Chaves de Ontem
anos 60
Hoje fazemos um regresso ao ano de 1960, onde hoje é a rua Joaquim José Delgado
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Hoje fazemos um regresso ao ano de 1960, onde hoje é a rua Joaquim José Delgado
Uma vista parcial sobre Chaves dos aos 50, como o Tâmega e a já existente ponte nova em primeiro plano e o casario à volta da torre de menagem, incluindo a mesma.
No Chaves de ontem que aqui vos deixo, vamos até o Largo do Arrabalde dos anos 90 do século passado, mais precisamente até ao ano de 1992, e desta, sei a data com precisão porque é uma foto da nossa autoria, da era analógica, quando esta vista ainda nos era permitida. É certo que em troca da vista, ganhámos um Museu das Termas Romanas, é assim a vida, às vezes para se ganhar, tem de se perder alguma coisa, mesmo que se goste dela.
Mais uma imagem de um pormenor/edifício da Madalena, de outros tempos, com a Loja do Povo de Gomes & Rei, que já não é do meu tempo, mas da qual já muitas vezes ouvi falar.
Decorria o ano de 1971 ou 72, não tenho a certeza, mas sei que nesse dia também estive ali na praça, na altura andava eu no ciclo preparatório, então na Escola Dr. Júlio Martins, e toda a escola foi convocada . Foi no dia em que se inaugurou a estátua do Duque e esteve presente o "corta fitas", ou seja, o então PR Almirante Américo Tomás. As meninas estendiam as suas capas para a entrada de honra no edifício da Câmara Municipal e, embora hoje possa parecer que eram universitárias, ainda não o eram, mas antes, alunas do Liceu Nacional de Chaves, suponho que finalistas, pois na altura os finalistas do liceu trajavam, pelo menos alguns, hábito ou tradição que se perdeu no pós 25 de abril. Seja como for as meninas cresceram, e hoje, espero que ainda vivas e de boa saúde, devem rondar a bonita idade de 70 anos.
Até amanhã!
Hoje fica uma imagem dos anos 60 do século passado, com as lavadeiras do Rio Tâmega e ao lado, a barca que fazia a passagem de pessoas, animais e mercadorias do S.Roque para a Canelha das Longras e vice versa.
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Há cinquenta anos.
A «Praça», principalmente às 4ªs fªs e aos sábados, era muito frequentada.
Estava localizada entre o Rua do Olival e a das Longras.
Daquela, desciam umas escadinhas e subiam outras ou umas escadinhas subiam e outras desciam.
No patamar, a meio delas, lá estava um pobre, ou uma pobre, a pedir esmola; ou um mais pobre a vender uns pentes de cor amarelo-sabão.
No fundo da descida das escadas, ou princípio da subida das mesmas, tinha lugar marcado um contrabandista famoso, a vender uma dúzia de facas de vários tamanhos e para “todos os resultados”; a recomendar o tecido para umas calças no «M. dos fatos»; e a marcar data para a entrega das pedras de isqueiro.
O peixe, chegado de Espanha, naquela madrugada, transportado ao lombo de machos e mulas, era, nesse tempo, bem mais fresquinho do que o congelado que se encontra, hoje, em qualquer canto e esquina comerciais.
As “Regateiras” eram mesmo regateiras, pois sabiam, e tinham de, fazer frente ao regateio das donas de casa, preocupadas em poupar alguns tostões - (1 tostão«=»a 2mil avos de 1€).
Algumas destas até tinham de fazer o milagre de lhe sobrar para a compra de um maço de «Provisórios» ou «Três vintes», que iria posto logo no cimo da seira (O «génio» do seu «home» ficaria acalmado) onde seguia o almoço, mal o comboio apitasse em Santo Amaro ou na Fonte Nova.
Há cinquenta anos, a criação de capoeira era abundante.
E, faz anos, por esta altura, as ninhadas de frangos e coelhos estavam a começar a ficar no ponto de serem … vendidas na Praça, por bom preço.
Descidas as escadas, ao fundo, à direita, ficavam as peixeiras; ao fundo, à esquerda, as padeiras. À saída para as Longras, de cada lado de um portão largo, posicionavam-se as Regateiras dos ovos, dos frangos e dos coelhos.
A Emigração para França estava na moda (pudera!).
E, há cinquenta anos, faz, este Verão, anos, os «Emigrantes» já chegavam em bonito número.
As donas de casa residentes, lá iam, como de costume, às compras ao “Mercado”. Mas, a partir de Junho e até princípios de Setembro, ficavam cheias de dores:
- Ó tia Quinhas, quanto custa este coelho?
-Qual? Este?
-Não! Aquele!
-Ah! Vinte mil réis!
- Credo, em cruz, Tia Quinhas ! Atão inda a semana passada lhe levei um por «sete e quinhentos » e, agora, quer Vinte escudos?!
- Olhe, menina, e é se o quiser levar já. Daqui a nada vêm os «EMIGRANTES» e nem refilam!
Tupamaro
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