É uma daquelas aldeias à qual vamos para passar por lá uns 15 ou 20 minutos e acabamos por ficar duas ou três horas, e não é tempo perdido, pois com o pessoal de mais idade, aprende-se muito e descemos ao pormenor da identidade dos sítios, das ruas, das casas, das gentes e da vida. Alguns são um enciclopédia não editada, com pormenores, nomes e datas precisas. Gente que já passou por guerras e revoluções, por africas e europas, por tempo de fome e e dias melhores, até por Reis e muitas Repúblicas e que descendo na genealogia dos conhecimentos, acaba-se uma conversa como se fossemos grandes amigos de sempre.

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Quanto ao casario do seu núcleo, tem muito do tradicional em granito das nossas aldeias. Não há casario senhorial e a aldeia também não é grande, mas tem pormenores preciosos e dignos de serem apreciados. Construções novas e novas intervenções, também há algumas, mas mais na periferia da aldeia, mantendo quase intacto o seu núcleo.

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Geralmente, quando entro nas aldeias, já levo na ideia um ou dois pontos de interesse, principalmente quando já estão referenciados. Para S.Cornélio não levei nenhuma referência, pois mais uma vez o meu destino não era esta aldeia, mas já que passava por lá resolvi entrar no seu núcleo para dar uma vista de olhos com a intenção de uma visita futura. Acabei por ficar por lá e claro que tive de ir perguntando o que havia por lá de interessante. O Carvalho, foi-me apontado por todos, e com razão, pois é um imponente carvalho, que segundo me disseram os mais velhos, já na casa dos noventa anos, já se lembram dele assim desde que são pequeninos. Ou seja, tudo indica que seja um carvalho que irá para além dos 150 ou 200 anos de idade e por isso, merece o respeito e admiração de todos. Nas aldeias, graças a Deus, ainda há respeito e admiração por aquilo que é antigo.

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Mas, e depois deste longo intróito, vamos lá “oficialmente” para S.Cornélio.


 

Fica a 18 quilómetros de Chaves, mesmo ali onde o grande planalto começa a descer para o vale de Chaves. Desde a aldeia avista-se quase todo o vale, incluído a cidade, terras de Monforte, de barroso com o Deus Larouco a espreitar ao fundo e terras da Galiza.  Aliás a riqueza das vistas compara-se à da riqueza da terra, não de muitas culturas, mas rica em batata de qualidade e centeio, culturas que se prolongam por todo o planalto.

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S. Cornélio pertence à freguesia de Travancas e o acesso pode-se fazer (a partir de Chaves) pela E.N. 103 ou pelo seu ramal E.N 103-5, ou seja, por Faiões, até a Bolideira, ou por Vila Verde da Raia, Curral de Vacas e Mairos. Pessoalmente, vou sempre por um lado e regresso pelo outro, é indiferente por onde se começa.

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É uma aldeia que não foge à regra da desertificação, com muita gente envelhecida, emigrantes, casario do núcleo também envelhecido e apenas três ou quatro crianças em idade escolar.

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Quanto à sua história, até 31 de Dezembro de 1853 pertenceu ao extinto concelho de Monforte de Rio Livre. Eclesiasticamente pertenceu à diocese de Miranda do Douro e depois a Bragança até 1922, data em que foi criada a diocese de Vila Real.


 Entre o casario rústico é de destacar a fonte e o forno comunitário do povo que ainda continua a funcionar, menos que antigamente, claro.

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A capela é da devoção a S. Cornélio. Tudo leva a crer que o seu povoamento remonte ao século IX. sob o nome e invocação deste santo que foi papa e condenado à morte em 14 de Setembro do ano 252.


Além da capelinha, possui também uma Igreja recente, curiosamente ambas pintadas de branco e na periferia da aldeia.

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E sobre S.Cornélio pouco mais há a dizer, a não ser agradecer ao pessoal de S.Cornélio a simpatia e a recepção e fica também cumprida a promessa das tais fotos para serem vistas em França e para recordar uma boa tarde passada na terrinha.

 

Até amanhã de volta à cidade.

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