Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
.
Enquanto uns partem das merecidas férias que passaram na terrinha, outros regressam.
Embora o blog continuasse a marcar aqui presença diária, o seu autor gozou uns poucos dias de férias, ausente da terrinha como convém mas, como sempre, chegou o dia do regresso à rotina dos dias.
Pois ontem fui à procura das novidades da cidade mas continua tudo na mesma, ou quase, pois a única novidade digna de realce é a ponte pedonal (entre a Ponte Romana e as Poldras) que já começa a ganhar forma e já tem tabuleiro lançado entre as duas margens.
Como hoje é dia de vídeo e também de regresso, regressei também um pouco no tempo, nos dias em que o regresso à terrinha se fazia pela Nacional 2 por, estrada por onde se faziam a maioria das partidas e regressos, por aquela que era a entrada principal da cidade, pela recta (agora interrompida) que então só de vê-la (nos regressos) a pele de galinha nos invadia e picava todo o corpo. Um elogio à memória!
Até amanhã, com outros olhares!
.
O que Chaves precisa, é de poesia
E também olhos de poeta
Palavras não
olhares
Andorinhas no ar
São adoráveis as andorinhas
Mas chatas, e fazem muito barulho
Não param quietas e como hoje é Domingo
O que eu preciso é de paz e poesia
O sofá é um paraíso
Dos pobres e remediados, claro está
Mas também como as andorinhas
É chato
Não faz barulho e está muito quieto
Vou dar uma volta
Podia girar sobre mim próprio
E era o mesmo
Mas não
Somo teimosos
Engrandecemos as voltas
Vamos lá baixo…
As andorinhas são chatas…
O sofá já chateou o suficiente…
…
…
…
Ah!
Sempre temos o rio e a Madalena
Ai a Madalena, conheci uma que…
Voltemos ao rio
Sem patos
Mas com pescadores
Pescar é muito poético
Eu já pesquei uma vez
Gostei muito de pescar
Mas nunca pesquei nada
Pensando bem, acho que pescar
Também era uma chatice
Bem, vamos embora
Isto é letra de canção
A música também é poesia
Não se olha nem se apalpa
Mas é poesia…
Estava no ir
Que por cá até se diz – bou-me (embora)
Embora antes
De partir…
inocentar os inocentes
Com poesia
Não vão as posturas
Por força da lei
Apreender, capturar, confiscar, deter,
Segurar, tomar, pegar…
Um minuto que seja de olhares clandestinos
Com todos os significados
Que a língua portuguesa é muito traiçoeira
Pois!
Nem houve caravana a passar
Nem cães a ladrar
Apenas
Pecadores a desmontar
Perdão!
Pescadores.
E nada mais vi…
E venha daí alguém, dizer que isto não é poesia de Domingo à tarde!
Até amanhã, com o olhar poético e escorreito de outros artistas.
.
Sem dúvida alguma que estas vistas que hoje vos deixo de forma apressada e trapalhona, são das mais apreciadas por quem nos visita. O castelo (torre de menagem) atrai todos quantos o avistam ao longe e digamos que atrai e bem, pois este é um dos pontos obrigatórios de visita da cidade, pena é que um que um dos maiores mamarrachos de Chaves suje as vistas de quem visita os jardins do castelo, pois tudo o resto, embora não seja perfeito, até se pode apreciar.
.
Concorda que a Ponte Romana passe a ter utilização unicamente pedonal?
Foi esta a questão que se levantou (online) há pouco mais de um mês atrás sobre o futuro da Ponte Romana de Chaves, a nossa Top Model, uma questão que até ao preciso momento obteve 5043 respostas, das quais 82% dizem sim a uma utilização unicamente pedonal, 17%, dizem não e, 1 % não tem opinião. Seria caso para dizer que a questão está resolvida e o povo já decidiu…seria se a lógica da vontade popular tivesse algum efeito sobre quem decide o futuro da ponte, mas nem sempre a lógica da vontade popular manda na decisão de quem decide e outros “valores” se lhe sobrepõem.
Da parte da blogosfera flaviense aderente fizemos tudo para que todos pudessem expressar a sua opinião livremente sobre o futuro da nossa top model Ponte Romana, quer na votação online que esteve disponível até ao dia de hoje, quer nas opiniões e comentários que foram deixando ao longo de pouco mais de um mês na mesma plataforma da votação online.
Esta votação vale o que vale, mas ficou bem expressa qual a opinião dos flavienses online (e não só) quanto a uma utilização exclusivamente pedonal ou não, bem como se trouxe a debate outro problema que desde início se misturou e confundiu com a pedonização da Ponte Romana, ou seja o problema do comércio tradicional, em particular o da Madalena e digo confundiu e misturou, porque todos sabemos que o problema do comércio tradicional na Madalena não passa pela Ponte Romana ter ou não trânsito automóvel, já o mesmo não acontece com a ponte, pois todos sabemos (também) que o trânsito automóvel em nada contribui para a preservação e dignificação de um monumento nacional com quase 2000 anos de existência. Claro que todos queremos que estes 2000 anos se prolonguem por muitos mais anos e, pondo os interesses particulares ou de uma minoria de parte, todos sabemos que só há uma maneira, ou melhor – uma das maneiras de prolongar a vida da nossa Top Model e que passa precisamente pela sua pedonização.
Para a história da cidade e da Ponte Romana, e para todo o sempre, ficará registado quem a construiu, mas também quem teve a coragem de a tornar exclusivamente pedonal. Poderá ser agora, pois há todas as condições para que isso aconteça, principalmente porque tal decisão é apoiada pela vontade da maioria da população, mas também poderá não acontecer e os responsáveis por tal decisão virem num futuro próximo a ser responsabilizados ou penalizados por uma decisão que foi tomada contra a vontade popular, com o risco serem acusados também de mal gastar dinheiros públicos em pressupostos benefícios de um monumento nacional, do qual não se tirou qualquer benefício, antes pelo contrário, pois com a abolição de passeios na ponte, agora está em risco a circulação pedonal (a manter-se com automóveis).
Estou em crer que o bom senso e a vontade popular se vai sobrepor a outros interesses, a não ser assim, mais uma vez teremos pena.
Uma palavra também para os comerciantes tradicionais da Madalena e em geral de toda a cidade, pois é minha opinião e também da maioria da população (e que afinal de contas são os clientes desse comércio tradicional) que existe um problema real no seu seio, mas que esse mesmo problema nada tem a ver com a Ponte Romana, pois quer ela tenha ou não trânsito automóvel, o seu problema vai continuar. Os tempos mudaram e a venda a granel ou de caderneta já há muito que lá vai. Modernização precisa-se, qualidade também e o cliente de hoje é comodista, prático e com falta de tempo e, prefere fazer as suas compras num todo-em-um, do que andar de capela a capela a pedir isto e aquilo e ainda para mais quando não tem sítio para parar o seu carro. Estamos no século XXI, onde todas as políticas (infelizmente) apontam para a concentração, para os grandes capitais, para os monopólios, para os grupos, para os franchising e outros palavrões do género. Pergunto eu o que fez a Associação Comercial de Chaves para a modernização do seu comércio ou melhor, contra a abertura das grandes superfícies em Chaves, que essas sim são em muito responsáveis pela “falência” do comércio tradicional e não se queixam de falta de clientes. Perguntem-se os próprios comerciantes porque tal acontece!?
É tempo de deixar a hipocrisia de lado e olhar para os reais problemas da cidade e eles não passam pela Ponte Romana com ou sem carros. Os problemas estão à vista de todos, só não os vê, quem não quer.
Hoje é o último dia da votação online sobre o futuro da ponte. Votação que vale o que vale, mas que expressa a opinião do pessoal que anda nestas coisas da net. Assim, se ainda não votou, aproveite este último dia para votação, pois amanhã, dia da cidade de Chaves esta votação encerrará.
Até amanhã, dia da cidade de Chaves, apenas isso, pois quanto a festas … estão como o comércio tradicional, nem pompa nem circunstância, mas vai haver foguetes no ar, ou seja, barulho!
Até amanhã, com outro olhar sobre Chaves!
.
Pois hoje começo precisamente onde o vídeo termina, ou seja nos semáforos do Campo de Cima e, até dá vontade de dizer (à moda do poeta maior) EIA, EIA LÁ! Até que enfim, pois qualquer coisa que fosse feita por este cruzamento, só peca mesmo por demorar tanto.
Desde que a Ponte de S.Roque entrou em funcionamento, este cruzamento era uma dor de cabeça e um perigo constante. A colocação dos semáforos não sei se foi a melhor solução, nem isso interessa, pois o que interessa mesmo é que foi uma decisão acertada e que há muito era pedida e resolveu um problema. Claro que este e muitos problemas do trânsito em Chaves, passa precisamente pelas pontes que temos, ou não temos e, também pela falta de um planeamento sério da cidade, que além de nunca ter existido (na prática), vai sendo remendado ao longo dos anos.
As pontes e a sua funcionalidade ou função, merecem um post mais alargado e que passam resumidamente por retirar algum trânsito (o possível) da Ponte Engº Barbosa Carmona (Ponte Nova) que será possível desde que os acessos fundamentais à ponte de S.Roque seja executados e que passam por um acesso digno desde o Lameirão e outro desde a E.N. 314, com a ligação desta à Adega Cooperativa (ligação que aliás está projectada há anos) e a jusante (na entrada da cidade) a resolução do problema de trânsito no largo do Monumento aos Mortos da Grande Guerra e que, a meu ver, passa mesmo pelos túneis do Neves, os mesmo que ajudaram na sua eleição e que após a mesma foram esquecidos. Lá dizia o outro que promessa de político não é para cumprir.
Por último e para o fim, fica a nossa Top Model Ponte Romana, a qual com a sua pedonização total e exclusiva, resolveria parte dos problemas do trânsito no centro histórico além de resolver também os constantes problemas de trânsito na Madalena. Só quem não quer ver é que não vê que a Madalena está muito melhor agora sem o trânsito da Ponte Romana do que com ele, e mesmo o problema (que é sério) dos comerciantes da Madalena (tal como os de Santa Maria Maior), não está no trânsito da Ponte Romana, mas noutros problemas, conhecidos de todos os comerciantes tradicionais de todas as cidades e também dos seus políticos, mas principalmente o problema dos comerciantes está em quem os representa ou não e nos seus clientes ou falta deles. Por acaso já alguma vez se perguntaram porque é que as grandes superfícies continuam cheias de gente, principalmente nos finais de mês!? Não culpem a coitada e velhinha Top Model Ponte Romana dos problemas que ela não causa!
Debater a cidade também é preciso, mas admito ser uma tarefa impossível, principalmente e enquanto as pessoas, os cidadãos, não conseguirem despir a cor clubista do seu partido e aceitam a opinião formada por meia dúzia de “iluminados”, que não interessa ser a melhor para a cidade, desde que seja a melhor para os levas ou manterem o poder. A democracia tem as suas fragilidades, vícios e doenças e até a ilusão de nos fazer sentir que decidimos, quando já tudo está decidido. Vai-nos restando a liberdade de expressão, mesmo que ninguém nos oiça ou essa liberdade tenha os seus custos, mas também anda por aí muita “liberdade” comprada ou fingida…
E por hoje é só isto, amanhã cá estarei de novo com um olhar diferente do meu sobre a cidade de Chaves.
Até amanhã!
.
Embora a música que acompanha o filme seja “Uma pronúncia do Norte” dos GNR, apeteceu-me musicar o vídeo com aquela do “Onde é que você vai Domingo à tarde”, mas desisti, não fosse alguém ficar com ideias de que aos Domingos à tarde acontecem coisas em Chaves.
A bola já acabou (sempre ia entretendo alguns flavienses), cinema, sempre vai havendo o do TEF, mas para azar de alguns adultos, ontem era para putos e depois tirando os pequenos grupos de amizade de quem gosta de pedalar, dos todo o terreno, dos que caminham, só nos restam mesmo duas ou três ocupações para o Domingo à tarde: O sofá; a relva do jardim; ou ir até ao Alto da Trindade, ao Retail City Parque, onde aliás recomendava uma visita a muitos dos nossos comerciantes do comércio tradicional e aos seus responsáveis, para verem e saberem, algumas das razões dos seus lamentos… e a coitada da nossa Top Model, é que arca com as culpas!
Até amanhã, com outros olhares sobre a cidade de Chaves.
SEM COMENTÁRIOS
Ontem anunciei que hoje se inaugurava por aqui uma nova rubrica, pois ela aqui está.
Embora eu seja um apaixonado da fotografia, de vez em quando também me rendo ao vídeo e, se tivermos por aqui um vídeo uma vez por semana, não fará mal a ninguém.
Esta nova rubrica terá o nome de “Um minuto de…” pois serão filmes muitos breves de aproximadamente um minuto sobre uma rua, uma praça ou um acontecimento de Chaves.
Hoje para inaugurar, o filme terá excepcionalmente cerca de 5 minutos, mas é por uma boa causa, pois é pela nossa Top Model Ponte Romana.
E depois deste vídeo, cada um que se questione como quiser, pela minha parte, e pondo de parte muitas e boas razões, a ponte é muito mais agradável com pessoas em toda a sua largura de com os carros da discórdia.
Pensem nisso, pela minha parte já sabem que a ponte, é SEM CARROS.
Até amanhã!
91 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
*Jardim das Freiras*- De regresso à cidade-Faltam ...
Foto interessante e a preservar! Parabéns.
Muito obrigado pela gentileza.Forte abraço.João Ma...
O mundo que desejamos. O endereço sff.saúde!
Um excelente texto, amigo João Madureira. Os meus ...