Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

06
Ago22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins...

Aldeias de Chaves - Santiago do Monte


1600-santiago (97)-a

 

Para o nosso destino de hoje vamos tomar a E314, estrada que nos liga ao concelho de Valpaços, como quem vai para Carrazedo de Montenegro, subimos a Serra do Brunheiro e logo após Lagarelhos, deixamos a E314, virando à esquerda, na estrada municipal que nos levará até Santiago do Monte, sempre a subir quase até o ponto mais alto da serra do Brunheiro. Logo à entrada da aldeia, temos um dos motivos que hoje nos levam até lá, ou seja, um cruzeiro (?) coberto, recente, pois apenas tem cerca de 20 anos, mas que “abriga” umas alminhas com a figura de São Miguel, estas datadas de 1788, que até há coisa de 20 anos atrás tinham outro poiso, próximo do local onde hoje se encontram. Assim sendo, talvez seja mais correto dizer que são alminhas e não cruzeiro, embora por cima delas o remate seja feito com uma pequena cruz com cristo pintado, embora possa ter sido colocada após a construção das alminhas, mas isto sou eu a supor, pois não tenho qualquer documento que o comprove.

 

1600-santiago (122)-a

 

Este, da imagem que fica atrás, poderá não ser cruzeiro, mas aldeia tem um cruzeiro, já noutra estrada que passa pelo centro histórico da aldeia e que nos leva até a Alanhosa. Aí sim, à saída da aldeia (no sentido da Alanhosa) temos então o cruzeiro da aldeia, também coberto, com cristo pintado na cruz, uma pintura também recente, mas penso que com mais de 20 anos, já quanto ao cruzeiro em si, não consegui apurar qual a data da sua construção. Este cruzeiro é vedado com um gradeamento de ferro fundido com um pequeno portão para acesso à cruz, que está assente sobre um bloco de granito, com um pequeno nicho, sem qualquer pintura ou imagem, mas que em tempos também poderia ter tido umas alminhas pintadas. Mais uma vez sou eu a supor, pois também não tenho nenhum documento que o prove.

 

1600-santiago (126)-a

 

No centro da aldeia temos uma pequena capela em granito à vista, a confrontar com a estrada que atravessa a aldeia, mas ligeiramente elevada sendo necessário subir 4 degraus para lhe ter acesso e mesmo ao lado da entrada um pequeno púlpito exterior. Fica a imagem.

 

1600-santiago (157)-a.jpg

 

Numa das nossas visitas à aldeia, alguém nos chamou a atenção para as ruínas de uma das construções, bem próxima da capela e igualmente a confrontar com a estrada, onde numa das paredes exteriores, mas virada para o interior da antiga habitação, se podia ver um nicho com a concha de santiago a fazer o remate superior. Apenas o nicho, sem imagens ou figuras, fazendo o nicho parte da parede e sua estrutura.

 

1600-santiago (103)-a.jpg

 

E por último o nosso habitual mapa/inventário com a localização da aldeia e a devida atualização do inventário das alminhas e afins.

 

santiago do m.png

 

Um bom fim de semana!  

 

 

 

30
Dez20

Santiago do Monte - Chaves - Portugal

Aldeias do Concelho de Chaves com Vídeo


1600-santiago (6)-video

 

 

Santiago do Monte

 

Continuando a cumprir a nossa falta para com as aldeias que, aquando dos seus posts neste blog, não tiveram o resumo fotográfico em vídeo, trazemos hoje esse resumo para a aldeia de Santiago do Monte.

 

1600-santiago (22)-video

1600-santiago (208)-video

 

Santiago do Monte é a primeira aldeia que encontramos ao subir ao planalto do Brunheiro, isto se a subida se fizer logo após Lagarelhos, em direção a Carvela e Maços. Em Santiago do Monte existe um entroncamento onde se seguirmos em frente, vamos até Carvela ou Maços, mas se virarmos á direita, então passamos pelo centro da aldeia de Santiago, pelo seu núcleo mais antigo, em direção às restantes aldeias da freguesia de Nogueira da Montanha, à qual Santiago também pertence.

 

1600-santiago (12)-video

 

Pela sua localização é uma velha conhecida nossa, pois é uma das aldeias de passagem para muitos destinos e daí, a nossa primeira imagem lá tomada já ser de 2005, e despois, temos imagens de quase todos os anos, sendo as últimas de 2015, a coincidir com o início dos nossos destinos fotográficos no Barroso.

 

1600-santiago (3)-video

1600-santiago (204)-video

 

Assim, não sei quantas passagens fiz pela aldeia, mas sem verdadeiramente a conhecer, pois como tenho repetidamente dito aqui, para se conhecer o pulsar de uma localidade, há que entrar na sua intimidade e até 2015 nunca o tínhamos feito, parar na aldeia sem reparar nas horas, estar lá, percorrer as suas ruas, falar com as pessoas, e isso, só o fizemos em 2015, e sejamos sinceros, não conhecíamos mesmo a aldeia, só aí é que verdadeiramente a descobrimos, e em boa hora, pois as passagens na estrada escondem alguns dos seus encantos, e mesmo os que estão junto à estrada ganham outro interesse quando se descobrem os pormenores.

 

1600-santiago (1)-video

 

Mas hoje estamos aqui pelo vídeo e nos últimos posts, com links após o vídeo,  já deixámos aqui a aldeia depois de 2015, onde fomos dizendo aquilo que sabíamos sobre a aldeia, hoje é para o seu vídeo que também estava em falta, e aqui fica ele, espero que gostem.

 

 

 

Agora também pode ver este e outros vídeos no MEO KANAL Nº 895 607

 

Post do blog Chaves dedicados à aldeia de Santiago do Monte:

 

https://chaves.blogs.sapo.pt/santiago-do-monte-chaves-portugal-1808713

https://chaves.blogs.sapo.pt/santiago-do-monte-e-companhia-1384155

https://chaves.blogs.sapo.pt/santiago-do-monte-ou-de-encontro-a-1309110

https://chaves.blogs.sapo.pt/santiago-do-monte-chaves-portugal-1255337

https://chaves.blogs.sapo.pt/834040.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/239658.html

 

 

E quanto a aldeias de Chaves, despedimo-nos até ao próximo sábado em que teremos aqui a aldeia de Santo Estêvão.

 

 

 

29
Dez18

Santiago do Monte - Chaves - Portugal


1600-santiago (142)

 

Há caminhos que são mais caminhos que outros, isto, porque nos levam até mais destinos, porque os utilizamos mais vezes, porque são mais interessantes, porque neles acontecem coisas. O mesmo acontece com os lugares, localidades, aldeias, povoações.

 

1600-santiago (157)

 

Ainda à cerca dos caminhos que são mais que outros, nem sempre os itinerários principais são mais que os secundários. Podem-no ser em movimento, número de utilizadores e melhor caminho para vencer quilómetros, mas não o são no resto, principalmente no ser interessante e no despertar em nós o prazer de os percorrer.

 

1600-santiago (224)

 

Vem isto a respeito da nossa aldeia de hoje, Santiago do Monte,  em que simultaneamente passam por ela caminhos interessantes e se torna interessante por ser um entroncamento de caminhos interessantes, e não se deixem levar pelo topónimo de Santiago podendo pensar que me refiro aos caminhos de Santiago, não, longe disso, embora, também sejam caminhos de Santiago, como todos por aqui a nossa volta e se não o são, são caminhos e atalhos para apanhar os caminhos de Santiago.

 

1600-santiago (249)

 

Um dos caminhos que pessoalmente integro nos caminhos que são mais que outros, por todas as razões que atrás apontei, é a Estrada Nacional 314, que em termos de importância rodoviária até foi desclassificada, deixando de ser estrada nacional, mas é por ela que vamos para a nossa aldeia de hoje e que podemos ir para mais de 50 aldeias do concelho de Chaves, mas também mais além, para terras de Valpaços, Murça, Alijó…

 

1600-santiago (246)

 

É pela E314 que vamos até Santiago do Monte, ou seja, depois de Vilar de Nantes, Izei, Peto de Lagarelhos e Lagarelhos, temos Santiago do Monte, mas para tal temos que deixar a E314 logo a seguir a Lagarelhos e subir em direção à croa da Serra do Brunheiro, onde estão Maços e Carvela, mas sem lá chegar, porque pelo caminho temos a nossa aldeia, que faz entroncamento com outros dos tais caminhos que são mais que outros, que nos levam até todas as restantes aldeias da freguesia de Nogueira da Montanha, 11, no total.  

 

1600-santiago (248)

 

Embora estas aldeias entroncamentos com vias de passagem para outras localidades tenham alguma vantagem por assim estarem localizadas, também têm as suas desvantagens, principalmente para a sua descoberta, pois sendo aldeia de passagem, passa-se, quase sempre com o tino noutro destino e não reparamos com deve ser nestas aldeias. Aconteceu comigo muitas vezes, em que passava por ela e apenas lhe deitava um olho, sem nunca ter despertado grande interesse, que o tem, mas que o oculta a quem passa.

 

1600-santiago (186)

 

Na primeira vez que lá parei para tomar algumas fotografias mudei de opinião, bastou estar lá uns minutos para começar a descobrir a verdadeira aldeia. Mas também as minhas primeiras paragens (2005, 2006 e 2008) não foram feitas com o tempo devido, partindo sempre sem o espirito de missão cumprida. Missão que quase cumpri, pois nunca se cumpre na totalidade.

 

1600-santiago (4)

 

Só  em junho de 2015, quando reservei toda uma manhã para apenas duas aldeias – Santiago e Alanhosa, é que entrei verdadeiramente nesta aldeia, e valeu a pena o tempo dedicado, não só por algumas imagens e descobertas, mas também pelo contacto com as pessoas, componente em que costumamos falhar, quer por falta de oportunidades mas também por falta de tempo para dedicar a conversas com os filhos destas aldeias, e não pensem que com uma manhã se fica a conhecer uma aldeia, longe disso, quando muito ficamos com uma leve ideia do ser da aldeia.

 

1600-santiago (181)

 

Cá de baixo desde o vale de Chaves, costumamos olhar para a Serra do Brunheiro e senti-la como nossa. Eu que nasci na sua proximidade e vivo nas suas faldas, sinto-a mais minha do que quando a avisto desde a cidade, mas a verdadeira serra está lá em cima, no seu alto planalto. Aí sim, é que ela se sente em toda a sua plenitude, em todo o seu rigor, aí é que se é verdadeiramente filho da serra num constante conflito de amor/ódio, por ser uma terra berço onde dói viver.

 

1600-santiago (46)

 

Daí em nada me admirar que os seus filhos aceitem o constante convite de abandonar terras que amam e partam em busca de melhores paragens, mas a minha vénia, essa, fica com os seus velhos, os resistentes, aqueles que ainda detêm os saberes e sabores da serra, que apenas resistirão enquanto os resistentes resistirem.

 

 

07
Mai16

Santiago do Monte e Companhia...


1600-santiago (189)

 

Nem sei por onde começar. É sempre assim quando vou pelas aldeias e é sempre assim com as trago aqui ao blog, e o porquê é muito simples - é tudo uma questão de sentimentos.  Posto assim o problema pode parecer fácil de resolver, pois é só uma questão de dar liberdade a esses mesmos sentimentos e eles começariam a fluir em escrita. Pois, só que, quando os sentimentos são contraditórios, aí tudo se complica.

 

1600-santiago (223)-1

 

Antes de começar a escrever este post trazia na algibeira meia dúzia de palavras que me poderiam servir de mote. Esbarrondar, amor, partir, abandonar, resistentes, saudade, tristeza, solidão, recordar, revolta, ingratidão… e até sei onde as usaria, mas com nenhuma conseguiria transmitir aquilo que verdadeiramente se sente, ou sinto, quando vou pelas aldeias e quando as trago aqui ao blog.

 

1600-santiago (103)

 Imagem de arquivo do ano de 2008

Estive para começar pela palavra esbarrondar por ser o verbo que mais oiço conjugar pelos resistentes. O esbarrondar das casas e veio-me depois à lembrança o provérbio:  "A casa é a sepultura da vida". Um provérbio que dá para pensar e foi nesse mar de pensamentos que me perdi para arranjar as palavras deste post. Mas cheguei a algumas conclusões, e uma delas,  é o amor que as casas têm por nós, tanto quanto o amor que nós temos por elas, e quando esse amor deixa de ser correspondido, ou lhe retiram a vida que abrigavam, sente-se abandonadas, desamadas, entristecem, desleixam-se, deprimem-se e esbarrondam-se, que é como quem diz – morrem – e transformam-se na sua própria sepultura.

 

1600-santiago (176)

 Imagem de arquivo de julho de 2015

Vem-me agora à lembrança um poema do nosso grande poeta na pessoa de Álvaro de Campos, precisamente um que se refere à vida e à morte, mas de gente,  e que a página tantas diz: “(…) Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!/Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém…/ sem ti correrá tudo sem ti./”. Se com a gente assim é, com as casas não, e tudo será diferente sem as casas no sítio em que nasceram, sem as pessoas lá dentro, sem vida. Mas bem pior que a morte de uma casa, é a morte de outra casa, a sua vizinha, e depois outra e depois a seguinte, como um mal que se pega e que leva tudo a eito. E isto já não é ficção, começam a ser palavras de um mundo que acabou.

 

1600-santiago (226)

 

Mas vamos então até à nossa aldeia de hoje, onde os sinais dos novos tempos cada vez se acentuam mais, onde as casas começaram a morrer, tal como na grande maioria das nossas aldeias, principalmente as de montanha e lá diz o povo “o mal de muitos consolo é” mas convém não esquecer que o mesmo povo também diz “Mal de muitos, triste consolo”.

 

1600-santiago (129)

 

Penso que ficou bem explicada a tal contradição de sentimentos nesta coisa de ir pelas nossas aldeias e de as trazer aqui ao blog, e nem é tanto pela morte das casas, pois outras poderiam nascer no seu lugar, mas antes, e aí sim lamento e todos iremos lamentar, pela morte da cultura de um povo, das suas tradições, dos seus saberes, da sua genuinidade e singularidade.

 

 

28
Nov15

Santiago do Monte, ou, de encontro à realidade


1600-santiago (132)

 

Hoje vamos até Santiago do Monte que é a mesma coisa que ir ao encontro da nossa realidade do interior rural de montanha. Esta aldeia bem lá na croa da Serra do Brunheiro, onde o planalto do mesmo nome tem o seu início e onde estão implantadas as onze aldeias do da freguesia de Nogueira da Montanha, talvez uma das freguesias mais despovoada do nosso concelho.

 

1600-santiago (162)

 

Costumo por aqui culpar os senhores de Lisboa desta nossa realidade, mas claro que eles não são os únicos culpados. Embora os senhores de Lisboa agora sejam outros, nos quais eu até acredito que irão fazer umas coisinhas por nós, no geral, pois no que toca a esta nossa realidade do despovoamento rural, não me parece estar nas suas prioridades ou sequer nos seus planos.

 

1600-santiago (166)

 

E atenção que isto do despovoamento rural não diz apenas respeito às nossas aldeias, mas a todo o concelho, incluindo a cidade, pois se não for contrariada a atual tendência de Chaves perder o que tinha de mais valioso para que os nossos jovens se mantenham cá e os formados possam regressar à terra, para não falar dos emigrantes que cada vez regressam menos, a cidade seguirá o caminho das nossas aldeias, pelo menos no envelhecimento da sua população.

 

1600-santiago (234)

 

Claro que aqui terá de ser o poder local a arranjar soluções sustentáveis a lançar já, pois sejam quais forem essas soluções não terão um efeito imediato e terão de ter a coragem de ser projetadas a médio e longo prazo, sustentáveis. O importante agora, mais urgente, é Chaves deixar de perder o que quer que seja e recuperar algumas das mais valias que tinha para de novo Chaves se poder afirmar como o centro de uma região e não o centro de um concelho.

 

1600-santiago (224)

 

Claro que para que qualquer coisa possa acontecer por cá, serão necessários alguns ingredientes que juntos costumam dar bons resultados, como competência, responsabilidade, altruísmo e amor q.b. pelo que é nosso.

 

 

 

25
Jul15

Santiago do Monte - Chaves - Portugal


1600-santiago (190)

Confesso que nas primeiras vezes que passei por Santiago do Monte a aldeia não convidava a uma paragem fotográfica. Um bocado por teimosia na descoberta, teimei e fui entrando na aldeia. Uma, duas, três, já não sei bem quantas vezes, e de cada vez que agora paro por lá há sempre imagens e pessoas que surpreendem e que deixam a descoberto uma beleza que dói. Não são essas imagens que hoje vos vou deixar aqui, pois tenho outra coisa pensada para elas. Em breve, se o “projeto” for avante, cá estarão.

1600-santiago (212)

Hoje deixo-vos apenas duas imagens, minimalistas, mas que falam por si. Realço esta segunda imagem, com o devido elogio ao fio azul, e que demonstra a capacidade de há muitos anos, mesmo de sempre, que as nossas aldeias tinham em preservar o ambiente em que os “lixos” domésticos tinham dois destinos, o primeiro utilizado como fertilizante das terras de cultivo e o segundo, aquele que a terra não come e rejeita, com uma utilidade qualquer, aquilo que agora pomposamente, em nome do ambiente, se chama reutilização. Quanto ao design, é sempre do mais original que há e de peça única.

 

 

27
Nov10

Chegou o frio


 

 

*

 

Chegou, a tempo e horas, nunca falha – o frio já faz parte dos nossos dias.

 

Não se guiem pelas imagens, pois são de arquivo, e o frio ainda não é tanto assim de deixar a paisagem dobrada com o seu peso, sim, o peso do frio, porque por aqui, frio, significa gelo e uns graus abaixo de zero, o que não deixa de ter piada, pois as televisões da capital, dos de Lisboa, já anunciam o frio e os alertas da Protecção Civil. Coitadinhos dos de Lisboa, e os do litoral, e os do Sul, coitadinhos, pois sopram uns arezinhos frescos e entram logo em alertas amarelas e laranja, parece que vai acontecer o fim do mundo… então e nós!?, sim, nós que mamamos com os frios rigorosos de todos os invernos, com os gelos, com os abaixo de zero, com os dedos engaranhados até doer,  com as neves e geadas de deixar tudo teso… sim, e nós!? Bem, nós aproveitamos o frio para matar o reco, fazer o fumeiro e beber mais uns canecos à lareira, somos uns patuscos que estamos habituados a estas coisas do frio e ainda por cima, somos poucos e tesos, por isso, só há que ter cuidado com as lareiras e as braseiras, e chega, que ares condicionados e aquecimentos centrais, apenas são luxos para alguns.


*

 


 

*

 

É por isso que gosto do frio e também da crise. Dói, eu sei que dói ou vai doer, mas também dá algum gozo, pois nós por cá, embora também tenhamos frio e crise(s), já estamos habituados e lá as vamos aguentando, pelo menos enquanto houver lenha nos montes, batatas no barraco e couves na horta – venham daí os meninos e meninas de Lisboa, que por cá a gente é hospitaleira e se com o frio ficarem tesos como bacalhaus, quem sabe se não fazemos uma punheta com eles… ou seja, como se costuma dizer em linguagem boleira – até os comemos.

 

Nascemos assim, somos assim, já não há nada a fazer connosco!

 

Até amanhã e viva o frio – há que pensar em matar o reco!

 

PS – As fotos são de Santiago do Monte, aldeia da freguesia de Nogueira da Montanha, ou seja, aquela freguesia que fica lá em cima, no alto do Brunheiro e domina todo o seu planalto.

 


 

 

Sobre mim

foto do autor

320-meokanal 895607.jpg

Pesquisar

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

 

 

20-anos(60378)

Links

As minhas páginas e blogs

  •  
  • FOTOGRAFIA

  •  
  • Flavienses Ilustres

  •  
  • Animação Sociocultural

  •  
  • Cidade de Chaves

  •  
  • De interesse

  •  
  • GALEGOS

  •  
  • Imprensa

  •  
  • Aldeias de Barroso

  •  
  • Páginas e Blogs

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    L

    M

    N

    O

    P

    Q

    R

    S

    T

    U

    V

    X

    Z

    capa-livro-p-blog blog-logo

    Comentários recentes

    • LUÍS HENRIQUE FERNANDES

      *Jardim das Freiras*- De regresso à cidade-Faltam ...

    • Anónimo

      Foto interessante e a preservar! Parabéns.

    • Anónimo

      Muito obrigado pela gentileza.Forte abraço.João Ma...

    • Anónimo

      O mundo que desejamos. O endereço sff.saúde!

    • Anónimo

      Um excelente texto, amigo João Madureira. Os meus ...

    FB