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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

10
Mar10

Resquícios dos Sabores e Saberes de Chaves


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Há dias houve greve da função pública e quando se chegou ao fim do dia, vieram os números da greve. Com cara séria, estatutária e convicção,  os sindicatos apontaram os 80% de adesão, enquanto que o governo (com a mesma cara) ficou-se pelos  14%. Toda a gente sabe, que nesta guerra dos números, ambas as partes mentem ou inventam descaradamente sem qualquer pingo de vergonha. Já ninguém acredita neles, mas continuam a inventar números de vencedores. Números de circo que apenas contribuem para a desacreditação de quem os profere – neste caso políticos do governo e políticos dos sindicatos. Claro que com estes exemplos nacionais e muitos outros de fuga ou deturpação da verdade, não admira que os imitadores de província, façam o mesmo, sempre com a ajuda da imprensa, própria, controlada ou não, para divulgar os seus números, devaneios e mentiras. Imprensa, que com os seus devaneios, invenções, politiquices alinhadas, perseguições e mentiras, estão, em termos de credibilidade, a par dos políticos e, até já na classe há cada vez mais que o admita, assim o fez ainda há poucos dias o Director Diretor de Informação da RTP numa entrevista ao “5 para a meia noite”.

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O que mais se estranha é que toda a gente aceite, já com naturalidade,  esta deturpação da verdade e todas as invenções e manipulações das notícias, sem falar em perseguições (de ambas ou todas as partes). A mentira está instituída em Portugal e a regra, parece mandar que se aceite, sem ondas. Com tanto desrespeito à verdade, deturpação e manipulação, a antiga censura, até era uma criança inocente.

 

Mas, claro, como em tudo também há excepções exceções e também há quem não se conforme.

 

Pois cá pela terrinha as coisas não são diferentes e deixando as promessas de políticos de parte (que nessas também já ninguém acredita) vamos às verdades da nossa imprensa.

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Foto de arquivo da Feira de Sabores e Saberes 2010

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Saiu há poucos dias o Boletim Municipal nº 39 com data de Março março 2010, que naturalmente saiu a seguir ao nº38 datado de Dezembro dezembro.  O que já não é muito natural é que este boletim na sua ficha técnica diga que é mensal. Eis uma mentira descarada à qual ninguém liga, mas esta é de puristas, pois não tem importância nenhuma.

 

Seguindo com o boletim Municipal nº 39, fiquemos pela grande notícia de primeira página:

Sabor e Saberes – Chaves 2010 – Recebeu mais de 60 mil visitantes

No desenvolvimento da notícia, também se diz: “ Ao longo dos três dias de certame (29,30 3 31 de Janeiro), mais de 60 000 pessoas dirigiram-se ao pavilhão…”

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Quem sou eu para duvidar do contador de visitas e de pessoas do Sabor e Saberes, ou por em causa aquilo que é desenvolvido na noticia do certame, mas em jeito de quem se entretém a fazer do sudoku , resolvi fazer umas contas e umas comparações com tal número de visitas, então cheguei à conclusão:

- Como a feira durou 3 dias, em média recebeu 20 000 visitantes por dia;

- Partindo do principio que abria às 9 e fechava à meia-noite, portanto aberta ao público durante 15 horas, recebeu 1333.3 visitas por hora, ou seja, 22,22 visitas por minuto, ininterruptamente entre as 9 da manhã e a meia noite.

 

- Contando que cada visitante esteve pelo menos uma hora dentro do pavilhão, o que daria menos de um minuto por expositor, o pavilhão no mínimo, teria 1320 visitantes, ininterruptamente.

 

- Se fossem utilizados autocarros para fazer deslocar a totalidade dos visitantes, teriam que ser utilizados 1200 autocarros.

 

- Pode-se também chegar a conclusão que o número de pessoas que visitou, corresponde a toda a população do concelho, acrescida de mais 15 000 forasteiros.

 

- Os visitantes encheriam 5 vezes, com lotação esgotada, o estádio municipal.

 

- Comparativamente com a Feira dos Santos (“100 000” visitantes), os Saberes e Sabores tiveram mais de metade dos visitantes.

 

-  Sabendo que este ano cresceram 30 000 visitantes aos Sabores e Saberes, a manter-se a tendência  na edição do próximo ano, as visitas dos Sabores e Saberes será igual ao número de visitantes da Feira dos Santos.

- Mas há mais números, pois se contabilizarmos o fumeiro vendido, cada visitante, em média, comprou 2 alheiras e uma linguiça além de ter comido um pastel. Como eu fui lá 3 vezes e não comprei nada,  houve alguém que levou para casa 8 alheiras, 4 linguiças e comeu 4 pasteis .

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- A título de curiosidade, os sabores e saberes tiveram 60 000 visitantes, mas como a notícia também diz que 60 000 pessoas se dirigiram ao pavilhão, e sabendo que outros como eu visitaram a feira mais que uma vez, chego à conclusão que o contador se esqueceu de contar visitantes ou então houve pessoas que foram ao pavilhão mas não efectuaram efetuaram a visita.

- Outros números curiosos prende-se com o volume de negócios e com quanto o Estado arrecadou, pois só em IVA, o estado embolsou nesta feira cerca de 100 000 Euros.

 

- Fiquei também a saber (pela notícia), que embora cerca de metade dos expositores não fossem de Chaves, nem da região, todos eles venderam produtos de Chaves “ Sabores e Saberes contou, este ano, com 75 expositores dedicados aos melhores produtos de Chaves” (sic).

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Foto de Arquivo - Feira dos Santos 2009

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Tendo em conta que não ponho em dúvida os números e o que foi escrito sobre o certame, rendo-me, pois contra factos não há argumentos. Penitencio-me aqui, publicamente, arrependendo-me de tudo que disse em posts passados a respeito da feira dos Sabores e Saberes.

 

Também peço desculpas por trazer o assunto outra vez à baila, já do passado mês de Janeiro janeiro,  mas como não acreditei nos números da imprensa local, só agora pude falar do assunto, com as notícias oficiais do certame, constantes no Boletim Municipal deste mês.

 

 

 

07
Mar10

Chaves - Não há sabores e saberes sem valores


 

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Pelos caminhos e apostas que se vão fazendo por aqui (concelho de Chaves) não sei como será o futuro desta terra. Ao longo das últimas dezenas de anos, Chaves foi perdendo a sua importância estratégica, não só geograficamente bem localizada como uma cidade de fronteira onde comercial e militarmente marcava pontos, mas também como o centro, também comercial, de serviços, de saúde e de ensino de uma região que englobava quase todos os concelhos vizinhos, principalmente o de Boticas, Valpaços, Montalegre, Vila Pouca, Vinhais e Ribeira de Pena.

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Más apostas do passado, a abolição das fronteiras, o despertar e aproveitamento de oportunidades dos concelhos vizinhos, o acordar de Vila Real ao valer-se de ser capital do distrito e o desprezo de Lisboa pelo interior aliado ao centralismo dos últimos anos, sem esquecer o factor importante da emigração que iniciou o despovoamento do meio rural, fazem com que Chaves, cada vez mais, vá perdendo a sua importância como cidade e como “líder” de uma região. Como flaviense, custa escrever estas palavras e descer à realidade, mas convém não andarmos iludidos.

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Embora a verdade custe, tem que se enfrentar, e se por uma lado Chaves tem perdido a sua importância devido a machadas que nos são dirigidas do exterior e das capitais do poder, também nós não temos sabido reagir às agressões externas, por sujeição, apatia e conformismo do povo mas também pela classe e qualidade política que temos tido nos detentores do poder e oposições dos poderes locais, que entre devaneios, lutas por alcançar e garantir o poder, incompetências e pouca visão, se têm limitado e gerir e copiar sem saber inovar, reivindicar e afirmar-se como o centro sustentável de uma pequena região. Aliás o problema de Chaves sempre esteve na sustentabilidade das suas políticas, ao apostar em projectos sem sustentabilidade e sempre dependentes de investimentos do exterior ou do estado, não sabendo impor-se e desprezando mesmo aquilo que é nosso e temos de bom.

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Não sou iluminado nem político, nem especialista em nada. Sou apenas um cidadão comum que teve a felicidade e infelicidade de ter nascido em Chaves, a felicidade e infelicidade de gostar de Chaves, a felicidade e infelicidade de aqui ter constituído família e a felicidade e infelicidade de manter-me na terra que me viu nascer. Não sou pecador por isso, por ser resistente e não ter ousado partir. Fiquei e assumo que fiquei, por isso não é demais querer mais para Chaves e sofrer ao ver como Chaves se perde sem políticas sustentáveis de futuro, quando por cá, temos tudo para nos podermos afirmar com o que temos de bom, que desprezamos e que muitos gostariam de ter e não têm.

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Há quem diga que nos falta o mar… pois falta e desiludam-se que tão cedo também não o vamos ter. Mas temos montanhas e vales, rios e riachos, florestas e terras de cultivo, muita natureza, usos e costumes, hospitalidade, couves, batatas e grelos, artistas,poetas e músicos, história milenária, o dom da água quente e, sobretudo, uma boa mesa que se pode acompanhar com bons vinhos também nossos (assim os façam e saibam fazer) e um dom natural para o despertar, mas também para convívio com a noite, sem esquecer o clima, diversificado e para todos os gostos…

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História, cultura, natureza, arte, vales e montanhas, clima, usos e tradições, gastronomia, hospitalidade e a genuinidade de um povo nos seus usos e costumes por aproveitar, em suma, os sabores, valores que são valeres para nos podermos afirmar, com coisas simples, genuínas, sem sonhos, devaneios e imitações. Afinal basta assumi-nos como somos e com o que temos para podermos ser alguém, basta aproveitar os nossos recursos, a nossa gente, sem pavões, políticos e politiquices que apenas anseiam o poder e não conseguem olhar para além do seu umbigo com a única preocupação (e se não é,  parece) de garantir egoistamente o seu bem estar e o futuro e da sua tribo restrita apenas a alguns seguidores. Chaves é de Chaves e de todos os flavienses, não é apenas de meia dúzia de políticos e pavões que ditam e fazem de Chaves o que querem e que por incompetência e/ou interesses, se estão a marimbar e a desprezar um futuro sustentável para a cidade e o concelho de Chaves.

Hoje em imagem, deixo-vos instrumentos de um povo que também se vão perdendo sem haver qualquer interesse manifesto em preservá-los cá para testemunharem a história e estória de um povo que fez deles o seu sustento durante décadas e que com eles conseguiram o dinheiro para educar (alguns) filhos ingratos … até parece que por aí, há, quem tenha vergonha do berço…

 

E termino com uma imagem onde está uma vestimenta que muitas vezes deveria ser usada em vez de uma gravata.

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Moral do post: De nada valem os sabores e saberes de uma terra se não houver valores!

 

Adenda à moral do post: … e verdade!

 

Desculpas: Para Mairos e Dorna, a quem roubei as imagens das coisas de um passado e valores que preservam.

 

 

 

31
Jan10

Ruralidades, desertificações e despovoamentos em balanço


Agradecido a quem agradece, hoje trago aqui três olhares sobre Bobadela de Monforte. Apenas os olhares, pois as palavras, são de outras cenas, nas quais Bobadela também poderia entrar, mas não entrou.

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Dia em que continuam os Sabores e Saberes de Chaves, mas poucos, pois faltam os sabores e saberes da maioria das freguesias do nosso concelho.

 

Estive atento ao que se disse e vi na RTP, a quem os organizadores dos sabo(e)res devem estar agradecidos por a RTP ter feito a festa de ontem da feira e, por terem levado a cidade de Chaves a todo o Portugal e comunidades Portuguesas. Até eu, ou o orgulho flaviense, me(se) ia rendendo à “grandeza” da festa, animada como convém, pela música pra pular portuguesa, com o animador mor da pimbalhada. Até ia desculpando as incorrecções do discurso político dos entrevistados como o da desertificação de um concelho que cada vez está mais cheio da matização dos verdes acastanhados do mato que invade antigas terras de cultivo, mas que, mesmo com a confusão, amargamente agradou-me saber, que sabem, que o concelho rural (sem perigo de desertificar) está tristemente despovoado, mesmo que, para os seus sabores e saberes se trabalhe 365 dias por ano. Talvez fosse melhor trabalhar menos e melhor, digo eu, que gosto de apostar na qualidade…

 

Com o cair da noite, fui caindo também em mim e, já a frio, com o orgulho flaviense já arrefecido, fui-me dando conta do tal poder que a televisão e as objectivas têm para deturpar verdades e realidades.

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Que ninguém me interprete mal. Sei de longe que o nosso presunto é o melhor, que as alheiras são feitas ao nosso gosto e não existem outras iguais, que as linguiças fazem crescer água na boca, que os pasteis, mesmo com todas as variantes e reivindicações de genuinidade não encontram igual em Portugal, que a batata sorri para quem a come, que as couves não se dispensam e, já nem quero falar do grelo de Chaves,  senão perco mesmo a cabeça…mas também temos muitos saberes, que ainda se sabem, mas infelizmente não se praticam. Em suma, quase todos os flavienses que estiveram nesta feira, estiveram lá por direito próprio, sem qualquer favor, pois os produtos que lá levaram, são do melhor que há. A minha mágoa, não vai para esses expositores e produtos, mas para todos aqueles que deveriam estar por lá e não estiveram e para outros que por lá estiveram (de fora) e que nada contribuem para travar a tal desertificação que até é despovoamento.  Em suma, em vez de se abrir a porta para o repovoamento, cada vez se fecha mais.

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Há ainda muito trabalhinho de casa para fazer, incentivos, certificações (sem as quais não vamos a lado nenhum), pois tal como o Presunto de Chaves, não basta ter a fama, tem que se lhe tirar o proveito e, só há proveito, se houver presunto de CHAVES. Engraçado, é que embora o presunto de Chaves , que vai existindo para consumo próprio, não chegue para ser comercializado, vai fazendo as delícias das ementas de muitos restaurantes do país e da capital… milagres que não sei explicar!

 

A frio, vi também que o sucesso do dia de ontem se deveu à pimbalhada e palhaçadas de mestre e estou em crer, que o pessoal que por lá estava, debitava mais interesse às palhaçadas que ao próprio certame. Pimbalhada musical que substituíram os verdadeiros saberes musicais do concelho, dos nossos músicos e das nossas bandas filarmónicas e, em sua substituição, aparece como representante flaviense, a Senhora Dona Agata. Atenção que estou a falar de música e não dos nossos grupos ou ranchos folclóricos, pois esses, ainda foram passando pela feira.

 

30
Jan10

Poucos Sabores, menos saberes


Hoje deveria ir até uma aldeia do nosso concelho, mas como por cá está a decorrer  a Feira dos Sabores e Saberes de Chaves 2010, não poderia deixar de passar por lá e também fazer algumas considerações, as habituais que,  de tão habituais que são, poderia muito bem copiar o post do ano passado, colá-lo aqui e prontos! Assunto resolvido, pois nem sequer uma palavra alteraria àquilo que disse no outro ano. Siga o link para saber o que disse, sob o título de “Os sabores e Saberes de São Tomáz”  aqui

 

Mas vamos ao programa deste ano:

 

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Como facilmente se percebe pelo programa impresso, o destaque de todos os eventos, acontece hoje, sábado,  às 21H30. Pela aragem se vê que vai na carruagem. Claro que também não faltam os habituais “Rapazões da Venda Nova”. Diz o carimbo apenso no programa:  Qualidade – Onde a tradição tem gosto… é bem verdade que sempre houve gostos para tudo!

 

Mas este programa apenas pretende animar a feira ou certame dos Sabores & Saberes, que esses estão distribuídos por 74 espaços no interior do pavilhão gimnodesportivo.

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Mas antes de ir até esses espaços, queria aqui recordar um pouco da história deste certame. Se bem se lembram, há coisa de 10 anos atrás, realizava-se em Chaves uma feira do artesanato, de verão, ao ar livre, no velho Jardim Público. Era uma feira que trazia a Chaves muito do artesanato que se fazia na região e no país, onde apareciam também alguns dos nossos produtos locais. Com o decorrer dos anos (pois durou alguns anos) a feira foi crescendo e era um verdadeiro sucesso, não só em participantes, na variedade, mas também em número de visitas. Penso que essa feira era organizada pela ADRAT em colaboração com a Câmara Municipal. Com a mudança política da Câmara Municipal, esta retirou o apoio a essa feira e na sua substituição propunha uma nova feira, num novo espaço, com “Produtos da Terra”. Penso que era assim que se chamava, e pretendia trazer à cidade, todos os produtos que se produziam no concelho. A ideia era engraçada e tinha pernas para andar, mas era necessário muito trabalho prévio para que os tais produtos da terra descessem à cidade. A feira foi um fracasso.

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Há 2 ou 3 anos atrás, uma nova ideia de feira composta com os Sabores & Saberes da terra saía a público. Mais uma vez, pessoalmente, pensei ser uma boa ideia, pois pelo que se publicitava, pretendia trazer a Chaves/Cidade os sabores da nossa gastronomia rural aliada aos seus saberes, tradições e  artesanato. Pelo menos eu assim o entendi. Mas continuou a faltar o trabalho prévio de uma feira de Sabores e Saberes da terra. Em vez dessa tal feira, temos uma idêntica à que a ADRAT realizava há 10 anos atrás, mas com menos artesanato e menos participação e de sabores da terra ou de Chaves, poucos há, saberes, muito menos, sem qualquer desprestígio, antes pelo contrário, para os poucos representantes dos produtos da terra, que todos sabemos que são de qualidade, como é com gosto que vejo lá representado o nosso fumeiro e presunto de algumas aldeias, entre outros produtos, que por serem tão poucas, merecem ter aqui o seu nome escrito:

Cozinha Regional da Quinhas- Fumeiro  – Agostém

Manuel da Silva Ferreira – Fumeiro – Vila Verde da Raia

Conceição Santos Sá Pinto – Fumeiro – Travancas

José Amaro Aleixo – Fumeiro – Vila Verde da Raia

Quinta de Arcossó – Vinho – Arcossó

José João Barros Capela – Produtos Agrícolas – Santo Estêvão

Luísa Gomes Carvalho – Fumeiro – Valdanta

Dinis Cunha - Cestaria de Vilar de Nantes – Vilar de Nantes

Cozinha Regional Felizardo – Fumeiro – Estrada do Seara

Cozinha Regional da Lurdes – Fumeiro – Cimo de Vila da Castanheira

Grupo Tradicional de Ventuzelos – Produtos Regionais – Ventuzelos

Artefumo – Fumeiro – Izei

Mel Raínha – Região do Alto Tâmega

Emília Dores Oliveira Batista – Pintura em tecido e tela – Oura

Olívia – Adelaide – Lurdes – Artesanato – Loivos

Imbambas – Artesanato – Stº Estêvão

Bomb Xplosion Art – Bijutaria e artesanato – Vila Verde da Raia

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Ou seja, 17 espaços compostos com sabores e saberes das nossas aldeias, onde das 150 existentes, apenas 13 aldeias estão representadas, mas o que mais me dói, é o que está ao lado destas nossas aldeias, misturado com os sabores e saberes da terra, há coisas de:

Mira Daire

Rio Tinto

Sever do Vouga

Bragança (3)

Constância

Macedo de cavaleiros

Custóias

Marinha Grande

Barcelos

Esmoriz

Porto

Matosinhos

Caldas da Rainha (2)

Penafiel

Vila do Conde (2)

Sousel

Lourosa

Vila Nova de Gaia (2)

Lousã

Figueira – Penafiel

S.Mamede de Infesta

Vilarandelo

Vilar de Perdizes (2)

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Ou seja, uma feira de sabores e saberes de Chaves infestada de sabores e saberes de fora, ou sejam 28 expositores. Desculpam-se os de Vilarandelo e Vilar de Perdizes, que por serem próximos são como nossos. Para estar completo só faltam mesmo os de Vila Real e a olaria preta de Bisalhães, já que os barros pretos de Vilar de Nantes, também não entram nesta feira. Mas ao que consta, ainda temos que ficar agradecidos à gente e aos produtos de fora, pois sem eles esta feira não se realizava…

 

Das barracas institucionais, realço a da Confraria dos Pavões de Chaves, que dizem ter nascido para promover os produtos do concelho e que em dois anos de existência apenas conseguiram promover um jantar de aniversário com os seus confrades , e nem sequer esta feira conseguiram organizar, tal como prometiam e está escrito no seu sítio oficial na net, pejada por sinal de publicidade de coisas de fora. Já agora, que é uma instituição tão nobre e feita com tanta pompa e circunstância, também lhes ficava bem pedirem autorização e mencionarem o autor de algumas fotografias que estão publicadas no seu site, para além da gastronomia representada numa delas, mais propriamente o presunto, não ser de Chaves. Mal vai uma confraria que quer promover os nossos produtos e nem sequer conhece o verdadeiro presunto de Chaves.

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Concluindo. Esta feira, que para a imprensa da terra e para quem a organiza vai ser um sucesso, a mim deixa-me um amargo de boca por se perder mais uma oportunidade de promover os nossos produtos e a nossa região e por estar tão fracamente representada (em número) pelas nossas aldeias e freguesias. Temos pena, mas lá vai dizendo a sabedoria do povo “que não há pior cego do que aquele que não quer ver” , como também diz que “não  adianta bater mais nos ceguinhos”. O povo é que sabe e, era precisamente essa sabedoria do povo que eu gostaria de ver neste certame dos Sabores & Saberes de Chaves. Mas enfim, como dizia o outro – o burro sou eu – em preocupar-me com estas coisas enquanto os que realmente deveriam estar preocupados, ficam satisfeitos e felizes com estes eventos. Antes das feiras, primeiro, há que “trabalhar” os produtos, pois já vai, longe, o tempo em que Chaves era o Centro Comercial de compra e venda dos produtos da região (disse região e não concelho).

 

Até amanhã, e não esqueça que mais logo, à noite,  ROBERTO LEAL, eia!

04
Fev09

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Ainda a feira “Sabores e Saberes” não se tinha realizado e já estava a ser um sucesso. Panfletos, cartazes e pendões de rua, notícias nos jornais nacionais e regionais, rádio e televisão, tendo mesmo honras da TSF com um programa em directo desde a feira e também da RTP no programa a Praça da Alegria, que segundo me contaram,  contou com a presença “da feira” em estúdio e transmissões em directo desde as Termas de Chaves.

 

Pode-se dizer que em termos de publicidade a organização já sabe como é que os sucessos se vão fazendo.

 

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A título de exemplo, deixo aqui a notícia publicada no “Notícias de Vila Real” (os sublinhados são meus porque é o mais importante):

 

 “Nos dias 30 e 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro, a Câmara Municipal vai promover mais uma edição do evento “Sabores e Saberes de Chaves”, no Pavilhão Gimnodesportivo. Este ano, o evento conta com 61 expositores, mais 20 do que ano passado.

De realçar a procura de expositores a nível nacional, já que houve 80 pedidos que o Município não pôde satisfazer por falta de espaço. Desde 2004, a autarquia flaviense tem vindo a desenvolver, com base no Plano Municipal de Combate à Desertificação Rural, uma série de políticas que visam a inversão do fenómeno da desertificação humana, no território rural concelhio, assentes na exploração e valorização dos recursos naturais locais e no reconhecido património gastronómico, cultural, paisagístico e arquitectónico.

Através da valorização e protecção dos produtos tradicionais agro-alimentares considerados como genuínos e representativos no Concelho e do incentivo à criação de micro-empresas, com particular destaque para as “cozinhas tradicionais”, a Câmara tem paulatinamente lançando os alicerces para a concretização de iniciativas empresariais, em pequena escala.

O Certame “Sabores e Saberes de Chaves” representa a etapa fulcral de todo o projecto, que é a promoção dos produtos fabricados. Esta iniciativa é dirigida aos consumidores (locais/regionais, nacionais e espanhóis) que habitualmente compram produtos tradicionais de reconhecida qualidade e que apreciam eventos com bons momentos de animação e lazer.

A edição de 2009 vem confirmar que este evento encerra em si não só a promoção e valorização dos produtos locais, como começa a ser, pela crescente agregação de outros sectores de actividade, e pelo incremento de estabelecimentos e indústrias com base nas produções locais a laborar na área do concelho, um importante motor do desenvolvimento económico local.”

In Notícias de Vila Real

 

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Que bem pregou Frei Tomás, sempre foi assim, uma coisa é aquilo que diz, outra é aquilo que faz.

 

Claro que depois de lidas as intenções da Câmara Municipal, vertidas em notícia nos meios de comunicação social e publicidade, e principalmente naquilo que tive o cuidado de sublinhar na notícia, qualquer um, seja quem for, só pode  congratular-se com o os objectivos e espírito deste certame ou feira. Mas as boas intenções ficaram-se só pelo espírito e este até era invisível, pois a realidade foi bem diferente.

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Não compreendo, por exemplo,  como é que se pode combater o despovoamento do mundo rural flaviense e valorizar os recursos naturais locais e o reconhecido património gastronómico, cultural, paisagístico e arquitectónico, bem como promover a valorização dos produtos locais, com expositores e artesãos de Caminha, de Penafiel (2), de Vila Nova de Gaia (2), de Esmoriz, de Guimarães, de Bragança (2),  de Sever do Vouga, de Vila do Conde, da Lousã e de Barcelos. Deixo de fora os de Vilarandelo, Vilar de Perdizes e Verin, que dada a proximidade, até poderiam caber na nossa feira uma vez que comungam da mesma de realidade que à nossa. Ou seja, na minha modesta opinião e tendo em conta aquilo que se propunha,  os objectivos da feira não foram alcançados e pode-se considerar um fracasso, tanto mais que produtos que nos dão fama, como o presunto, só fez tímidas aparições e artesanato secular como os do barro preto de Vilar de Nantes, nem sequer apareceu e de artesanato tradicional (deixando de fora pulseiras e pulseirinhas, colares, anéis e outras bugigangas, que de tradicional e rural nada têm) apenas a cestaria apareceu por lá, e até para os pipos e pipinhos, que por acaso até ainda se fazem por cá (no Campo da Roda), tiveram de vir os de Esmoriz mostrar a sua arte.

 

Mas (e tendo em conta os objectivos propostos) o insucesso da feira é complexo e parte precisamente do despovoamento das aldeias e no ter-se deixado morrer tradições e artes artesanais, não tendo havido em tempo oportuno o acarinhamento e a sua promoção/implementação e o devido escoamento da produção. Dou outra vez como exemplo os barros pretos de Vilar de Nantes que estão em vias de extinção, pois já não há oleiros, numa aldeia em que há umas dezenas de anos atrás, porta-sim-porta-não havia um oleiro.

 

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Tudo passa pelo despovoamento das aldeias e, essencialmente, por políticas agrícolas erradas ou desajustadas com a nossa realidade interior de montanha e também ausência de políticas em termos turísticos e de promoção do nosso mundo rural, do nosso património, das montanhas, do natural e da gastronomia regional e tradicional, porque tudo isto está interligado e dependente umas das outras para o sucesso de um concelho e região que se queira afirmar. Ainda vamos lamentar a perda de tudo isto, ou aliás, já o estamos a lamentar, pois as medidas que agora se tomem, já são tardias. Exemplo disso e com todas as boas intenções que tivessem, é esta feira dos Sabores e Saberes, pois soube a pouco ou quase nada daquilo que temos ou tinhamos e saberes, também não houve.

No entanto as próximas edições dos Jornais locais vão dizer que a feira foi um sucesso e pela certa que os seus promotores também pensam assim, e além de pensarem, acredito, que acreditam que foi um sucesso e,  em termos de visitas, até o pode ter aparentado, pois o pequeno espaço facilmente se enchia,  mas não o foi para os Sabores e Saberes de CHAVES, quando muito poderia tê-lo sido para  Sabores e Saberes  indistintos, de um qualquer sítio, pois foi mais disso que se tratou e, esteve bem longe de contribuir para os sublinhados da notícia inicial.

 

Para uma feira assim, Chaves já tinha há coisa de 10 anos atrás uma feira que já fazia tradição, aquela que era promovida pela ADRAT todos os anos, no verão, ao ar livre, no Jardim Público e, essa sim, já começava a ser um sucesso. Ainda hoje estou para saber porquê se acabou com uma feira que já tinha tradição e milhares de visitas,  para a substituir por outras experiências sem sucesso. Há coisas que a minha ignorância não me deixa entender.

E poderia continuar por aí fora com mais lamentos, como por exemplo o de  uma ausência de palmatória nas barracas institucionais desta feira – A barraca das Caldas de Chaves, que essa sim, a sua água, tem sabor e o saber de alguns tratamentos, agora dados com o pomposo nome de SPA do Imperador, ou seja, mais do mesmo, conhecem-se os truques da publicidade, mas de resto, tudo como dantes. Mesmo assim, antes dantes que as associações ao Dantas do manifesto do Negreiro.

Quanto à barraca da Confraria de Chaves, por sinal apresentada com a mestria de quem sabe apresentar (o tal saber da publicidade), nada digo, pois ainda nada fez, só espero que aquilo que tem para fazer não se resuma a umas jantaradas abastadas com as nossas couves e fumeiro para justificar uma ida às Caldas e botar um copo na fonte das digestões difíceis e/ou,  ao fazer o bonito, vestidos com traje de cerimónia em aparições públicas. Ideias não faltam, concretizá-las é que se torna mais complicado. Ao que sei (e isto fica entre nós, pois foi em termos de confidência que mo venderam) para o próximo ano vai ser a Confraria de Chaves a organizar os “Sabores e Saberes de Chaves”. Conto que o blog ainda exista nessa altura e depois cá estarei para lhes dar os parabéns, ou não! Mas até acredito que sim, que seja pelo menos diferente,  não fossem as confrarias feitas do espírito maçónico de gente bem relacionada… vamos esperar para ver!

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Seria injusto se terminasse sem me referir àqueles que alinharam no verdadeiro espírito da feira e, em nome individual ou das suas empresas familiares, representaram as suas aldeias e freguesias, com o fumeiro que por lá se faz. Poucos para um concelho com quase 150 aldeias, mas bons. Uma palavra também para o pessoal dos pasteis  e das bolas, para o único artesão de Chaves que vi por lá com a sua cestaria, para o Patronato de S.José com os Bordados, Croché e linhos, para o Délio Silva com os azulejos e porcelana pintada, para os tapetes de tiras que não vi mas que constam do programa e para o vinho da Quinta de Arcossó, esse sim, além de bô, é um bô exemplo daquilo que se pode produzir por cá. Pena que seja o único a olhar com profissionalismo para os nossos produtos de qualidade e que este também sim, contribui para o não despovoamento das aldeias ao com a sua produção dar trabalhos a três ou quatro famílias de Arcossó, além de logo nos primeiros anos de produção entrar para o ranking dos melhores 250 vinhos nacionais.

 

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Uma palavra também para os grupos flavienses que contribuíram com a animação musical, em especial para os grupos de Selhariz, Vilas Boas, Stº Estêvão, Ventuzelos  e da Cela. Também para o Mané & Mané, embora lamente que estes tivessem de actuar para o pavilhão quase vazio. Penso que o mesmo não teria acontecido com o Quim Barreiros, pois já se sabe que quando toca a pimbalhada, a enchente é garantida, só faltou mesmo o foguete no ar.

 

Sabores e Saberes de Chaves – Uma feira com sucesso. Aqui entra o ditado popular “ O pior cego é aquele que não quer ver”.

 

Até amanhã com o coleccionismo de temática flaviense.

28
Jan09

Os Sabores e Saberes de Chaves em feira - Chaves - Portugal


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Tudo que tinha a dizer sobre a feira dos Sabores e Saberes já o disse no ano passado. Tudo que tinha a dizer sobre este tipo de feiras também já o fui dizendo ao longo dos tempos neste blog, mas uma vez que este ano fui convidado para a feira, o certame, o evento ou os sabores e saberes de Chaves, mal ficaria não me referir a ele.

 

Pois além dos sabores e saberes que irão estar distribuídos pelos stands do Pavilhão Gimnodesportivo (para tão grande evento o espaço tinha de ser grande), temos em paralelo a animação musical, do qual vos deixo aqui o programa:

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O destaque do programa vai para o Quim Barreiros, pelo menos é aquele que aparece com letras gordas e maiúsculas no programa, mas a minha curiosidade recai sobre os músicos e a música que nos vão dar os convidados do primeiro ponto do programa da animação musical, aquele grupo que dá pelo nome de “Cerimónia de Abertura” e que apresenta o seu espectáculo às 15h00 do dia 30. Pena não poder assistir, pois embora esteja convidado, coincide com horário de trabalho, mas pode ser que envie por lá o “Repórter de Serviço” e depois, a música é só para entreter, pois o importante mesmo é a feira e o programa oficial dos Sabores e Saberes, com os eventos paralelos, como os colóquios e outros afins, onde se traga à baila discussões importantes, como a do presunto de Chaves e a sua fama, as machadadas da ASAE e da Lei nos produtos de feitura tradicional e a perda dos verdadeiros sabores e saberes que se estão a perder ou em vias de extinção com o despovoamento das aldeias. São estes os assuntos que a mim mais me interessam e que quero ver debatidos nas actividades paralelas à feira, mas infelizmente até ao fecho da edição deste post, não tive acesso ao programa oficial da feira dos Sabores e Saberes onde constam estes eventos e os temas, pois pela certa que este certame irá para além das barracas do pavilhão e da animação musical da feira, onde vejo com agrado que os Rapazões da Venda Nova estão outra vez por cá.

 

Pena também que não haja uma sessão de fogo-de-artifício no ar, mas pela certa será pelas condições meteorológicas e de segurança que não permitirão o espectáculo, como tenho pena as Bandas Musicais do concelho não façam parte do programa musical dos Saberes da Feira, pelo menos a Banda dos Pardais da cidade.

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Mas tenho esperanças que na feira apareça a primeira loja do confrade da Confraria de Chaves, pois o tema Sabores e Saberes de Chaves é-lhe grato, não fosse sua intenção a promoção dos produtos gastronómicos regionais, com especial destaque para o presunto, o folar e o pastel… que bem necessário é, principalmente no que respeita ao presunto, para finalmente termos em Chaves, presunto de Chaves à venda nas lojas  e servido nos restaurantes, snacks e tasquinhas ou em sandes nos cafés, pelo menos em Chaves, pois para os senhores de Lisboa  é-lhes bem feito comer presunto de Feces de Abaixo enquanto pensam que estão a mamar presunto de Chaves. É-lhes bem feito, embora para nós nem seja muito abonatório, mas fiquem descansados, pois a Confraria de Chaves não tardará muito e estará a distribuir Presuntos da terrinha por todo o país e acredito que este certame dos Sabores e Saberes traga a Chaves,  no próximo fim-de-semana,  milhares de forasteiros onde terão oportunidade de, na feira, apreciarem o verdadeiro presunto de Chaves e, até lhes desculpamos os problemas de trânsito e estacionamento que vão causar na cidade.

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E para os forasteiros que nos visitem no próximo fim-de-semana, e flavienses ausentes que há muito não vêm à terrinha, recomendo um passeio pelas margens do Tâmega, nos novos espaços POLIS de Chaves, onde até se poderão ver reproduzidos em miniatura algumas das raças autóctones da região, em pleno pasto, onde até o pormenor da água em pequenos lagos naturais não falta, só é pena que sequem no Verão.

E para terminar, não esqueça, que no próximo fim-de-semana todos os caminhos vêm dar a Chaves, à tradicional Feira dos Sabores e Saberes, a qual, tal como nos anos anteriores, vai ser um sucesso.

Até amanhã, com o coleccionismo de temática flaviense.

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