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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

08
Fev20

Valverde - Chaves - Portugal


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Valverde

 

Hoje vamos até à aldeia de Valverde com imagens (fotografias) que são recentes demais para serem antigas, e antigas demais para serem recentes, ou seja, são todas de duas passagens que fiz pela aldeia em 2006 e 2008. Não é nada, mas já lá vão 14 e 12 anos, respetivamente. Quero com isto dizer que todas as imagens são de arquivo, não atuais. Talvez seja tempo de voltar por lá, e lá iremos, mas para já, ficam estas, de uma aldeia que, também, apenas aqui teve um post nos últimos 15 anos. Imperdoável, mas penso redimir-me dessa falha, iniciando hoje mesmo, trazendo aqui fotos que não foram publicadas no seu post.

 

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E claro também iremos deixar aqui o seu devido vídeo, com todas as imagens publicadas, mas antes, uns apontamentos para quem quiser visitar a aldeia.

 

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Há várias formas de chegar à aldeia, mas tirando as mais complicadas e pouco recomendadas, deixo duas, uma mais fácil e outra mais complicada, mas também mais interessante.

 

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A forma mais fácil, é via Vidago, pela EN2, abandonando esta já dentro de Vidago em direção à escola secundária e aí terá indicações (placas) a indicar o caminho de Valverde. Menos de 2km separam Vidago de Valverde.

 

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A forma mais complicada, mas não muito, é muito mais interessante e para muitos, pela certa, que será uma agradável descoberta. Esta é via E314 (estrada de Carrazedo de Montenegro) até ao Peto de Lagarelhos, aí devemos abandonar a E314 em direção a Loivos, mas só por uns metros, pois devemos (ainda no Peto) virar à direita em direção a Ventuzelos, onde logo na entrada desta aldeia, onde existe uma rotunda em forma de lágrima, ou se preferirem, uma lágrima com sinalização de rotunda, devem virar tudo a direita, numa curva com 90º. Depois é seguir sempre pelo asfalto, mas à saída da aldeia não deixe de subir até à capela de Stª Bárbara.

 

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Seguindo pela estrada de asfalto, com atenção, pois embora com bom piso a estrada é estreita e com muita curva, chegaremos a Vila Boas (também para visitar) e depois, é sair em direção a Vidago e Valverde, a meia dúzia de quilómetros.  

 

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E agora sim, o vídeo com todas as imagens de Valverde  publicadas no blog até à presente data.

 

 

Link para posts neste blog dedicados à aldeia:

 

https://chaves.blogs.sapo.pt/266468.html

 

16
Jan10

Mosaico da Freguesia de Selhariz


 

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Localização:

A 16 km da cidade de Chaves, a Sul desta, no miolo daquele grande triângulo cujos vértices se encontram em Vidago, Peto de Lagarelhos e Chaves, terras do grande Vidago como eu costumo dizer por aqui, numa área interior do concelho e sem visibilidade a partir das 4 grandes ligações rodoviárias a Chaves (EN2, EN103, EN 213 e EN 314), ou seja, é uma daquelas freguesias que não fica na passagem destes itinerários e que para ser conhecida, temos que propositadamente ir lá. Hoje, felizmente, com uma rede estradas e caminhos municipais, que com novos rompimentos e a pavimentação das vias existentes já permitem uma visita à freguesia quando alguma dignidade, coisa que há 20 ou 30 anos atrás não acontecia.

 

Confrontações:

Confronta com as freguesias de Oura, Vidago, Vilarinho das Paranheiras, Vilas Boas e Loivos, todas do concelho de Chaves.

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Coordenadas: (Adro da Igreja de Selhariz)

41º 38’ 07.70”N

7º 32’ 05.50”W

 

Altitude:

Variável – acima dos 400m e abaixo dos 550m

 

Orago da freguesia:

Nossa Senhora da Expectação

 

Área:

8,55 km2.

 

 

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Acessos (a partir de Chaves):

– Com partida do Raio X, tanto podemos tomar a EN 2 como a EN 314. A partir dessas duas estradas, são várias as alternativas que se podem tomar para chegar até à freguesia de Selhariz, no entanto, para quem não conhece a nossa malha viária de estradas e caminhos municipais, o melhor será mesmo seguir os itinerários principais que obrigatoriamente nos levam até Vila Verde de Oura, e só a partir de aqui, é que entramos na freguesia de Selhariz. Ou seja, se tomarmos a Nacional 2, teremos que ir até Vidago e ali apanha-se a E.N.311-3 em direcção a Loivos, até Vila Verde de Oura. Se a opção for a Estrada Nacional 314 , no Peto de Lagarelhos tomamos a mesma E.N. 311-3, mas agora em direcção contrária, até Vila Verde de Oura.

 

Acessos (a partir de Vidago):

– A Estrada Nacional 311-3, até Vila Verde de Oura. Existe uma outra ligação interior pela E.M. 549, com início junto à Escola Secundária de Vidago, que faz ligação também à freguesia de Selhariz, via Valverde, aldeia já pertencente à freguesia.

 

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Aldeias da freguesia:

            - Selhariz

            - Fornos

            - Valverde

            - Vila Rel

 

Vila Rel (Rei ?) embora conste oficialmente como uma aldeia da freguesia, nunca passou de um lugar com um pequeno conjunto de 3 ou 4 casas com igual número de famílias. Será fácil compreender assim, ter sido a primeira vítima do despovoamento total do lugar. Hoje em Vila Rel só existem ruínas quase que cobertas pelas silvas e mato, que deixam uma ténue memória de ali em tempos ter existido vida.

 

Fornos, é outra pequena aldeia, com meia dúzia de casas e outras tantas famílias. Não disponho dados actualizados, mas em 1991, a sua população residente já se limitava só a cerca de 30 pessoas.

 

Valverde e Selhariz, são as duas “grandes” aldeias da freguesia

 

População Residente da Freguesia:

            Em 1900 – 415 hab.

            Em 1920 – 388 hab.

Em 1940 – 515 hab.

            Em 1950 – 593 hab.

            Em 1960 – 585 hab.

            Em 1981 – 407 hab.

Em 1991 – 315 hab.

            Em 2001 – 311 hab.

 

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Principal actividade:

- A agricultura, floresta, pastorícia, tudo em pequena escala e explorações familiares e, bem longe, da actividade dos meados do século passado…

 

Particularidades e Pontos de Interesse:

Se a interioridade da freguesia a torna um convite constante à partida dos seus filhos, também é a mesma que lhe dá algum interesse natural e paisagístico.

 

É um freguesia em que o abandono é bem notório. Excepção para a sede de freguesia, a aldeia de Selhariz,  que ainda mantém muita vida, com gente nas ruas, uma Associação Cultural e Recreativa em actividade e existente desde 1960 que conta com um Rancho Folclórico que tem abrilhantado diversas festas da região, marcando também presença habitual em diversos eventos levados a efeito em Chaves.

 

Mas vamos a um pouco da história possível da freguesia, que ao contrário da grande maioria das freguesias do concelho, esta, não é nada rica em vestígios e achados arqueológicos, pelo menos em toda a literatura possível que encontrei sobre a freguesia, não há menção de vestígios ou achados arqueológico na freguesia. No entanto, a toponímia garante de certa forma um povoamento anti-medieval, a crer mesmo pelo topónimo Selhariz, que segundo dizem os livros, será provavelmente genitivo antroponímico de origem germânica, que talvez remonte ao tempo da reconquista afonsina, de D. Afonso III de Leão. Já são no entanto relevantes as notícias documentais e arqueológicas respeitantes à época baixo-medieval. Valderde, por exemplo, terá recebido “carta de foro” datada de 1259, por acção do arcebispo de Braga, D. Martins Geraldes.

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Foto de arquivo incluinda no post de Selhariz

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Na altura da minha última visita a Selhariz, referiam-me a existência de vestígios de um castelo junto à igreja paroquial, e ainda visível em alguns componentes de uma casa de habitação. De facto, segundo defendem alguns autores, tratar-se-á dos restos de uma torre senhorial já noticiada  nas “Memórias Paroquias de 1758” e cuja edificação se atribuía popularmente (já nessa altura) “aos mouros”. Hoje restam ténues vestígios dessa torre em algumas paredes espessas (cerca de 1 metro de largura) das quais também o betão se foi apoderando do local, adossando-lhe construções. Hoje só uma fértil imaginação conseguirá ali ver uma torre senhorial e mais fértil ainda, para ali imaginar um castelo.

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Foto de arquivo incluida no post de Fornos

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Seja como for, bem junto a esse local, está a Igreja Matriz, com uma traça setecentista, bem simpática por sinal, pena a fachada principal esbarrar quase contra a fachada de outra construção fronteira, formando entre elas um estreito corredor que tira parte da “simpatia” à Igreja, que invoca a Nossa Senhora da Expectação, tornando o seu alçado lateral direito, como o mais simpático e único inteiramente visível, em frente ao qual se desenvolve o adro da igreja. Mas se por um lado as construções vizinhas “abafam” a igreja, por outro dá-lhe um certo romantismo, principalmente no acesso secundário ao recinto que se faz por um pequeno portão que para atingi-lo, praticamente quase se passa pelo pátio de uma das mais belas construções típicas e tradicionais do granito, embora velhinha.

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Foto de arquico incluida no post de Valverde

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Também se realçam na freguesia algumas casas de cariz senhorial, uma em Valverde, com uma belíssima chaminé, e duas contíguas em Selhariz, esta transformadas em turismo de habitação. Mas destas casas e no que diz respeito a cada aldeia jé em tempos prestamos aqui constas, no seu respectivo post alargado que cada uma das aldeias teve, incluindo a de Vila Rel (ou Rei – a eterna dúvida), que fica na história do concelho como a primeira aldeia vítima do despovoamento total no Século XX, vitima das políticas centralistas da capital ou capitais e sedes do poder. Tudo a junto e ao molho, como um rebanho, é mais fácil de governar… quem fica para trás, é tratado com ronha como se de uma ovelha negra se tratasse.

 

 

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Foto de arquivo incluida no post de Vila Rei(l)

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Link para os posts neste blog dedicados às aldeias da freguesia:

 

            - Selhariz

 

- Fornos

 

- Valverde

 

- Vila Rel ou Rei

 

 

 

 

E por hoje é tudo. Amanhã prometemos tradição. Entretanto hoje no Devaneios também há ruralidades.

 

 

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19
Abr08

Valverde - Chaves - Portugal




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Se tivesse de dividir o concelho por partes, onde cada uma tivesse características idênticas, talvez o dividisse em 5 partes, a saber:

 

-  A zona do Grande Vale de Chaves ou do Tâmega, onde está incluída a cidade de Chaves e todas as aldeias que vivem à volta e ao longo do vale, onde está instalada a maioria da pouca industria existente, quase todo o comércio do concelho, e com terrenos agricolamente férteis, servido quase todas as aldeias de dormitórios e onde reside a maioria da população do concelho.  

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Depois do Grande Vale e começando de Norte para Sul e de Oeste para Este, teríamos:

 

- A Zona Barrosã que seria constituída por todas as freguesias que fazem fronteira com parte da Galiza,  concelho de Montalegre e parte de Boticas, com limite em Seara Velha.

 

- A Zona do Planalto de Monforte e da Raia onde incluiria todas as aldeias a partir das freguesias de Stº António de Monforte e Águas Frias até à raia Galega, concelho de vinhas e parte de Valpaços.

 

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- A Zona da Montanha que englobaria todas as freguesias e aldeias do alto da Serra do Brunheiro e da Serra da Padrela.

 

- A 5ª e última zona à qual eu chamaria Zona de Vidago e englobaria grande parte do concelho a Sul de Chaves e a Oeste das montanhas, com vertentes para o Tâmega.

 

Claro que esta divisão não passa da minha divisão pessoal do concelho, onde dentro destas, há pequenas zonas com características muito próprias e que,  claro, é discutível. Mas são as regiões ou zonas do meu imaginário.

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Pois para a aldeia que hoje é convidada neste blog – Valverde -  não hesitaria nada em engloba-la na Zona de Vidago, não só pela sua proximidade (2 a 3 quilómetros), mas pelas suas características perfeitamente identificáveis com as restantes desta zona, com terras de pequenos vales verdes e também férteis, região de bom vinho, floresta (talvez a mancha verde mais importante do concelho), e uma forte ligação à Vila de Vidago.


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Mas vamos até Valverde.

 

Valverde pertence à freguesia de Selhariz e fica a 15 quilómetros de Chaves e a aproximadamente 3 quilómetro de Vidago.

 

Tal como o seu nome indica, é verde e tem dos tais pequenos vales, férteis. Aliás a principal actividade da aldeia é a agricultura e nada me espanta que nos bons tempos do termalismo de Vidago, Valverde funcionasse como uma das suas hortas, entre outros abastecimentos.

 

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Em termos de população, infelizmente é o costume das nossas aldeias mais distantes do Grande Vale de Chaves, ou seja, uma população mais ou menos envelhecida, poucas crianças e alguns emigrantes. Segundo os Censos de 2001 Valverde tinha 36 homens e 38 mulheres, num total de 74 pessoas, das quais 29 tinham mais de 65 anos e apenas havia 2 crianças com idade inferior a 10 anos, e 11 jovens entre os 10 e os 20 anos. Acho que os números (embora de há 7 anos atrás) dizem tudo e não serão necessários mais comentários, mesmo assim e, comparando com algumas das aldeias da Zona de Montanha, Valverde ainda é uma aldeia com vida.

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Para concluir e sintetizando a aldeia de Valverde poderei dizer que se encontra entre verdejantes campos. Do aglomerado urbano, com muita construção já do tempo do betão e do tijolo,  destaca-se ainda uma grandiosa casa rural de granito, infelizmente e como é costume,  em ruínas, com uma interessante e imponente chaminé, acompanhada de uma outra muito minúscula, mas igualmente bela e ambas artisticamente elaboradas. Como terra rica em oliveiras, existiu em tempos um lagar de azeite, Mas foi também terra rica em “pão” pelo que ainda existem por lá as ruínas de um antigo e bucólico moinho em granito.


Segundo consegui apurar, nesta aldeia nasceu o Tenente Coronel António Vítor Macedo, o primeiro militar que em terras transmontanas, proclamou e defendeu a liberdade constitucional.

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A capelinha é dedicada a Santo Amaro, advogado dos ossos, que é festejado a 15 de Janeiro de cada ano, hoje capela mortuária, pois a uma escassa dezena de metros foi construída uma nova capela, também em granito e maior.


E sobre Valverde, além de ser uma aldeia que se cruza no itinerário de algumas estradas e caminhos municipais de interessantes destinos, nada mais há a dizer.


Amanhã cá estarei de novo com mais uma aldeia do nosso concelho.


Até amanhã!

 

 

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