Repórter de Serviço - O burro do polis e a pancada
Primeira Reportagem
Já há muito que não passávamos pelo parque infantil do Polis, pois tinha medo que a minha criança caísse ao pântano e o burro, com o susto, lhe desse um coice. No entanto, há dias, andando eu a fotografar as nossas névoas junto ao rio, passei pelo dito parque e eis que dei comigo a dizer: - Tá fixe, foi-se o pântano e o burro! – um bocadinho mais à frente, dei-me conta que afinal, o burro e as vacas, estavam deitados na relva a descansar.
Se criticar não custa nada, o elogio também deve ter o mesmo preço. Assim, da minha parte, fica o elogio para os trabalhos que se estão a fazer no parque infantil e levam com um “Tá Fixe”, no entanto, o Repórter se Serviço fica à espreita e à espera que o burro e também as vacas, regressem ao seu local de origem, para então sim, levar com um Tá Fixe definitivo.
Segunda Reportagem
Há dias, num passar de horas qualquer, virei os meus destinos em direcção à serra até que cheguei a uma curiosa placa toponímica onde rezava assim: “Rua da Calcada Romana”. Primeiro ainda esbocei um sorriso malandro pela ausência de um acessório qualquer numa das letras, mas depois fiquei mais sério. Poderia ser ignorância minha. Mal chegeui a casa, agarrei no dicionário e toca a consultar o significado da palavra “calcada”, onde diz: calcada s.f. 1 acto de calcar; 2 luta; pancadaria.
Mais uma vez o sorriso malandro não tinha razão de ser. Afinal era mesmo ignorância minha o não saber que por aqueles lados, ao que parece, os romanos lutaram e andaram à pancada. E já que temos um Bairro da Moca, porque não uma Rua da Pancada!? Tá bem e só não leva um tá fixe porque eu não vou muito em lutas, pancadas e violências.
Já a seguir, o Discurso Sobre a Cidade de hoje, de autoria de Tupamaro.