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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

18
Mai19

Seixo - Chaves - Portugal


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Estava prometido e cá estamos com a aldeia do Seixo, uma das aldeias do vale da Ribeira de Oura.

 

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Seixo para além de ficar no vale da Ribeira de Oura é também uma aldeia da estrada 311. Já há tempos nos referimos a esta estrada como uma das estradas mais bonitas de Portugal (das que eu conheço), tudo por ser uma estrada de montanha. Penso mesmo que em vale, esta estrada, só mesmo do Seixo a Vidago é que é mais ou menos plana e sem grandes curvas, de resto é tudo em montanha e passa por quatro concelhos – o de Chaves, Boticas, Montalegre e Cabeceiras de Basto, Ou seja, liga o Alto Minho a Trás-os-Montes passando pelo Barroso.

 

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Estrada 311 que em tempos foi classificada com Estrada Nacional mas que hoje em dia para além de Estrada Nacional é também Estrada Regional e Estrada Municipal, ou seja, desde Cabeceiras de Basto até Boticas é Regional - ER311, de Boticas a Vidago é Nacional – EN311 e desde Vidago ao Peto de Lagarelhos passou a ser Municipal – EM311.

 

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Mas deixemos esta curiosidade de parte e partamos até ao Seixo, que fica num dos itinerários alterativos para se ir até Vidago, principalmente se formos em maré de passeio e apreciação, nas calmas, mesmo porque a estrada nos recomenda que se faça sem pressas.

 

1600-seixo (136)

 

Pois o Seixo fica mesmo onde começa o estreito vale de da Ribeira de Oura que se vai prolongando (vale e ribeira) até desaguar no Rio Tâmega. Aqui no Seixo o vale desenvolve-se em ambas mas margens da Ribeira mas não tem mais que 200m de largura.

 

1600-seixo (142)

 

Também a aldeia do Seixo se desenvolve em ambas as margens da Ribeira, mas principalmente entre a EM311 e a Ribeira de Oura. Na margem esquerda da ribeira apenas um pequeno bairro, a capela e em tempos a escola primária. Escola esta que foi de pouca dura, pois ainda me lembro de ter sido construída nos anos oitenta, escola de uma sala apenas que só funcionou durante uns anos.

 

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Seixo para além de aldeia de passagem da EM311 funciona também como cruzamento, embora com caminhos municipais, por um lado florestal e pelo outro agrícola. Pois desde o Seixo temos ligação também a Ventuzelos (estradão) e a Vila Boas (estradão) por um lado e para o outro um caminho agrícola pavimentado que nos liga a Matosinhos. Caminhos interessantes para quem anda em descoberta/aventura, mas não muito recomendáveis para tomarmos como ligação a essas aldeias, mesmo o que está pavimentado , pois as suas funções é mesmo de caminho agrícola onde mal cabe um carro, não dando mesmo para dois carros se cruzarem, daí a aventura, pois a qualquer momento poderá ter de fazer uma marcha atrás prolongada até encontrar um ponto onde duas viaturas possam cruzar.

 

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Quanto ao Seixo, aldeia, é uma povoação pequena, com uma casa senhorial com capela a ocupar a parte central da fachada principal a confrontar diretamente com a rua principal da aldeia que desce até à Ribeira de Oura.

 

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Não conheço a história desta aldeia mas tudo indica que a aldeia poderia ter nascido a partir deste casal senhorial, mas isto sou apenas eu a supor, a verdade é que esta casa se destaca das restantes construções do Seixo.

 

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O restante casario é um misto de construções tipicamente transmontanas, de pedra de granito à vista e construções mais recentes, com o núcleo mais antigo entre a estrada e a tal casa senhorial.

 

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Claro que todo o casario, a sua grande maioria, está fora do pequeno vale, deixando as terras mais férteis para o cultivo, ocupando o casario os terrenos inclinados.

 

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Quanto à agricultura que aqui se pratica, é o habitual da nossa região, mas ultimamente no Seixo a vinha tem ganho terrenos, na propriamente na zona de vale, mas na mais inclinada, com vinhas novas, bem tratadas e pela certa pensada para fazer bons vinhos, acompanhada por técnicos dessa área. Mais uma vez sou eu a supor pois o aspeto das vinhas a isso nos leva a pensar.

 

1600-seixo (27)

 

Quanto ao envelhecimento da população e despovoamento, notoriamente ambas as coisas acontecem, Seixo não é exceção à restante maioria das aldeias do concelho de Chaves e concelhos vizinhos.   

 

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Quanto às imagens, são as possíveis, não há muita escolha, pois a aldeia é pequena, mas mesmo assim tem motivos interessantes e variados para composições também interessantes e, claro, variadas, nem que seja recorrendo àquilo que a natureza nos oferece.

 

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Claro que também não falta a componente humana, que diga-se, em todas as deslocações que fiz ao Seixo, há sempre gente na rua. Mas também nos campo há vida, que dos seus habitantes na lide das suas hortas e outros cultivos, mas também alguns animais domésticos.

 

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Por último, e tal como ultimamente vem sendo habitual, fizemos um pequeno vídeo com algumas imagens que até hoje fomos publicando no blog. Espero que gostem. Termina também aqui o passatempo das 7 diferenças. A solução já está nos comentários, decifrada por um blog amigo.

 

Fica o vídeo e o link para poder ter acesso a ele, diretamente, no youtube:

  

Link para o Video: https://youtu.be/LqFo54s4O0w

18
Mai19

Descubra as diferenças


1600-seixo (157).jpg

 

E porque hoje é sábado vamos até mais uma das nossas aldeias do concelho de Chaves. Hoje toca a vez à aldeia do Seixo. Enquanto preparamos o post, fica aqui uma brincadeira nossa, um passatempo à moda antiga, o de descobrir diferenças. É essa a nossa proposta, descobrir as 7 diferenças entre as duas fotos que vos deixo. A foto é  de um jogo da malha no Seixo. Se quiserem, partilhem as vossas descobertas nos comentários do blog,  que só revelarei (aprovarei) quando o post do Seixo for publicado.

 

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Até breve!

 

 

 

 

22
Nov15

Seixo e os novos caminhos


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Mais um domingo mais uma das nossas aldeias, hoje toca ao Seixo vir aqui ou repetir aqui a sua passagem.

Na realidade aparente resultante de pura observação o Seixo pode-se resumir a um pequeno aglomerado à beira de uma estrada nacional secundária e uma pequena rua que a atravessa. Meia dúzia alargada de casas sendo uma delas notoriamente mais rica, do tipo solarenga incorporando capela virada para o largo principal da aldeia. Uma outra capela isolada e teve em tempos uma escola também isolada e hoje totalmente vandalizada. Ao longo da aldeia um pequeno riacho nas margens do qual se desenvolve uma pequena veiga aparentemente fértil se cultivada.

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Mas o Seixo de há pouco tempo (anos) para cá tem um novo caminho. Um caminho interior que sempre existiu mas que foi pavimentado e que une o Seixo a Matosinhos. Os novos caminhos surgem sempre como novas oportunidades ou mais uma oportunidade para que coisas novas aconteçam. Neste abriu-nos a oportunidade, a nós que gostamos de andar por aí a fotografar, de ter contacto com novos motivos, novas paisagens e novas descobertas além de nos assegurar mais uma ligação às aldeias do alto da montanha, embora não seja esta a principal função deste caminho, pois como caminho de ligação oferece condições muito limitadas. Mas como novo caminho servirá sempre novas oportunidades, mesmo que limitadas.

1600-seixo (181)

E é de caminhos novos que as nossas aldeias precisam quando elas precisam deles, seja qual for o caminho. Caminhos de oportunidades onde se possam encaminhar e caminhar para novos projetos, para a sobrevivência e sustentabilidade dos seus saberes, valores, sabores e tradições, seja o caminho qual for, com ou sem calçada.

 

 

 

10
Mai15

Por terras do Seixo em diálogos com a primavera


1600-seixo (149)

Depois dos nossos longos invernos vem sempre a primavera com a sua magia e, por mais igual que seja à primavera anterior, a nova surpreende-nos sempre com a sua exuberância, sobretudo aquela que nos oferece num festival de cor e de luz que nos convida a sair de casa para ser seu espetador.

1600-seixo (141)

Eu sei que há quem não goste desta sucessão das estações do ano, deste ciclo de anacronismos de teimosia de dar a volta e voltar sempre ao mesmo, para nova corrida, para nova viagem, quando no seu seio o homem não para de e evoluir e surpreender, para o bem e para o mal, o mesmo que acima de tudo e de todas as espécies acaba sempre por ser cativo da força da natureza… mas há sempre que o seja por gosto.

1600-seixo (133)

Pois por mim, que venha sempre o inverno que me faz gostar do lar, a primavera que me surpreende sempre, o verão que me faz saborear as sombras e as fontes frescas, e o outono para colher os frutos e desfrutar da magia das cores, e se tudo isto for vivido aqui atrás-dos-montes onde lá no fundo ficam sempre os vales e os rios e lá em cima os montes e as serras de onde se lançam os grandes olhares como se fosse-mos donos disto tudo, tanto melhor.

 

Hoje ficam três olhares do pequenos vales da Ribeira de Oura, mais propriamente das proximidades do Seixo onde os resistentes ainda vivem, se confundem e vivem as estações do ano, embarcando em todas as viagens da natureza.

 

 

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