Toca a brincar ou pelo menos recordar...
De tão ocupados, preocupados e outros ados que tais, com as modernidades e outras distrações e competições, sem serões à lareira e o tempo da rádio, vamo-nos esquecendo de brincar e quando o queremos fazer, já não sabemos como… pelo caminho vamos perdendo e esquecendo tradições, saberes e valores que eram passados de geração em geração, os provérbios e adágios para todas as situações, as cantigas populares, as lengalengas, os trava-línguas…
Eu ainda brinco, às vezes, sozinho, já não tenho com quem, já ninguém está pra isso, tão, tão…
Tão Balalão
cabeça de cão
orelhas de gato
feijão carrapato
E quando me dá pra isso, como estou só, ninguém me cala o bico…
Bico bico sarrabico
Quem te deu tamanho bico
Foi a velha chocalheira
Que come ovos com manteiga
Os cavalinhos a correr
E os meninos a aprender
Qual será o mais espertinho
Que melhor se vai esconder.
Coisas deste tempo…
O tempo perguntou ao tempo
Quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu ao tempo
Que o tempo tem tanto tempo
Quanto tempo o tempo tem.
E eu que o diga, assim fui apendendo…
Fernandinho foi ao vinho
Parte o copo no caminho
Ai do copo, ai do vinho
Ai do cu do Fernandinho
E aprendendo, se aprendia a responder…
Nove vezes nove
Oitenta e um
Sete macacos
E tu és um
Fora eu
Que não sou nenhum
Um brinde a estas coisas…
Copo, copo, jericopo
Jericopo, copo cá.
Quem não disser três vezes:
Copo, copo, jericopo
Jericopo, copo cá,
Por este copo não beberá.
Toca a brincar, que
A Vida são dois dias o de ontem já passou e o de hoje está a acabar ...
E com esta me bou!