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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

19
Dez20

Santa Leocádia - Chaves - Portugal


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SANTA LEOCÁDIA

 

Continuando a cumprir a nossa falta para com as aldeias que, aquando dos seus posts neste blog, não tiveram o resumo fotográfico em vídeo, trazemos hoje esse resumo para a aldeia de Santa Leocádia.

 

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Santa Leocádia é mais uma das nossas aldeias que fica no limite do concelho confrontante com o concelho de Valpaços, ali onde a serra da Padrela Termina para começar a serra do Brunheiro, uma das aldeias também servida pela R314 que nos leva até Carrazedo de Montenegro.

 

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Santa Leocádia é uma pequena aldeia de montanha  que se divide em dois núcleos bem definidos, um junto a igreja românica, a imagem de marca da aldeia mas também da região, e outro núcleo, aparentemente mais antigo, um pouco abaixo da igreja, mas quase à mesma distância da aldeia vizinha de Adães, ou seja entre os núcleos de Santa Leocádia há cerca de 250m de distância e entre o núcleo mais baixo da aldeia e a aldeia de Adães são pouco mais de 350m. Um bocadinho, mais distante fica a aldeia de Fornelos, em plena R314, a pouco mais que 900m, os mesmos que dista do limite do concelho.

 

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Esta proximidade de aldeias é comum em quase todo o concelho, mas principalmente a Sul da cidade de Chaves onde há mais aldeias e menos território, mesmo assim, em todo o concelho, entre aldeias, todas as distâncias são inferiores a 10Km, o que faz uma grande rede de aldeias a rodear a cidade de Chaves, que fica mesmo no centro do concelho.

 

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Apenas algumas curiosidades. Mas hoje estamos aqui pelo vídeo que Santa Leocádia ainda não teve, onde vamos deixar todas as imagens da aldeia publicadas até hoje neste blog, incluindo as do post de hoje que escaparam às anteriores seleções. Quanto à aldeia, se quiser saber mais um pouco sobre ela, ficam no final os links para os posts que lhe dedicámos. Mas vamos então ao vídeo, que espero que gostem:

 

Aqui fica:

 

 

 

Agora também pode ver este e outros vídeos no MEO KANAL Nº 895 607

 

Post do blog Chaves dedicados à aldeia de Santa Leocádia:

https://chaves.blogs.sapo.pt/santa-leocadia-chaves-portugal-1843843

https://chaves.blogs.sapo.pt/924679.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/795857.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/339379.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/305473.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/36692.html

 

 

E quanto a aldeias de Chaves, despedimo-nos até ao próximo sábado em que teremos aqui a aldeia de Santa Marinha, aliás, até chegarmos à aldeia de São Vicente, vamos andar pelas terras das santas e dos santos, 14 aldeias no total têm como topónimo o nome de santa ou santo.

 

 

30
Mar19

Santa Leocádia - Chaves - Portugal


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Hoje é a vez de irmos até outra aldeia “santa” do concelho de Chaves, a Santa Leocádia, no limite do concelho de Chaves, ali já para os lados de terras de Montenegro, não as de São Julião mas as de Carrazedo do concelho de Valpaços.

 

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Para chegarmos até Santa Leocádia temos de tomar uma das nossas estradas de montanha que a mais aldeias do concelho nos conduz, a única estrada do concelho que num sentido é sempre a subir e no outro, sempre a descer (claro!). É a estrada que nos leva até ao planalto do Brunheiro e um dos acessos para o concelho de Valpaços, refiro-me à EN314, com título de estrada nacional embora tivesse sido desclassificada para estrada municipal.

 

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Bem, mas para chegarmos até à nossa aldeia de hoje temos que, antes de lá chegar,  abandonar a EN314 e entrar para o interior. Temos duas opções, uma abandonamos a estrada no Carregal, entramos em Adâes, atravessamos esta e logo a seguir vemos lá no cimo Santa Leocádia. A outra opção é continuarmos até Fornelos, abandonar aí a estrada para o interior e logo a seguir é Santa Leocádia. Pessoalmente prefiro a primeira opção, via Adães, isto porque começo a avistar a aldeia ao longe, pois pela segunda opção, só damos pela aldeia só, ou quase, quando estamos em cima dela, mas há outra razão, que explico já a seguir.

 

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Quando as vistas se estendem pelo horizonte adentro até a terra começa a ficar azul e quase se confunde com o céu, temos tendência a apreciar essa maravilha que a natureza nos proporciona e esquecemos os pormenores que temos ali mesmo ao pé de nós. Esta será a vista que nós iremos ver se tomarmos Santa Leocádia via Fornelos e é por essa razão que eu prefiro a outra entrada na aldeia, via Adães, pois aí esta maravilha distante da natureza ficará nas nossas costas, sem a vermos, mas ganhamos as vistas de outras maravilhas que se começam a avistar desde Adães, uma delas são as vistas sobre as duas Santas Leocádias (a seguir já explico isto…) e a outra é sobre uma construção que lá no cimo sobressai e que dá pelo nome de Igreja Românica de Santa Leocádia, para mim a mais bonita e interessante das igrejas românicas que temos no nosso concelho, por várias razões, e uma delas tem a ver precisamente com a sua vistosidade[i] , outra com a própria igreja, outra com os preciosos frescos que se podem apreciar no seu interior, outra com o pormenor do cruzeiro se desviar e inclinar para deixar ver a torre sineira e por último porque é desde a igreja que a outra vista maravilhosa que se perde no horizonte melhor se vê.

 

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Quanto às duas Santas Leocádias não são mais que os dois pequenos núcleos de concentração de casario que a aldeia tem, quase parece a Santa Leocádia de cima, composto pelo núcleo que se desenvolve à volta da igreja onde está também a residência paroquial, o cemitério e um pequeno conjunto de casas. E a Santa Leocádia de baixo onde penso estar o núcleo mais antigo da aldeia, mas isto sou eu a supor que no passado a aldeia seria este pequeno núcleo e lá em cima seria apenas a Igreja e a residência paroquial, o cemitério e o restante casario teriam aparecido depois, suponho. Quanto ao cemitério tenho a certeza, pois antigamente a igreja também tinha a função de ser cemitério, aliás nesta igreja de Santa Leocádia ainda há sepulturas no seu interior.

 

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Quanto ao casario da aldeia, são mesmo dois pequenos núcleos de construções maioritariamente antigas, pois ao que parece a aldeia não se mostrou muito convidativa a receber as novas construções que no último quartel do século passado  popularam um pouco por todo o lado, o que aqui até é mais ou menos compreensível tendo em conta a maleita do despovoamento rural que nas pequenas aldeias é mais fácil de acontecer, Assim, o casario não atinge a grandiosidade das vistas e da Igreja Românica mas é igualmente grande ao manter a sua integridade com aldeia transmontana, não digo típica, porque esta, com os seus dois núcleos, até é atípica.

 

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Qua mais dizer sobre a aldeia!? Pois mais nada, se quiser saber o resto vá até lá e descubra por si, e com esta não estou a ser mauzinho, nada disso, antes pelo contrário, é um convite, tipo conselho para que não deixe de visitar esta aldeia de visita obrigatória, e vá por cima ou por baixo, o que interessa mesmo é ir. Não deixe de visitar um dos mais belos exemplares que temos de arquitetura religiosa do românico, principalmente após o restaura a que esta igreja foi sujeita e que deixou a descoberto os frescos do seu interior. Na deixe de visitar o interior. Por sorte, na maioria das vezes que lá fui apanhei quase sempre a igreja aberta, mas se estiver fechada, pergunte na aldeia que tem a chave, pois pela certa que terão todo o gosto em abri-la e mostrar o seu interior.

 

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E fico-me por aqui, as imagens hoje ficam aos molhos pois embora ainda houvesse mais para dizer, e palavras para intercalar entre imagens, já fui dizendo o que havia a dizer sobre a aldeia em posts anteriores a ela dedicados e depois hoje quero mesmo realçar as três preciosidades da aldeia, ou sejam, os seus núcleos, a Igreja Românica e as maravilhosas vistas que desde ela se alcançam.

 

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Um bom fim de semana e não esqueça que na próxima noite muda a hora, ou seja na próxima noite não vamos ter a 1 da manhã, da meia-noite passamos para as 2 da manhã,  o que faz com que este domingo tenha apenas 23 horas e menos 1 hora de sono, é desta parte que não gosto…

 

 

 

[i] Pelos vistos este termo não existe em português, e temos pena, mas fui buscá-lo aqui ao lado, aos nossos irmãos galegos que ainda falam parte do nosso português antigo, e aí sim, a vistosidade existe e tem o significado que tem de ter, pois tem o significado de: “ qualidade de ser vistoso”

 

13
Dez08

Mosaico da Freguesia de Santa Leocádia


 

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Localização:

A 17 km de Chaves, situa-se no limite Sul do concelho de Chaves, toda ela em área de montanha, na encosta setentrional da Serra da Padrela e banhada pela Ribeira de Oura.

 

Confrontações:

Concelho de Valpaços e freguesias de Moreiras, Loivos e Póvoa de Agrações.

 

Orago da freguesia:

Santa Bárbara.

 

Área:

15.30 km2.

 

Acessos (a partir de Chaves):

– Estrada Nacional 314 (Chaves – Carrazedo de Montenegro – Murça). As última aldeias do concelho (Carregal e Fornelos) são pertença desta freguesia a partir das quais se faz o acesso para a sede de freguesia e restantes aldeia..

 

Acessos (a partir de Vidago):

– Estrada Nacional 311 até ao Peto de Lagarelhos ou via Loivos por Caminhos de Montanha (asfaltados) .

 

 

Aldeias da freguesia:

            - Santa Leocádia a 18 Km de Chaves;

            - Adães a 16.5 Km de Chaves;

- Carregal a.16 Km de Chaves;

- Fornelos a 18 Km de Chaves;

- Matosinhos a 18 Km de Chaves;

- Santa Ovaia a 17 Km de Chaves;

- Vale do Galo a 18 Km de Chaves.

 

As distância a Chaves podem variar mais ou menos 1 Km conforme o acesso entre aldeias que se tome.

 

População Residente:

 

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            Em 1900 – 814 hab.

            Em 1920 – 747 hab.

            Em 1960 – 1.093 hab.

            Em 1981 – 751 hab.

            Em 2001 – 419 hab.

 

Principal actividade:

- Agro-pecuária bovina e caprina e agricultura típica da região, com a batata, centeio mas também a castanha como principais culturas.

 

Particularidades pontos de Interesse:

Com um rico e interessante património edificado, com casas solarengas em Matosinhos (com destaque para a Quinta do Real, um solar setecentista com capela particular e convertida em turismo rural) e Adães e quase todas as aldeias com importantes núcleos de construções típicas e tradicionais em granito, realçando-se além das casas senhoriais, a sua importância em edificações religiosas como a Igreja Paroquial de traça românica de Santa Leocádia e as Capelas da Santíssima Trindade, de nossa Senhora da Assunção, de Nossa senhora da Boa Viagem, de São Bento e de São José.

 

Freguesia também muito rica em paisagens naturais, avistando-se de algumas aldeias autênticos mares de montanhas onde os pôr-do-sol atingem particular beleza.

 

Sem dúvida alguma é mais uma das freguesias (com passagem obrigatória por todas as aldeias) à qual recomendo uma visita.

 

 

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Linck para os posts neste blog dedicados às aldeias da freguesia:

 

            - Santa Leocádia

 

            - Adães

 

            - Carregal

 

            - Fornelos

 

            - Matosinhos

 

            - Santa Ovaia

 

            - Vale do Galo

 

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07
Set08

Santa Leocádia - Chaves - Portugal


 

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Ontem fomos até Moreiras, pois seguindo mais um bocadinho acima, Nacional 314 fora, entramos na freguesia Santa Leocádia, a nossa aldeia de hoje.

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Santa Leocádia é sede de freguesia, possui 15.30 Km2 de área, situa-se em pleno alto da Serra do Brunheiro. À freguesia pertencem as aldeias de Adães, Carregal, Fornelos, Matosinhos, Santa Ovaia e Vale do Galo.

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A freguesia faz fronteira com o concelho de Valpaços e com as freguesias de Moreiras, Loivos e Póvoa de Agrações.

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É uma constante falar de despovoamento das aldeias do nosso concelho, mais agravado nas aldeias de montanha. Pois estamos numa freguesia que distribui todas as suas aldeias pela montanha, por aquela que temos de mais difícil em termos de clima, principalmente o inverno. Não admira portanto que aliado a todos os outros factores que provocam o despovoamento das aldeias, o viver no cimo da serra, seja mais um dos factores de abandono. Abandono esse que se reflecte bem nos números dos Censos. Pois se em 1989 a freguesia tinha 826 habitantes, actualmente (Censos 2001) possui apenas 419 habitantes, ou seja, a freguesia perdeu metade da sua população.

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Não vale a pena bater mais nos ceguinhos de Lisboa, pois tal como eu tenho acesso a estes números, eles também o têm, a estes e muitos mais, mas os interesses de Lisboa nunca se cruzaram com os interesses do interior deste Portugal cada vez mais profundo, e quantos menos habitantes as aldeias tiverem, menos interessam, pois o número de votos nem os aquece, nem os arrefece, ou seja, as aldeias não têm qualquer poder reivindicativo, por isso são para esquecer, com gente (pouca que seja), património, usos e costumes lá dentro – tudo se esquece em nome do progresso. Também as políticas da terrinha imitam (à nossa escala) as de Lisboa – Estamos conversados.

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Regressemos a Santa Leocádia que embora a aldeia seja pequena, e dividida em dois núcleos pequenos por terrenos de cultivo, possui uma bela Igreja de Matriz Românica onde são visíveis algumas alterações introduzidas ao longos dos tempos, mas que ainda mantém em bom estado a cachorrada e uma bela fresta com dois colunelos e um trabalho de volta inteira. No interior, e graças a obras de recuperação ainda recentes, ficaram a descoberto muitos dos interessantes frescos que revestiam o interior da igreja.

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Ao lado do adro da igreja, desenvolve-se também uma interessante construção destinada a residência paroquial. Em frente a igreja, um cruzeiro, que embora inclinado, adorna o conjunto.

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Em termos de campo, produz as habituais culturas de montanha, com a batata e os cereais como produções principais, mas também alguma fruta e castanheiros.

 

Esta é uma das freguesias e respectivas aldeias as quais recomendo uma visita, onde temos do melhor que há em paisagem de montanha com vistas a perderem-se no horizonte, com os campos verdes em primeira linha a perderem-se também no azul distante das montanhas.

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E fica assim concluída a nossa visita a todas as aldeias da freguesia, já com direito a mosaico da freguesia. No entanto, brevemente passará por aqui, inserida noutra rubrica a aldeia de Adães e com aquilo que de bom se pode fazer nas aldeias.

 

Até amanhã, de volta à cidade.

 

 

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