As cascatas de Segirei
Há poucos dias atrás fui a Segirei em missão de agradecimento e cumprimento de uma promessa que tinha feito meses atrás e, ir a Segirei e não dar uma espreitadela as cascatas é mesmo como ir a Roma e não ver o Papa e, a comparação não poderia ser mais precisa, pois nem o Papa está em Roma, nem as cascatas estão em Segirei, mas eu já explico.
Pois a primeira vez que ouvi falar das cascatas de Segirei foi há coisa de vinte e tal anos atrás, quando andando eu a servir de guia a uns técnicos da comunidade europeia, em Mairos encontrei o Padre Delmino e ele me disse - «leve-os às cascatas de Segirei, aquilo sim é que vale a pena ver». Ora bem, o tempo não era muito e ir Segirei na altura não era pera doce, pois o trajeto mais complicado ainda se fazia em terra batida e de inverno, era uma autêntica aventura ir para terras de S.Vicente da Raia, e depois, eu desconhecia onde ficavam as tais cascatas, mas ficaram-me no ouvido.
Vai daí que quando comecei esta aventura do blog, as cascatas de Segirei entraram logo no meu roteiro de descobertas, mas mesmo assim não foi à primeira que me calharam em caminho, mas um dia calharam, e não é que o Padre Delmino tinha razão… aquilo vale mesmo a pena ver, apreciar e desfrutar com toda a calma do mundo, e sempre que vou por lá, todo o tempo é pouco.
Só falta mesmo a explicação de as cascatas de Segirei não serem de Segirei, porque de facto não o são, embora entrem quase pela aldeia adentro, as cascatas já estão do outro lado da raia, na Galiza, perto de Soutochão, mas não tanto como de Segirei.
Ficam três imagens do riacho a correr já apressado paras as tais cascatas, pois essas ficam para uma próxima oportunidade (embora já haja imagens delas neste blog). Já imagens que se podem ver ao longo de umas centenas de metros percorrendo um percurso pedonal que outrora também foi trilho de contrabando, um percurso que também apetece sempre percorrer mesmo não sendo amante de caminhadas.