Cidade de Chaves - Um olhar
Cidade de Chaves, um olhar…às vezes apetece-me acrescentar umas palavras, dizer umas coisas, mas como sei que aquilo que meus olhos veem não veem o mesmo que os dos outros veem, e que o mesmo se passa com os sentimentos e com todas as coisas… prefiro o silêncio, esse amigo que nunca trai, ou então, ser generoso e dar-vos a liberdade de ver e sentir o que quiserem, e depois, além de ser muito mais cómodo para mim, sei que assim nunca serei mal interpretado. Mas não pensem que foi fácil chegar aqui, pois estive com a página em branco mais de uma hora à minha frente para dizer isto, não porque a folha em branco tenha o poder de castrar aquilo que quero dizer, mas sim por ter andado em modo de introspeção e pela companhia musical que escolho nesses momentos, Johannes Brahms neste caso, e não estou a dar uma de erudito ouvinte de música clássica, longe disso, pois nem sequer sou freguês frequente deste tipo de música, mas gosto em particular da música deste rapaz, principalmente porque me faz companhia e não incomoda, geralmente até escolho o jazz para estes momentos, mas hoje apeteceu-me este… para quem não queria dizer nada já é muito palavreado.