Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

09
Mai20

Vilarinho da Raia - Chaves - Portugal

aldeias de chaves - C/Vídeo


1600-XVI encontro (13)-video

 

Continuando a nossa ronda pelas aldeias de Chaves, por sinal quase a finalizar, hoje vamos até mais uma aldeia da raia seca entre Trás-os-Montes e a Galiza, vamos até Vilarinho da Raia.

 

1600-vilarinho (8)-video

 

E se há aldeias da raia, mesmo na raia, esta é uma delas, pois a raia fica a pouco mais que uma centena de metros, e dizia atrás que era da raia seca, e é, mas também é da molhada, pois é mesmo em frente a esta aldeia que o Rio Tâmega entra em Portugal, que de verão pouco entrave põe a sua passagem, mas de inverno, já não é tão fácil atravessar o rio.

 

1600-vilarinho (31)-video

 

A par das aldeias de Vila Meã, Vila Verde da Raia e Vila Frade, é a que tem a aldeia galega de Feces de Baixo mais próxima, aldeia galega que desde que tenho lembranças sempre foi um “supermercado” do pessoal da raia e de Chaves, daí, Vilarinho da Raia, por ser da raia e próxima deste “supermercado” galego, ter sido também uma aldeia de contrabandistas e guardas-fiscais.

 

1600-vilarinho (18)-video

Caminho para o antigo quartel da guarda-fiscal

Mas até nem é Feces de Baixo a aldeia mais próxima de Vilarinho da Raia, pois a aldeia galega de Rabal é bem mais próxima, mas menos comercial que Feces.

 

1600-vilarinho (17)-video

Antigo quartel da guarda-fiscal

Assim, Vilarinho da Raia dado tratar-se de uma pequena aldeia, das mais pequenas da raia, poder-se-á dizer que metade da sua população era constituída pelos guardas-fiscais e seus familiares e a outra metade com os naturais da aldeia, ou seja, contrabandistas, que mesmo não tendo o contrabando como a sua principal atividade, era uma atividade complementar ou até natural, do dia-a-dia, pois era mais fácil ir fazer compras a Rabal (a 1,7km) ou Feces de Baixo (a pouco mais que 2Km),  do que a Chaves, que fica a 16Km.

 

1600-vilarinho (20)-video

Vistas desde o quartel da guarda-fisca, na linha de amieiros, o rio Tâmega faz a raia com a Galiza

Também dada a topografia do terreno, em terras maioritariamente planas, de vale, ou de pequenas elevações, boas para a agricultura, mas também para contrabandear, mesmo com o quartel da guarda-fiscal localizado em zona privilegiada em termos de observação e fiscalização, o contrabando nestas zonas dava-se naturalmente, mesmo porque a guarda-fiscal não era com este tipo de contrabando caseiro que mais se preocupava, mas antes com o grande contrabando profissional.

 

1600-vilarinho (25)-video

 

Toda esta abordagem à raia, à guarda-fiscal e ao contrabando porque se as aldeias da raia sofreram muito com a abolição das fronteiras, Soutelinho da Raia foi das que mais sofreu, pois, sendo uma aldeia pequena, com pouca população, ao retirarem de lá a guarda-fiscal a aldeia, em termos populacionais, ficou reduzida a metade, e metade de pouca coisa é quase nada, e este quase nada, também sofreu com a maleita do despovoamento natural de todas as aldeias…

 

1600-vilarinho (24)-video

1600-vilarinho (11)-video

 

Quanto à aldeia em si, também sai fora daquilo que é habitual nas aldeias típicas transmontanas, pelas construções hoje existentes, tem todas as características de uma aldeia nova, já com construções em alvenaria de tijolo ou blocos de cimento, bem diferentes das construções onde o granito é rei e senhor. Talvez uma aldeia que evoluiu a partir de meia dúzia de casas de uma pequena “villa” agrícola ou casa agrícola, mas isto sou eu a supor, pois não tenho dados para o afirmar.

 

1600-vilarinho (10)-video

 

Em termos de justiça, nossa justiça, tentamos ser justos e tratar todas as aldeias de igual forma. Este blog caminha para os 16 anos de existência e já dedicámos vários post a todas as aldeia do concelho, mas hoje, na feitura deste post notámos que apenas dedicámos um post a Vilarinho da Raia e teve uma pequena abordagem num outro post, no post da freguesia de Vilarelho da Raia. Culpa nosso, que estamos aqui a assumi-la, mas também pelo nosso gosto de núcleos antigos, que infelizmente esta aldeia não tem. Mesmo assim, com aquilo que temos em arquivo, não poderia ficar de fora nesta ronda pelas nossas aldeias, e aqui está ela com o post possível. Mas fica a promessa que para a próxima ronda, que ainda não sabemos qual ira ser o seu formato, teremos esta nossa falta em atenção. Fica a promessa e aqui, é costume cumprirem-se as promessas.

 

1600-vilarinho (13)-video

1600-XVI encontro (15)-video

 

E só nos resta deixar aqui o habitual vídeo dedicado às nossas aldeias com todas as imagens publicadas até hoje no blog, mas também acrescentámos algumas que tínhamos em arquivo e que não entraram nos post que dedicámos à aldeia. Fica o vídeo possível, espero que gostem.

 

 

 

Post do blog Chaves dedicados à aldeia de Vilarinho da Raia:

https://chaves.blogs.sapo.pt/297994.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/349675.html

 

 

20
Jul19

Soutelinho da Raia - Chaves - Portugal


1600-soutelinho (746)

 

SOUTELINHO DA RAIA

 

Chegou a vez de irmos até Soutelinho da Raia, uma das aldeias do concelho de Chaves que mais vezes tem passado por este blog e que continuará a passar, não só por aquilo que fotograficamente falando nos proporciona, mas também pela sua história, pela sua condição de ser uma aldeia da raia, ter sido um antigo povo promíscuo, entre outras razões, como a de ser uma aldeia com características tipicamente barrosãs, como não poderia deixar de ser, não estivesse ela no grande planalto da Serra do Larouco, em pleno território do Barroso. E iniciámos com esta imagem, por sinal a mais recente que temos da aldeia e que calhou numa das nossas passagens com destino ao concelho de Montalegre, num ponto onde paramos sempre, junto ao rochedo que aparece em primeiro plano e desde onde, quase com um simples olhar, alcançamos a Serra do Larouco em toda a sua majestosa plenitude, todo o seu planalto, terras galegas e Soutelinho da Raia. Nem que fosse só por isto, já valia a pena ir por lá, mas Soutelinho da Raia é muto mais.

 

1600-soutelinho (722)

 

Hoje iniciámos este post com aquilo que poderemos considerar um clássico, ou um cliché fotográfico, ou seja, com aquilo que é mais comum fotografar-se para além de serem motivos obrigatórios a serem fotografados. Este último, quase poderia resumir aquilo que é Soutelinho da Raia, não só na sua beleza ou na riqueza da composição, com a sua Igreja, mas também uma capela, a sua fonte de mergulho e o tanque, a água, o azul do céu, o sol e a neve, o seu casario, as suas varandas, só falta mesmo o fator humano que por sinal neste local é sempre habitual, aliás como em toda a aldeia.

 

1600-soutelinho (710)

 

Mas que não falte esse fator humano, e cá está ele, na companhia do rigor dos invernos, numa representação daquelas que exigem respeito mas também compreensão que nada tem a ver com tradição, embora também o seja, refiro-me ao luto, pesado, vestido numa única cor, o preto, muitas das vezes, ainda, a única cor que vestirão para todo o resto das suas vidas, o preto negro do luto, voluntário,  símbolo de dor, de ausência, de respeito e honradez, às vezes pelo companheiro, outras vezes pelos filhos, mas também pelo pai, pela mãe, pelo irmão(s), e às vezes, é tão pesado, que é por todos eles.

 

1600-soutelinho (643)

 

O FATOR HUMANO

 

Fator humano que por aqui também é símbolo de trabalho, da terra, que outra ocupação não há, embora em tempos, dada a sua condição de aldeia da raia seca, o contrabando também fosse uma fonte de rendimento e de trabalho, pelo menos para a Guarda Fiscal, onde existia um posto fronteiriço, mesmo a queimar a raia, Guarda Fiscal que acabava também por enriquecer o povoamento da aldeia, com os Guardas Fiscais e as suas famílias. Aliás estou em crer que

 

1600-soutelinho (158)

 

Fator humano que aqui embora ainda bem presente nas ruas e nas casas também não escapa à maleita da modernidade, a do envelhecimento da sua população, despovoamento e natural abandono do casario, embora em menor escala que na maioria das aldeias, ou pelo menos, nota-se menos. Uma maleita que há 30 ou 40 anos atrás já era previsível acontecer, mas que desde então nada se fez para a contrariar.

 

1600-soutelinho (630)

 

De facto as condições criadas após o 25 de abril de acesso à educação, para todos, passando até a ser obrigatória, e muito bem, até aos 18 anos ou 12ª ano, levou a que os nossos jovens não queiram regressar ao trabalho árduo da terra, que repartida como está, quase ou nem sequer dá para sobreviver. Também a facilidade e apoios para acesso ao ensino superior, levou a grande maioria a formar-se com um curso superior ou a ter habilitações para outras profissões que maioritariamente só existem nas cidades, principalmente nas de maior dimensão. Claro que é mais que compreensível que depois de uma vida a estudar, principalmente agora que só a licenciatura já é coisa pouca no mercado tão competitivo, vendo-se os nossos jovens obrigados a continuar os estudos com mestrados, doutoramentos e outras graduações e até outras licenciaturas, dizia eu que era compreensível que não voltassem à sua aldeia para pegar na enxada, semear umas batatas, plantar umas couves e ter meia dúzia de galinhas e um reco, coisas boas por sinal, mas muito pouco para poderem ter uma vida digna e ate poder sobreviver com elas.

 

1600-btt-soutelinho (302)

 

 E nada contraria este estado de coisas, aliás antes pelo contrário, tudo que se dita e decide em Lisboa é feito no sentido contrário, o da centralizar nos grandes centros toda a vida económica, de trabalho, administrativa de ensino, etc. Grandes e médios centros cada vez mais povoados e amontoadas com todo o nosso interior a desfechar em sentido contrário – envelhecimento, despovoamento e abandono das terras e das casas, com velhos a viver das reformas e sentados nas escaleiras das casas à espera que as horas passem. Ou isto que é o pouco e tudo que têm ou um lar, que na maioria dos casos não passa de um lucrativo negócio de armazenamento de velhos.

 

1600-soutelinho (163)

 

Embora Soutelinho da Raia não seja o melhor exemplo desta maleita do despovoamento e envelhecimento, aliás que lá for ainda vê uma aldeia com vida, penso que, mesmo sendo uma das aldeias localizada no limite do concelho, vai servindo também de dormitório a pessoas que trabalham na cidade, sem dados para o garantir. Mas ainda se vive um certo espírito comunitário, já não há tabernas mas há cafés e no tanque comunitário ainda se lava roupa.

 

1600-soutelinho (450)

 

E nas ruas há sempre gente, nos seus afazeres, ou simplesmente estando em amena cavaqueira, vindos ou indo para outros trabalhos, aparentemente felizes, talvez herança dos tempos em que Soutelinho da Raia era um povo promíscuo em que a aldeia era atravessada a meio pela linha de fronteira, onde de uma lado da aldeia viviam portugueses e do outro galegos. Um mesmo povo, a mesma aldeia, duas nacionalidades. Até 1864 Soutelinho da Raia era assim, promíscua.

 

1600-soutelinho (428)

 

Embora o termo “promiscuidade”, em geral, seja utilizado em coisas mais depreciativas, aqui tinha um sentido romântico e até bem interessante. De facto podemos-lhe aqui utilizar o seu significado de mistura e indistinto, mas apenas na nacionalidade e na obediência a reinos e leis diferentes, de resto era apenas um povo misturado e indistinto de portugueses a galegos, assumindo aqui o indistinto o significado de não haver diferenças entre a povoação.

 

1600-soutelinho (414)

 

Estas aldeias promíscuas eram casos únicos, por sinal aconteciam em três aldeias do concelho de Chaves: Soutelinho da Raia, Cambedo e Lamadarcos. A par destas aldeias, aqui bem próximo (do outro lado da Serra da Larouco) existia o Couto Misto (Couto Mixto) também com três aldeias: Santiago, Rubiás e Meaus.  Era um micro estado independente encravado entre Portugal e a Espanha e que não estavam ligados nem à coroa portuguesa nem espanhola, tinha leis próprias, direitos e privilégios, isenção de impostos e dava asilo a foragidos da lei de Portugal e Espanha, exceto para crimes de sangue. Em 1864  com o tratado (das fronteiras) de Lisboa, os reinos de Portugal e Espanha chegaram ao acordo de as três aldeias promíscuas (Soutelinho da Raia, Cambedo e Lamadarcos) passaram na totalidade para o reino de Portugal, enquanto que o Couto Misto (Mixto) passou para o domínio do reino espanhol.  Para saber mais sobre os povos promíscuos e o Couto Misto, siga os links no final do post.

 

1600-btt-soutelinho (358)

 

Sobre o fator humano falta falar das atividades e iniciativas da juventude de Soutelinho da Raia que ia organizando alguns eventos para a população, mas também para todos os que quisessem participar. Há anos (2012) fomos a uma das suas iniciativas, só ver, fotografar e comer. Tratou-se do 2º Passeio de BTT. Não sei se ainda continuam ativos. Confesso que com a nossa aventura de descobrir todo o Barroso. Temo-nos  descuidado um pouco com as aldeias flavienses. Espero que continuem ativos com as suas iniciativas.

 

1600-soutelinho (701)

 

Os invernos e o Larouco

 

O Larouco é também uma imagem de marca para Soutelinho da Raia, não só goza do seu planalto superior como goza das suas vistas, por sinal das mais interessantes que se podem lançar sobre o Larouco, de inverno muitas das vezes coberto de neve e nas restantes estações a mostrar todo o esplendor da sua grande encostas que só termina aos 1535 metros de altitude. Assim, se for por a Soutelinho da Raia, percorra a aldeia toda até ao final das suas ruas e contemple  aquele que também é apelidado por Deus Larouco.

 

1600-soutelinho (28)

 

Neve e nevadas às quais Soutelinho da Raia está bem habituada, pois é visita recorrente todos os invernos. Pode não vir para ficar, mas às vezes fica durante uns dias. Aliás a neve e o frio seco de inverno também fazem a tempera desta gente barrosã do planalto do Larouco, mas também quando todo o vale de Chaves está mergulhado num mar de nevoeiro, ele lá no alto gozam do radioso sol de inverno, que sempre vai dando algum calor e alegria aos seus dias.

 

1600-soutelinho (658)

 

A Igreja

 

Já de início deixamos uma das que também é imagem de marca de Soutelinho, aquela com a fonte de mergulho e a igreja de fundo. Uma belíssima igreja localizada logo no largo de entrada da aldeia. Bonita e bem enquadrada exteriormente mas também muito interessante no seu interior, e agora ainda mais, com a descoberta e recuperação das pinturas, frescos de parede com que quase todo o seu interior está revestido, um deles datado de 1748, um ex.voto.

 

1600-soutelinho (538)

 

O  Casario e seus pormenores

 

A primeira vez que fui a Soutelinho da Raia, já há uns bons 30 ou 40 anos que me rendi logo à beleza das suas ruas e do seu casario, passando a ser desde então uma das minhas aldeias de referência para aquilo que temos de melhor ao nível do conjunto mas também de pormenores no que respeita ao casario típico transmontano e no caso também barrosão.

 

1600-soutelinho (402)

 

Com o tempo, fui indo por lá amiúde, sempre de máquina fotográfica na mão. Primeiro as ruas principais, depois as outras, os pormenores são para descobri sempre que vou por lá, mas o que mais me fascina, é a aldeia manter a sua integridade, sem grande feridas no conjunto do seu casario, mesmo nas recuperações, ficando as construções novas, fora deste núcelo antigo, tal como deve de ser.

 

1600-soutelinho (537)

 

Dai não ser estranho que Soutelinho da Raia, talvez a par de Seara Velha, serem as aldeias que mais vezes têm passado aqui pelo blog. São os meus trunfos para quando não há tempo de cumprir com as aldeias flavienses, pois no meus arquivo fotográfico destas duas aldeias há sempre imagens a pedirem para serem publicadas e divulgadas.

 

1600-soutelinho (476)

 

Espero continuar a ir e encontrar assim Soutelinho da Raia, não só para manter a sua beleza mas também para a poder continuar a indicar como visita obrigatória a quem visita o concelho de Chaves e gosta do mundo rural.

 

1600-soutelinho (609)

 

Muito mais teríamos para deixar aqui sobre Soutelinho da Raia e já muita coisa fomos deixando ao longo da existência deste blog, mas temos de deixar ainda alguma coisa para podermos continuar a trazer aqui esta aldeia, que temos vindo a fotografar desde o nascer do sol até ele se pôr, principalmente nestes últimos tempos das nossas andanças pelo Barroso em que Soutelinho da Raia nos calha quase sempre nos nossos itinerários, de ida ou regresso a Chaves.

 

1600-avd-soutelinho (3)

 

 E para finalizar, aquele que já vai sendo habitual nos últimos tempos do blog, um vídeo com todas ou quase todas as imagens aqui publicadas até hoje. Após o vídeo ficam os links para mais informação sobre as aldeias promíscuas e o couto misto.

 

 

 

link para o vídeo no youtube:

https://youtu.be/18KaXGWpB3o

 

Para saber mais sobre os povos promíscuos e o Couto Misto:

 https://chaves.blogs.sapo.pt/lama-de-arcos-chaves-portugal-e-um-1636026

https://chaves.blogs.sapo.pt/231841.html

 

 

 

 

27
Ago16

A Galiza aqui ao lado - Aldeias da Raia vizinhas de Soutelino da Raia


cabecalho

 

Há dias iniciava aqui esta crónica de “A Galiza Aqui ao Lado”. Embora fosse o início da crónica já não era o início de algumas aldeias galegas e outras localidades virem aqui ao blog, principalmente as aldeias da raia.

 

1600-fronteira-1.jpg

 

Em tempo anunciei também por aqui que um dia traria aqui todas as aldeias da raia portuguesa (do nosso concelho de Chaves) e a(s) suas congéneres galegas, mais propriamente a aldeias ou aldeias galegas mais próximas da nossa(s) aldeia(s) da raia. Um projeto que iniciei em tempos, iniciando a recolha de imagens do lado galego, com a ajuda de um amigo do outro lado da raia (o Pablo). Entretanto outras prioridades se impuseram e fui obrigado a suspender a recolha de imagens, contudo vai sendo tempo de retomar o projeto ou de, para já, ir trazendo aqui algumas das aldeias já fotografadas.

1600-soutelinho (555)

 Soutelinho da raia

 

Iniciamos então hoje, conjugando o antigo projeto com a nova rúbrica de “A Galiza Aqui ao Lado”, esse tema das aldeias mais próximas de ambos os lados da raia,  com a nossa aldeia de Soutelinho da Raia e o Santuário do S.Caetano com as aldeias galegas da sua proximidade, e que são três, a saber: Videferre, Espiño e Bousés, de pouco importando ou sem ter em conta as fronteiras administrativas da raia ou das freguesias, pois o que interessa mesmo é a proximidades destes lugares, que no caso ficam todas dentro de um circulo cujo raio da circunferência é de apenas 1.500 metros (aproximadamente).

 

1600-s-caetano (52)

 S.Caetano

 

Inicia-se assim também, aqui no blog, um relacionamento entre estas aldeias e lugares que na realidade sempre existiu e que nem mesmo a fronteira (desde que passou a existir) nunca conseguiu separar. O espirito da velha Galaécia nunca morreu e perdura ainda hoje na proximidade e identidade de uma cultura reforçada pela língua galega e portuguesa que acaba por ser uma só, com mais ou menos evoluções.

 

1600-videferre (80)

1600-videferre (50)

 Videferre

 

Mas também no contexto da identidade da cultura e língua as aldeias da proximidade da raia aprofundam mais o relacionamento, a cumplicidade e até a promiscuidade que nenhuma lei ou fronteira algum dia conseguiria enfraquecer ou separar, com Soutelinho da Raia a ser um exemplo e uma referência na História da raia como aldeia promíscua que o foi até ao tratado das fronteiras entre o Reino de Portugal e de Espanha,  de 1864, ou seja, uma aldeia que até essa data era metade portuguesa e metade espanhola, dividida a meio pela fronteira.

 

1600-espinho (18)

1600-espinho (59)

 Espiño

 

Claro que aqui no blog,  além da realidade atual e da História, também haveria lugar para as estórias, também elas reais, de contrabando e outros trabalhos partilhados, incluindo os do campo, de partilha de serviços quando eram necessários, de amores e desamores e tudo o mais que é possível passar-se entre vizinhos, sem esquecer os tempos da guerra civil espanhola .

 

1600-bouses (5)

1600-bouses (28)

 Bousés

 

Estórias e muitas que existem, mas isso já é outra loiça que dariam muitas páginas e que nem todas se querem contadas, mas a principal razão é mesmo não termos tempo para esse trabalho que se quer sério e cuidado. Pode ser que um dia, no futuro, também caibam aqui as estórias da raia. Não quer isto dizer que não venham aqui algumas estórias, mas para já a prioridade é mesmo mostrar em imagem as aldeias da raia da nossa proximidade.

 

1600-soutelinho (547)

 Soutelinho

 

Para já ficam pouco mais que duas imagens de cada uma desta aldeias, mas num futuro próximo das uma das aldeias galegas de hoje terá aqui um post mais alargado nesta rubrica de “A Galiza Aqui ao Lado”. Até já.

02
Ago15

Por terras de Soutelinho da Raia e Barroso


1600-soutelinho (461)

Imagem de arquivo (2011)

Tal como deixei aqui documentado no blog, na sexta-feira passada fui dar uma volta pela volta a Portugal em bicicleta que andava aqui por estas bandas, com meta final na Serra do Larouco. Pois sempre que vou até terras do Barroso via Soutelinho da Raia, após esta aldeia, paro por lá num alto onde há um grande penedo à beira da estrada e desde onde se avista a Serra do Larouco com toda a sua grandeza, por um lado, e do outro avista-se o conjunto, toda a aldeia de Soutelinho da Raia.

1600-larouco (150).jpg

Imagem de arquivo (abril de 2015)

A paisagem entre esse tal penedo e a Serra do Larouco e Soutelinho da Raia resume-se a uma vegetação rasteira e autóctone constituída à base de urze vermelha (também conhecida por torga vermelha cujo nome científico é a erica australis da família das ericaceae), carqueja ( baccharis trímera) e giestas (Cytisus striatus), entre outras espécies mais pequenas e de onde os saberes populares fazem a recolha das ervas medicinais para chás e outras mezinhas de tratamento das suas maleitas.

1600-barroso (88)

Claro que este tipo de vegetação não tem o valor monetário das florestas, principalmente aquelas que “se fazem depressa” para transformação em pasta de papel ou outros fins, mas têm o seu valor paisagístico e de espécies autóctones que embora algumas voltem a nascer, suponho que outras se perderão para sempre quando os incêndios as invadem sem dó nem piedade.

1600-barroso (80)

Pois há dias quando parei neste ponto de paragem obrigatória foi um cenário de terra queimada, desolador, que tinha à minha volta. Um cenário que revolta sempre. Uma revolta dupla, a primeira a da terra queimada e a segunda, a do negócio dos incêndios.

1600-barroso (84)

Sim, negócio dos incêndios, pois ninguém me convence do contrário com o dinheirão que se gasta no combate aos incêndios que, com bem menos, estou convencido disso, se poderiam evitar se houvesse uma aposta séria na prevenção, e mesmo que se gastasse o mesmo, seria um bom investimento, pois poupavam-se as florestas além de outros benefícios para as populações locais.

 

 

17
Jan15

Soutelinho da Raia com neve


1600-soutelinho (730)

Frio e chuva o mais certo é dar em neve, e deu. Foi a novidade no acordar de ontem que como sempre lanço o primeiro olhar exterior para o nosso Brunheiro onde nos pontos mais altos a neve tinha pousado timidamente.

1600-soutelinho (675)

Também já é sabido que quando a neve chega para o Brunheiro as nossas aldeias de montanha estão cobertas de neve, pelo menos em Soutelinho da Raia é certa e pela certa que o foi, pois não o pude testemunhar presencialmente.

1600-soutelinho (614)

 Serra do Larouco vista desde terras de Soutelinho da Raia

Assim, já perceberam que as fotos que hoje vos deixo não são de ontem, mas de há um ano atrás, mas pela amostra do Brunheiro, ontem e talvez ainda agora, o branco de Soutelinho seja mais branco. Pode ser que mais logo haja mais neve e quem sabe se não iremos por lá. Logo se verá!

 

 

07
Jun14

Soutelinho da Raia, a caminho do Barroso.


 

Hoje é sábado e como tal, por aqui no blog, também é dia das nossas aldeias do concelho de Chaves, hoje com a sorte a calhar a Soutelinho da Raia, uma daquelas que eu apelido de barrosãs, e, a sua vinda aqui hoje não é por mero acaso, mas antes, porque hoje mesmo vamos passar por ela.

 

E disse bem, vamos passar, lamentavelmente apenas isso pois gostávamos de estar por lá um bocadinho que fosse, mas o nosso destino é o Barroso mais profundo por onde hoje vamos andar todo o dia, tal como foi anunciado há dias, em mais um encontro de fotógrafos Lumbudus, Blogues e amigos à procura de registos da essência do Barroso. Mais logo, se houver tempo e ainda forças, pode ser que também por aqui fiquem algumas imagens do Barroso.

 

 

Para já duas imagens de Soutelinho da Raia. Uma do seu coração, da Rua da Capela e outra com vistas lançadas para a Serra do Larouco, para a face portuguesa da Serra, pois do outro lado já são terras da Galiza, embora com um mesmo povo e até, atrevo-me a dizer -  a mesma língua.

 

09
Fev14

Soutelinho da Raia e o Barroso


Soutelinho da Raia

 

Pois estávamos nós em Chaves quando olhando para o Barroso as primeiras montanhas se apresentavam cobertas de neve. Se as primeiras estavam assim como não estariam as seguintes – era nevão garantido, e a baixa temperatura e um céu carregado de nuvens prometiam mais neve. Já o disse por aqui que em questões de neve sou pior que os putos, gosto dela, que se há de fazer? Pois não resisti à tentação e lá fui eu à procura dela. A primeira paragem é sempre Soutelinho da Raia, aldeia flaviense que abre as portas para o Barroso oficial.

 

Soutelinho da Raia

Quem por cá anda há algum  tempo sabe que os nossos  dias de inverno não são muito certos, mas pela a aragem já vamos sabendo aquilo com que podemos contar e quando está ar de neve já sabemos que ela anda próxima e nunca se sabe quando ela nos cai em cima, ou ao lado. O sol e o céu azul são sempre enganadores nestes dias, pois nem tudo que parece, é, são antes coisas dos nossos invernos, e num de repente  lá se vai o sol à vida e o azul dá lugar a um cinzento escuro carregado que não tarda a cair sobre nós sem qualquer cerimónia em forma de chuva fria (cá em baixo no vale) ou  de neve nas terras mais altas da montanha.

 

Soutelinho da Raia

 

Como dizia atrás estes dias de Inverno são sempre enganadores, e desta vez até a mim me enganaram, pois chegado a Soutelinho da Raia o sol apareceu com tal força e o céu carregou-se de tal forma de azul que pensei ter a tarde de neve perdida, mesmo porque a neve  das ruas e dos telhados com a intensidade do sol deu para derreter, mas já que estávamos por lá, havia que aproveitar a luz que acabaria por ser de revelações.

 

Interior da Igreja de Soutelinho da Raia ( a imagem "fantasma" são coisas do longo tempo de exposição da fotografia)

 

Já se sabe que quando entramos nas aldeias as pessoas gostam de saber ao que vamos, o que no nosso caso não é difícil de saber, pois a câmara fotográfica denuncia-nos, mas um cumprimento é sempre obrigatório e de boa educação, mas acrescentar umas palavrinhas de circunstância ajudam sempre a criar um bom ambiente e, se tivermos tempo, podem-nos levar a verdadeiras revelações que nunca aconteceriam num cumprimento passageiro. Pois ao cumprimento acrescentei a lamentação do sol me estragar a neve para a fotografia e as palavras que recebi ainda eram de esperança – «Ontem também estava assim e de repente começou a ficar escuro e caiu pr`aí neve que cobriu tudo, mas se querem ver coisas bonitas é irem ali à igreja que estão a descobrir lá umas pinturas antigas nas paredes». Não nos fizemos rogados e já que a neve parecia ter ido para o galheiro sempre tínhamos as tais pinturas para descobrir – e descobrimos.

 

Ex voto pintado nas paredes da Igreja de Soutelino da Raia, datado de 1748

 

Por sinal uma agradável descoberta . Tratam-se de frescos, um deles datado de 1748, um ex-voto, sendo os restantes talvez da mesma época. Mas sobre os frescos falaremos oportunamente quando o trabalho estiver concluído e quando tivermos mais pormenores. Trabalho que está a ser realizado por uma empresa da especialidade às custas da fábrica da Igreja e que segundo entendi, sem qualquer apoio monetário a nível oficial, o que poderá por em risco a conclusão dos trabalhos. Louvo a atitude e o interesse da fábrica da igreja e temos pena que as tais entidades oficiais ignorem estes interesses, mas não é de admirar, pois agora há sempre a desculpa da crise, pelo menos para estas coisas,  a mesma crise que faz com que até todo o valioso (mais cultural que monetário) espólio de Miró que está em mãos do estado seja vendido sabe-se lá para onde ou para quem.  Procura-se o lucro fácil e rápido e perde-se toda uma riqueza cultural e mesmo financeira com o encaixe que esta coleção de Miró poderia trazer ao estado no futuro, mas tudo é de esperar de um governo que vende as suas joias e património cultural e que nem sequer tem um ministério que se dedique à cultura.

 

 

Pois teremos pena se o trabalho de por à vista todos os frescos da Igreja de Soutelinho da Raia for interrompido por falta de verbas, mas vamos acreditar que pelo menos haja alguns mecenas que queiram ajudar. Sobre o assunto iremos dando por aqui notícias e fica prometido um trabalho mais aprofundado sobre o assunto.

 

Soutelinho da Raia vista desde o Adro da Igreja

 

Mas regressemos à neve que, no entretanto da descoberta dos frescos, também voltou a cair em Soutelinho e com promessa de continuar pela tarde fora para repor o branco que nos levou até essas bandas da entrada no Barroso.

 

Soutelinho da Raia - Adro da Igreja

 

E já que estávamos na entrada do Barroso porque não entrar nele, mesmo porque os tais frescos da igreja nos levavam a entrar no Barroso para falar com o pároco da aldeia, o Padre Fontes, por sinal também ele um símbolo do Barroso e já que o destino passou a ser Vilar de Perdizes, porque não ir um pouco mais além, onde a neve bate sempre como quem chama por nós., e desta vez chamou mesmo.

 

Soutelinho da Raia - Ao fundo já se avista o Barroso

 

Meixide, Solveira, Gralhas e finalmente Montalegre, uma das capitais do Barroso, a do Norte, pois a do Sul é reivindicada por Boticas e na realidade assim deve ser, pois o que dá nome à região é a Serra do Barroso, com o ponto mais alto nos Cornos do Barroso  (Alturas do Barroso) a 1279m de altitude (a oitava maior elevação de Portugal Continental). Pois embora o ponto mais alto e grande parte da Serra do Barroso estejam em terras de Boticas também é certo que a vertente Norte da Serra do Barroso, já “verte” para terras de Montalegre que rematam precisamente numa outra serra - a Serra do Larouco.

 

Ao fundo a Serra do Larouco visto desde terras de Soutelinho da Raia

 

Pois se a Serra do Barroso é a oitava maior elevação de Portugal Continental, a Serra do Larouco sobe ao pódio ao ser a segunda maior elevação de Portugal Continental, com os seus 1527 m de altitude atingidos na Fonte da Pipa. Gosto de me referir à Serra do Larouco como o Deus Larouco. Na realidade o Deus Larouco era o companheiro do Deus Júpiter - I(ovis) Soc(io) Larouco a quem os soldados da Legião VII Gemina Pia Felix (Vilar de Perdizes) ergueram um santuário denominado de Pena Escrita (Penascrita), situado num altiplano da Serra do Larouco, num local abrigado à altitude de 827 metros, permitindo assim que se congregassem rituais de culto nas estações mais agrestes quando o cume do Larouco é assolado por ventos fortes, cortantes e frios, ou por nevões persistentes.

 

27
Abr13

Soutelinho da Raia - Chaves - Portugal


 

Como o tempo não tem andado de feição para grandes reportagens nas nossas aldeias, vamo-nos valendo do nosso arquivo para trazer aqui imagens do nosso mundo rural e, felizmente que há aldeias como a de Soutelinho da Raia onde há sempre uma imagem para trazer aqui e, é com gosto que o faço, pois Soutelinho é uma das poucas aldeias que ainda mantém a sua virgindade de aldeia tradicional transmontana, onde se tem reconstruído com gosto e onde felizmente há poucos atentados à sua dignidade. Claro que também sofre do envelhecimento e de despovoamento, aqui não é exceção, mas, embora com muito casario abandonado e em mau estado, é preferível vê-lo assim, pois sempre há a esperança de que melhores dias virão para uma boa recuperação, do que vê-lo transformado numa modernice pirosa que em nada dignificam as nossas aldeias. Claro que as modernices também devem ter lugar nas aldeias, mas em lugar próprio, fora do seu núcleo.



18
Ago12

Aldeias da Raia – 0 (zero)/ Soutelinho da Raia, Videferre, Espiño e Bousés



Soutelinho da Raia

Como sabem aos sábados e domingos este blog vai até às aldeias do nosso concelho de Chaves. Já por aqui passaram todas e a grande maioria já passou por aqui mais que uma vez, além das freguesias que também, cada uma delas, teve aqui o seu post. Mas desde o início deste blog que me apeteceu ir um bocadinho mais além das nossas aldeias, pelo menos até às aldeias vizinhas daquelas que estão no limite do nosso concelho e com as quais, pela vizinhança entre elas, sempre houve relacionamentos e trocas comerciais e laborais,  de amizades e amores, embora às vezes, nalguns casos, o contrário também seja verdadeiro, principalmente em tempos não muito distantes onde as rivalidades também faziam parte do quotidiano de aldeias vizinhas.



Videferre

Penso que por esse nosso Portugal fora se vai repetindo um pouco aquilo que se passa por cá, mas nós, além da vizinhança dos concelhos de Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Boticas e Montalegre temos ainda os concelhos galegos da raia como vizinhos e com esses, embora também tivesse havido sempre relacionamentos entre as aldeias vizinhas de ambos os lados da fronteira, nem sempre foram facilitados como entre aldeias portuguesas ou como hoje em dia. Muitas das vezes, ou quase sempre, só na clandestinidade é que esses relacionamentos eram possíveis, principalmente no tempo em que de ambos os lados da fronteira a democracia ainda era uma miragem, mas também por essa razão esses relacionamentos se tornavam mais interessantes e intensos e não havia um Salazar ou um Franco que travassem amizades, amores, mas sobretudo o contrabando entre as aldeias de ambos os lados da raia.



Soutelinho da Raia

Estou em crer que todas as aldeias da raia têm saudades desses tempos. Tempos difíceis, é certo, mas com aldeias cheias de vida, com muita gente e sobretudo com um modo de vida que ia fazendo a sustentabilidade desse povo que vivia em cima da raia. O contrabando, direta ou indiretamente era esse garante, não só através dos profissionais que de ambos os lados (contrabandistas/guarda-fiscal) faziam dele a sua vida, mas de todos que à retaguarda usufruíam dele, pois contrabandistas e guardas-fiscais davam filhos paras as escolas, povoavam as aldeias, dinamizavam o comércio local e as trocas comerciais e, nos tempos livres, dedicavam-se à agricultura e outras profissões. Com a abertura das fronteiras mas sobretudo com a entrada na Comunidade Europeia de Espanha e Portugal, as aldeias da raia ficaram pasmadas a ver partir os seus e, registe-se, que só da parte dos guardas-fiscais e respetivas famílias, foram às largas dezenas em cada aldeia com posto da GF que fizeram as trouxas e abalaram para as cidades.



Bousés

Faltava assim a este blog andar pela raia, de ambos os lados da fronteira, pois todas as aldeias portuguesas da raia do nosso concelho, tem a sua correspondente do outro lado da raia na Galiza. Vamos começar em Soutelinho da Raia que do outro lado tem as aldeias galegas de Videferre, Espiño e Bousés, para quando pudermos terminarmos em Segirei que do outro lado tem Tomonte e Soutochão.  Ao todo são cerca de 50 aldeias repartidas por ambos os lados da raia que irão passar por aqui. Não prometo que seja de seguida, pois falta-me ainda fazer a recolha fotográfica de algumas aldeias galegas, mas irão passando por aqui conforme for tendo disponível material fotográfico e outros dados da raia.


Videferre

Para já fica Soutelinho da Raia, Videferre e Bousés, esta última vista desde o S.Caetano. Falta Espinõ da parte galega, mas também passará por aqui numa próxima oportunidade e com mais dados que vou querer acrescentar a estes post’s de “Aldeias da Raia”, pois o de hoje ainda não vale a sério, é só o anúncio de crónicas que terão de ser feitas com peso e medida e que terão ainda muito trabalho para realizar.



Sobre mim

foto do autor

320-meokanal 895607.jpg

Pesquisar

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

 

 

19-anos(34848)-1600

Links

As minhas páginas e blogs

  •  
  • FOTOGRAFIA

  •  
  • Flavienses Ilustres

  •  
  • Animação Sociocultural

  •  
  • Cidade de Chaves

  •  
  • De interesse

  •  
  • GALEGOS

  •  
  • Imprensa

  •  
  • Aldeias de Barroso

  •  
  • Páginas e Blogs

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    L

    M

    N

    O

    P

    Q

    R

    S

    T

    U

    V

    X

    Z

    capa-livro-p-blog blog-logo

    Comentários recentes

    FB