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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

07
Ago18

Simplesmente Madalena...


1600-(46606)

 

Hoje ficamos com um pedacinho da Madalena, fora dos olhares e da visibilidade que as fachadas de primeira linha têm, um recantinho bucólico q.b., degrada é certo, aparentemente sem gente dentro, mas nem por isso deixa de ter a sua beleza, só é pena estar assim, sem vida, onde nada acontece.

 

Embora e sem qualquer sombra de dúvidas a Madalena seja um dos nossos locais do centro histórico de Chaves mais interessantes da cidade, embora tenha a sua dinâmica durante o dia, não percebo como à noite recolhe a uma penumbra humana, quando tem tanto para oferecer.

 

Ainda estão na memória de muitos as noites deslumbrantes das verbenas do Jardim Público. Já eram tradição da cidade. Chegava o verão, não era necessária qualquer publicidade, as verbenas lá estavam no dia e hora do costume. Era o pouco que havia na altura, mas já era muito para a Madalena e a cidade entrar em movimento. Pessoalmente, sou da opinião que,  adaptada aos tempos atuais em que não basta a banda no coreto e o conjunto musical ao lado, as verbenas continuam a ser possíveis e podem de novo fazer tradição. Mas talvez este sentir seja apenas saudosismo!

 

 

 

05
Jul11

Pedra de Toque - As Verbenas


 

 

AS VERBENAS

 

 

Eram as festas do Verão na nossa cidade.

 

Iniciavam-se em Junho e findavam já nas noites frescas de Setembro.

 

Raro era o fim-de-semana em que elas não aconteciam.

 

Realizavam-nas as comissões de apoio ao Grupo Desportivo de Chaves e muitas outras instituições, algumas de carácter social.

 

Uma salva de morteiros e a arruada da banda, lembravam à cidade o evento que acontecia quase sempre no Jardim Público.

 

 

As pessoas acorriam em grande número.

 

Artistas consagrados visitavam-nos. Marco Paulo marcava presença todos os anos em Agosto na verbena dedicada aos emigrantes que enchiam por completo o espaço.

 

Mas a consagradíssima Amália Rodrigues, também cantou em verbenas no Jardim Público, pelo menos duas vezes fazendo-se acompanhar pelos seus guitarristas e de outros conhecidos cançonetistas.

 

O sucesso foi estrondoso.

 

A diva, já o sol começava a raiar, elogiou a hospitalidade dos flavienses e realçou a beleza desta nossa velha cidade milenária, enquanto bebia a água das nossas miraculosas caldas, para digerir a costumada ceia.

 

Nas verbenas dançava-se à volta do coreto e por todo o jardim.

 

Ali destacava-se, comandando o baile, a tia Maria Landainas, mestre de dança de muitos jovens flavienses, que deambulava nos seus levíssimos chinelos, ao som e ao ritmo das modas que a banda tocava.

 

 

No ringue, rodeado de mesas onde se serviam comes e bebes, dançavam os mais endinheirados, que podiam pagar a quantia que a organização fixava para bailarem sem sujarem de poeira os brilhantes sapatos.

 

No topo, um conjunto normalmente de Chaves, debitava música mais moderna.

 

Quantas promessas furtivas, quantas mãos apertadas, quantos olhares comprometedores cimentaram amores, quiçá paixões, que perduraram para além do Verão seguinte.

 

Claro que o Jardim Público de então era um berço romântico e acolhedor para estas festas, as saudosas verbenas,

 

Ainda hoje frequentemente relembradas com emoção pelas gentes da minha terra, nestes fins-de-semana em que o calor tanto aperta.

 

 

António Roque

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