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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

16
Dez20

Santa Cruz da Castanheira - Chaves - Portugal

Aldeias do Concelho de Chaves


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Santa Cruz da Castanheira

 

Continuando a cumprir a nossa falta para com as aldeias que, aquando dos seus posts neste blog, não tiveram o resumo fotográfico em vídeo, trazemos hoje esse resumo para a aldeia de Stª Cruz da Castanheira.

 

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Ainda há dias tivemos aqui a aldeia de Sanfins da Castanheira, uma das aldeias mais próximas de Santa Cruz, que abas têm em comum além da vizinhança o facto de terem Castanheira por apelido, não só por estarem em terras da castanheira mas também para se diferenciarem de outras aldeias com o mesmo topónimo, que no caso de Santa Cruz, são duas as aldeias com este topónimo no concelho de Chaves.

 

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Aquilo que dissemos em Sanfins aplica-se quase na integra a esta aldeia de Santa Cruz, a proximidade entre quase todas as aldeias da freguesia de Sanfins e de Cimo de Vila e a sua localização no limite do concelho de Chaves, embora Santa Cruz até nem seja a mais próxima desse limite, pois para além desta aldeia ainda há a aldeia de Parada, também da mesma freguesia.

 

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Mas hoje também não estamos aqui para falar sobre esta aldeia, pois isso já o fizemos nos posts que lhe dedicámos anteriormente e para o quais fica link no final deste post. Hoje estamos aqui mesmo pelo vídeo que até hoje não teve.

 

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Vamos então ao vídeo com todas as imagens da aldeia de Stª Cruz da Castanheira que foram publicadas até hoje neste blog. Espero que gostem.

 

Aqui fica:

 

 

 

Agora também pode ver este e outros vídeos no MEO KANAL Nº 895 607

 

Post do blog Chaves dedicados à aldeia de Stª Cruz da Castanheira:

 

https://chaves.blogs.sapo.pt/santa-cruz-da-castanheira-chaves-1841408

https://chaves.blogs.sapo.pt/321093.html

 

 

E quanto a aldeias de Chaves, despedimo-nos até ao próximo sábado em que teremos aqui a aldeia de Santa Leocádia.

 

24
Mar19

Santa Cruz da Castanheira - Chaves - Portugal


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E cá estamos com mais uma aldeia do concelho de Chaves, ainda por terras santas, pelo menos no topónimo que foi adotado para a aldeia, e embora esta nem seja de santo ou santa em forma de gente, é-o em forma de cruz, ou seja, vamos até Santa Cruz, que por ser de terras da castanheira, leva ainda com o seu apelido – Santa Cruz da Castanheira, o que até dá jeito para a distinguir da outra localidade do concelho de Chaves com o mesmo topónimo – Santa Cruz, esta sem apelidos. Refiro-me a Santa Cruz da freguesia de Santa Cruz, Trindade e Sanjurge.

 

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Desta vez trocamos aqui as voltas. Hoje deveríamos ter aqui uma aldeia do Barroso, pois a de Chaves, deveria ter sido ontem, no entanto para este blog ter imagens, de vez em quando, temos que ir à caça delas, e como ontem foi dia de caça, não nos pudemos dedicar ao blog. Não pôde ser ontem, mas pode ser hoje. A aldeia do Barroso, fica para o próximo domingo.

 

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Vamos então até Santa Cruz da Castanheira que em imagem começámos com uma vista geral sobre a aldeia, tomada, se não me engano, desde a aldeia vizinha de Sanfins da Castanheira. Aldeia que tem uma igreja (ver primeira imagem) com uma torre sineira muito singular. Eu, em tom de brincadeira e sem qualquer ofensa, costumo dizer que é do estilo pombalino, mas não é bem o que Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), o Marques de Pombal, utilizou na reconstrução de Lisboa, não, não é esse, este é mesmo estilo de pombal de pombas, senão repare-se na imagem seguinte onde estão duas torres pombais, existentes e localizadas a 900 metros a poente da igreja.. Da duas uma, ou a torre da igreja foi beber inspiração aos pombais ou estes o foram beber à torre da igreja. Isto é apenas uma curiosidade, mas que a torre sineira é singular, lá isso é, o que até é bom, pois é diferente de todas as outras.

 

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Mas entremos em Santa Cruz da Castanheira, uma das aldeias que já conheço desde os anos setenta do século passado, tudo por causa da sua festa e de uma família amiga que temos nesta aldeia, pela qual fomos então convidados, mais precisamente uns colegas de liceu que simultaneamente também moravam no meu bairro.

 

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Mas dessa Santa Cruz da Castanheira pouco recordo, a não ser uma aldeia longe de Chaves, que afinal não é assim tão longe, mas os acessos da altura faziam-na mais longe. A verdadeira descoberta da aldeia já é mais tardia. A primeira vez que lá fui em recolha de imagens foi em 2007, depois em 2008 e as últimas lá recolhidas são de 2012, mas já passei por lá muitas mais vezes, por é de passagem obrigatória para ser ir a outra aldeia, Parada, ou mesmo pró São Gonçalo, embora este último tenha a alternativa voa Orjais. Curiosamente as imagens de hoje são todas de 2007 e 2008. Ou seja, todas com mais de 10 anos, o que faz com que os rapazes que aparecem na próxima imagem, hoje já tenham barba e já andem a rondar os vinte anos de idade.

 

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Rapazes que na altura não me ligaram puto, eles andava pra lá nas suas brincadeiras e isso é que interessava, e muito bem, embora se possa brincar toda a vida, em criança e jovem adolescente as brincadeiras têm outro sabor, então as brincadeiras de rua tem sabor reforçado e o mais engraçado é que na maioria das vezes se brinca ou brincava sem brinquedos, pelo menos com brinquedos convencionais, quando muito uma bola já chegava e qualquer cantinho da rua servia, de preferência se não houvesse envidraçados por perto, mas às vezes lá calhava e lá ia um ou outro vidro à vida. Os rapazes não me ligaram puto, mas fiquei agradado por ver que em Santa Cruz da Castanheira a rapaziada ainda brincava na rua.

 

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Mas não era só os rapazes que andavam na rua, as pitas pedreses também andava e igualmente, também não me ligaram puto, lá continuaram a esgaravatar o chão à procura de migalhas e bicharocos ou mesmo gãos de areia para o seu papo. Também são do meu tempo estas raparigas pedreses e estava-lhes sempre reservado um fim especial, penso que era para alheiras, mas sei que dava sempre uma boa canja.

 

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Já as vacas, o cavalo e os burros que também lá estavam mas não ficaram na imagem, embora vedados, gozavam toda a liberdade do lameiro e igualmente não me ligaram puto mas também não ligavam puto ao guardador, que nem era necessário, penso que estava lá mais numa de meditação do que de guardador, quando muito estava à espera que as reses enchessem o bandulho para as levar de volta à corte, mas não o sei, pois eu também andava na minha vida…

 

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Enfim, uma verdadeira aldeia que além disso tinha um café onde parávamos para uma mini fresquinha ou mesmo um simples café, mas era também pretexto para dar dois dedos de conversa com o seu proprietário que por sinal era primo dos meus amigos de liceu. Estou a conjugar os verbos no passado porque como já não vou por lá há mais de 10 anos não sei se o café ainda existe, suponho que sim, mas 10 anos numa aldeia de hoje é muito tempo, só mesmo os resistentes se conseguem manter por lá tanto tempo.

 

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E foi tudo por hoje, mas estou em crer que não será a última vez que Santa Cruz da Castanheira estará por aqui, aliás quando esta ronda por todas as aldeias do concelho terminar, já há projeto para outra ronda, remodelada e um pouco diferente, mas ainda só está em projeto. Garantia é que os fins-de-semana deste blog são do mundo rural, o nosso do concelho de Chaves, mas também um pouco mais distante, onde o da região e concelhos vizinhos também têm lugar. Andamos a tratar disso, assim tenhamos saúde e condições para o fazer, pois este blog veio para ficar.

 

 

25
Out08

Santa Cruz da Castanheira - Chaves - Portugal


 

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E hoje vamos finalmente até Santa Cruz da Castanheira. Digo finalmente porque embora arrancasse de Chaves várias vezes com intenção de a fotografar, fui-me perdendo na sua envolvente e aldeias ou lugares vizinhos, e outros nem tanto, como S.Gonçalo. Como Santa Cruz ficava sempre ali à mão de semear, lá foi ficando sempre para uma próxima visita.

 

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Na realidade a freguesia à qual pertence Santa Cruz da Castanheira, Sanfins também da Castanheira, é um misto de proximidades e promiscuidades mas também de isolamentos, povoamentos e despovoamentos, vida e solidão, aconchego e desterro, de modernidade e antiguidades.

 

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Comecemos pela promiscuidades destas aldeias, que começa logo com a aldeia da freguesia vizinha de Cimo de Vila também da Castanheira, porque por ali anda-se sempre por terras da Castanheira, onde o concelho de Chaves começa a descer e a conhecer o seu términos  e começa a entrar por terras de Valpaços e Vinhais. Mas ia dizendo que a promiscuidade começava logo entre Cimo de Vila e a sede de freguesia – Sanfins, pois as duas aldeias não estão separadas fisicamente. Mas desde Sanfins, esticando o braço, quase se toca em Santa Cruz e de Santa Cruz quase se abraça Mosteiro. São quatro aldeias que são quase como uma aldeia de quatro bairros que vivem no aconchego verde entre montanhas, onde estas foram um pouco simpáticas para com as gentes.

 

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Há depois as outras duas aldeias, uma quase perdida de esquecimento e que dá pelo nome de Polide, que brevemente passará por aqui. A outra, Parada, goza de vistas únicas para o mar de montanhas de Vinhais e vizinhança, aquele mar de montanhas do qual às vezes falo por aqui e por onde as terras e aldeias de S.Vicente da Raia e até mesmo Roriz, também navegam. È sem dúvida alguma, geograficamente falando, o local e terras ideais para definir fronteiras e por onde se entra por uma lado para o mais profundo do nordeste transmontano e pelo outro para um pouco de cheiro a terra quente, sem esquecer a Galiza (também profunda) que espreita ali perto.

 

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São terras e aldeias, que tal como os melhores vinhos do porto, têm de ser mastigadas devagarinho para serem apreciadas devidamente. É preciso entranharmo-nos nelas para se entender o tal misto de coisas e sentimentos onde a vida das aldeias foi mais generosa ou menos, conforme os tempos e as épocas, que têm muita história e estórias para contar de aldeias que sempre viveram no aconchego difícil de se viver na montanha.

 

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Terras de clandestinidades que passaram também por contrabandos, passagem de “peles” e até passagem e abrigo de guerrilheiros anti-franquistas, ou “os espanhóis” como lhes chamavam e por causa deles, estas aldeias viram também alguma da sua gente ser presa pela PIDE. Estórias de tempos difíceis de vida que todos querem esquecidas, por que hoje os tempos são outros. Tempos de modernidade e modernidades, que sem bons acessos, têm acessos dignos e pavimentados, água em casa, electricidade, telefone e a cidade da qual dependem hoje a uns minutos (largos) de distância, mas bem diferentes do tempo em que deslocações à cidade significavam um dia ou até mais, como era no caso da Feira dos Santos que agora temo à porta, em que as populações destas aldeias se deslocavam aos grupos até à cidade e por cá pernoitavam na espera do dia seguinte e faziam da noite da cidade uma festa.

 

Sem dúvida que não faltarão muitas estórias para contar, mas hoje quero mesmo é ir até Santa Cruz da Castanheira.

 

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Conheci pela primeira vez esta aldeia por intermédio de um amigo e colega dos tempos de liceu, em finais dos anos 70. Daquelas amizades que se fazem para toda a vida mesmo que estejamos meses ou anos sem nos avistarmos, e precisamente amizades que são duradoiras porque partilhamos muitos dos bons e também alguns maus momentos de juventude, como se a juventude tivesse maus momentos! Enfim, já se sabe que anos 70, em que as festas das aldeias e freguesias eram as nossas discotecas da altura. Pois um ano lá tocou também irmos até festa da terra do Zequinha. Poucas recordações tenho de então, mas sei desde essa altura que são gente amiga que hoje andam um pouco espalhados por esse mundo fora nas suas vidas, resta (da família) o presidente da junta, que é um dos resistentes de Santa Cruz da Castanheira e onde é obrigatório para sempre que vamos para aqueles lados.

 

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Santa Cruz da Castanheira fica a 27 quilómetros de Chaves e o acesso a partir de Chaves é feito pela tal via estruturante do concelho que o vai sendo a Nacional 103, em direcção a Vinhais, mas só até à Bolideira, pois a partir de aí, temos o Caminho Florestal (penso que ainda é assim que está classificada a estrada) que está devidamente pavimentada e que nos liga quase a um terço das aldeias do concelho. Ou seja, sigam em direcção a Dadim, ou Cimo de Vila, que logo a seguir é Santa Cruz da Castanheira, passando primeiro por Sanfins.

 

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Em termos de população, embora na aldeia haja sempre gente nas ruas e até crianças, casario novo, aliás até nem é uma aldeia típica das construções tradicionais do granito, os números oficiais apontam também para uma aldeia onde o despovoamento tem ganho alguma força. Em 2001 (Censos) havia 86 habitantes residentes, dos quais só 2 tinham menos de 10 anos e 6 menos de 20 anos enquanto que com mais de 65 anos havia 32 habitantes. Contra números não há argumentos, embora (como disse) ainda seja uma aldeia com vida, principalmente aos fins-de-semana com o seu auge no mês de Agosto em que muitos dos seus emigrantes vêm à terrinha matar saudades. Não tenho números nem dados, mas parece ser uma aldeia com muitos emigrantes.

 

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E agora um pouco da sua história, pois Santa Cruz da Castanheira, como toda a freguesia, foi local habitado desde tempos remotos. Testemunho disso foi a descoberta  a nascente da Igreja de cinco sepulturas de pedra, sob um castanheiro, mas que foram injustificadamente destruídas. Há quem levante mesmo a possibilidade de esse local ter sido uma necrópole da Idade Média. A Igreja é de provável estilo renascença, construída no século XVI mas com alterações recentes a julgar pela sua torre sineira.

 

É da tradição que D. Nuno Álvares Pereira tivesse estado instalado neste lugar quando se deslocou de Bragança para Chaves em 1385, pelo que passou a ser padroeira da aldeia a Senhora da Orada e lhe tivesse sido erigido um templo.

 

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Numa das construções da aldeia e ao longo de toda uma fachada encontra-se curiosas inscrições, as quais não sou especialista na matéria para as decifrar. Penso descortinar por lá a data de 1569. Talvez com uma visita ao local com um especialista na matéria se pudesse retirar algo dos escritos. Segundo informações do proprietário da construção já por lá passaram alguns historiadores locais, mas nas minhas pesquisas não encontrei qualquer referência às inscrições. Talvez até existam, mas desconheço.

 

Por hoje ficamos por aqui no que diz respeito a terras da Castanheira. Falta Polide para as terras da Castanheira ficarem com visita completa do blog. Brevemente também está aqui para concluir a freguesia de Sanfins da Castanheira, mas pela certas que continuarão a ser aldeias que constaram no meu itinerário de passeios e visitas.

 

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E para terminar, Santa Cruz da Castanheira, como qualquer aldeia que se preze, também faz honras ao fio azul… o melhor.

 

Até amanhã, com mais uma aldeia do concelho.

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