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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

19
Mar23

O Barroso aqui tão perto... Zebral

Aldeias da freguesia de Ruivães e Campos - Concelho de Vieira do Minho


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Já demos a volta completa ao Barroso, aldeia a aldeia, algumas até mais que uma vez, mas temos consciência que nos falta ainda descobrir muito Barroso, inclusive algumas das aldeias que visitámos, e a aldeia para onde vamos hoje, é uma delas, tudo que aqui deixamos, à exceção das vistas gerais, é uma pequena mostra daquilo que é Zebral.

 

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Para esta descoberta das aldeias da freguesia de Ruivães e Campos, do concelho de Vieira do Minho, fomos lá quatro vezes, em julho, agosto e setembro de 2019, e a última em dezembro de 2022. Nas três primeiras visitas, embora todas no verão, por incrível que possa parecer fomos recebidos por autênticos dias de inverno, não pela temperatura que até estava agradável, mas pela chuva e nevoeiro, o que nos condicionou, e muito, o nosso levantamento fotográfico, principalmente pela pouca luz e visibilidade, além de, nas três vezes não irmos preparados para a chuva.

 

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Após essas três primeiras visitas, concluímos logo que a nossa recolha não estava completa, em nenhuma das aldeias, e sabíamos que tínhamos de lá voltar para completar a recolha de imagens. Entretanto aparece a pandemia, teletrabalho  e a proibição de aos fins-de-semana sair do nosso concelho de residência e, com notícias tão negras com que eramos bombardeados diariamente e ainda sem vacinas,  houve também alguns receios e precauções com as nossas saídas.

 

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Finalmente em dezembro de 2022 decidimos ir até a freguesia de Ruivães e Campos novamente, para concluir o nosso levantamento fotográfico, desta vez em pleno inverno, mas espante-se novamente, para contrariar as anteriores visitas, tivemos um autêntico dia de verão, até com temperatura agradável para a época, e foi um dia em que fizemos também uma abordagem diferente, pois iniciamos com uma subida à serra da Cabreira para daí lançar um olhar sobre quase a totalidade da freguesia de Ruivães e Campos, e aí, demos conta de que tínhamos feito tudo ao contrário, pois a nossa primeira visita à freguesia deveria ter começado precisamente pela subida à serra da Cabreira,  para daí ter uma ideia de como eram as aldeias que íamos visitar.

 

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Foi precisamente lá de cima da serra da Cabreira que tivemos noção de como era a aldeia de Frades, a qual já tínhamos visitado em setembro de 2019 e que desde logo soubemos também ter partido de lá com o levantamento incompleto. Mas como esta subida à serra da Cabreira demorou mais que o previsto e faltando-nos ainda Ruivães por levantar e outras aldeias mais próximas, não houve tempo para outra visita da Zebral. Hoje ao termos noção daquilo que é a aldeia e aquilo que fizemos na recolha fotográfica, constatamos que ficou muito aquém daquilo que se exigia, pois o que vos deixamos aqui hoje é apenas uma pequena mostra daquilo que é Zebral. As vistas que tomámos desde a serra da Cabreira sobre Zebral, mostram-nos que a aldeia é muito mais do que aquilo que aqui deixamos, pelo que, sinceramente lamentámos deixar-vos só o que deixamos, mas o assunto não ficará encerrado.

 

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Como a única visita que fiz à serra da Cabreira nos soube a pouco, deixou a vontade de lá voltarmos novamente, e faremos todos os possíveis para lá voltar e, quando tal acontecer, a descida da serra será para fazer direitinha em direção a Zebral, para fazer aquilo que deveria ter sido feito na última visita. Fica prometido, e aí, Zebral terá um novo post. 

 

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Vamos então para Zebral cuja situação geográfica e localização é muito semelhante à das restantes aldeias da freguesia de Ruivães e Campos, ou seja todas elas localizadas na vertente da Serra da Cabreira que descarrega no rio Cávado e Rabagão, onde se começa a formar a barragem de Salamonde e todas próximas da  N103 no troço que liga Chaves a Braga e, mesmo que Zebral seja a aldeia da freguesia mais distante da N103 e dos dois rios citados, fica igualmente perto, por outro lado, a par da aldeia de Espindo, é a que se encontra em cota mais elevada no que respeita a Serra da Cabreira, mas igualmente na mesma vertente das restantes aldeias da freguesia. A seguir ficam os nossos mapas e outros que pedimos “emprestados” à Google para melhor poderem acompanhar as nossas palavras e a localização da aldeia.

 

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Para chegarmos a Zebral, e repetimos, como sempre a partir da cidade de Chaves, teremos que apanhar a N103 e podíamos seguir sempre por até à entrada do concelho de Vieira do Minho, mais precisamente até à aldeia de Botica, mas não vamos por aí, recomendamos um caminho mais curto e mais interessante. Jà quanto ao regresso a Chaves, aí sim, poderá regressar pela N103, isto em alternativa ao regressar pelo mesmo caminho de ida. Assim, nós recomendamos um atalho, onde se poupam cerca de 10Km, ou seja, saímos obrigatoriamente pela N103 mas só até Sapiãos, aí viramos em direção a Boticas onde apanhamos a R311 em direção a Salto. Ainda antes de Salto, no cruzamento onde podemos virar para Salto ou Venda Nova, tomamos a direção de Salto, mas só por 100m, onde devemos sair à direita em direção às Minas da Borralha, depois de passarmos ao lado da Borralha, seguimos por Linharelhos, Lamalonga e logo a seguir temos Campos, onde devemos sair para Zebral. Penso que existe sinalização a indicar Zebral, já não recordo, mas em caso de não existir ou de dúvidas, perguntem a alguém da aldeia. Desde Chaves até Zebral, ao todo, por este itinerário que recomendamos, são 69.2Km, 1H20 de viagem, sem paragens e a cumprir os regulamentos de circulação em estradas.

 

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Claro que estas dicas que por aqui deixamos, hoje, apenas se referem à aldeia de Zebral, mas a ideia é para aproveitarem todo um dia de passeio por esta aldeias e as suas vizinhas e ainda com subida obrigatória à Serra da Cabreira. Claro que para todo o dia há que fazer algumas paragens, uma delas para comer, almoçar, para a qual há várias alternativas, uma delas, a do piquenique de viagem, isto se gostar de piquenicar. Se gostar mais de sentar à mesa, esteja onde estiver, por estas bandas encontra sempre onde comer a menos de 15 minutos de viagem, às vezes o problema está mesmo em escolher onde.

 

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E por hoje é tudo, chegamos àquela altura em que nos despedimos e anunciamos o vídeo resumo com todas as imagens que hoje aqui foram publicadas, vídeo que também podem ver no MeoKanal e no nosso canal do YouTube, ficando também a promessa de um dia voltarmos a Zebral.

 

Aqui fica o vídeo que espero que gostem:

 

 

Agora também pode ver este e outros vídeos no…

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… e no YouTube, onde podem subscrever o nosso canal para serem avisados de todas as publicações que lá fizermos, e nós agradecemos. Pode passar por lá e subscrevê-lo aqui: 

 

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No próximo domingo continuaremos na freguesia barrosã de Ruivães e Campos do concelho de Vieira do Minho, com mais uma das suas aldeias.

 

 

12
Fev22

O Barroso aqui tão perto - Zebral C/Vídeo

Aldeias do Barroso - Concelho de Montalegre


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ZEBRAL - MONTALEGRE

 

No último post vídeo dedicado às aldeias do Barroso de Montalegre dizia que, dado que todas as aldeias de Montalegre já tinham o seu vídeo, estava na altura de passar a outra fase, mas fui adiantando que pelo meio poderia haver uma falha, um lapso, e aconteceu mesmo, pois pela ordem alfabética a seguir ao X de Xertelo (a última aldeia que aqui trouxemos)  ainda existe o Z de Zebral, que eu pensava já ter vídeo, mas não tinha, por isso aqui fica hoje.

 

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Zebral que recordo ter sido uma agradável descoberta, com gente na rua e simpática, onde deu para fotografar algumas relíquias, conversar um pouco e até recordar algumas estórias vividas na primeira pessoa por um dos nossos companheiros destas andanças pelo Barroso, que por sinal tinha sido professor em Zebral.

 

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E se demorou o termos ido por lá a primeira vez, a partir de aí as nossas passagens por Zebral começaram a ser frequentes, pois a aldeia tornou-se num ponto de passagem, ou atalho,  para outros itinerários, e em boa hora o descobrimos, pois esse troço/atalho, é um dos mais interessantes do Barroso e simultaneamente pode poupar-nos uns bons quilómetros de trajeto.

 

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Como chegar a Zebral a partir, como sempre, da cidade de Chaves? Ora é muito fácil, mesmo porque Zebral fica a cerca de 27km, meia hora de viagem, isto se formos pelo itinerário que recomendamos, ou seja via estrada de São Caetano, Soutelinho da Raia e logo a seguir, em Meixide, após a aldeia, na bifurcação da estrada, tomarmos a opção da esquerda, para Pedrário e Sarraquinhos. Em Sarraquinhos, devemos entrar e atravessar a aldeia´, sempre pela rua principal até terminarem as casas e termos de novo estrada aberta, a partir de aí é seguir sempre por essa estrada até encontrarmos a primeira aldeia que já será Zebral. Mas para melhor entender a localização de Zebral, fica em mapa o itinerário por nós recomendado e fotografias aéreas do google Earth com algumas anotações.

 

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Em Zebral demore-se o tempo que for necessário, sem pressas, mesmo porque a aldeia não é assim tão grande para nela se poder demorar uma eternidade, mas com o tempo necessário para apreciar os pormenores, o casario, a vida no campo, conversar com as pessoas, beber a água das fontes, tendo sempre em conta aquilo que nos dizia Torga a respeito destes reinos maravilhoso “ O que é preciso para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade e o coração”.

 

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Mas como hoje estamos aqui pelo vídeo que ZEBRAL não teve aquando do seu post completo, para o qual fica link no final deste, vamos passar de imediato para esse vídeo, com todas as fotos da aldeia publicadas até hoje neste blog. Espero que gostem.

Aqui fica:

 

Agora também pode ver este e outros vídeos no MEO KANAL Nº 895 607

 

Post do blog Chaves dedicados à aldeia de ZEBRAL:

 

https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-zebral-1503453

 

Como todas as aldeias de Montalegre já têm o seu vídeo é tempo de passarmos a uma segunda fase de abordagem ao Barroso de Montalegre. Para já, nas próximas semanas iremos andar pela vila, sede de concelho, com imagens e algumas estórias e sempre que possível também com a sua História, depois, com o tempo, logo se verá. Certeza, sem ser necessário prometer, é que o Barroso vai continuar a ter lugar neste blog, sempre.

 

 

27
Fev17

O Barroso aqui tão perto... Zebral


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Vamos lá então até a aldeia barrosã que ontem deveria ter ficado aqui no blog, mas como não deu, fica hoje. Mais uma aldeia do Alto-Barroso, do concelho de Montalegre e que dá pelo nome de Zebral.

 

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Pois sem mais demoras passemos à sua localização. Já sabem que o nosso ponto de partida é sempre de Chaves. Para esta aldeia, tanto faz ir pela estrada municipal via Soutelinho da Raia, como tomar a nacional 103, em direção a Braga.

 

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Para o primeiro itinerário, via Soutelinho da Raia, logo a seguir à primeira aldeia do Concelho de Montalegre, Meixide, devemos tomar a estrada da esquerda e direção a Pedrário e Sarraquinhos. Nesta última abandonamos a estrada em que seguíamos e viramos à esquerda. Está por lá uma placa que indica Zebral que fica quase logo a seguir (2,2 Km).

 

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Se optarmos pela E.N.103, não há nada que enganar, é seguir estrada acima até chegar ao Barracão, aí abandona-se a E.N.103 e vira-se à direita, seguindo a placa de Vidoeiro, passada esta aldeia logo a seguir é Zebral. Do Barracão a Zebral são aproximadamente 4,2 Km.

 

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Claro para quem gosta de conhecer o nosso mundo rural e se quiser ir a Zebral, aproveite e vá deitando um olhinho às aldeias por onde passar, pois todas elas têm o seu encanto e embora muito parecidas, todas são diferentes.

 

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Mas para melhor localização fica de seguida o nosso mapa com a localização de Zebral, mas também ficam aqui as coordenadas da aldeia: 41º 47’ 22,24” N e 7º 41’ 01.24” O, pertence à freguesia de Sarraquinhos, concelho de Montalegre e situa-se entre os 880 e os 960 metros de altitude em pleno Alto-Barroso.

 

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Ainda antes de entrarmos naquilo que descobrimos com as nossas pesquisas, vamos àquilo que registámos aquando da nossa visita à aldeia e às nossas impressões pessoais, mas também àquilo que nos foram contando, pois desta vez tivemos a sorte de um dos nossos companheiros dos cliques fotográficos, aliás habitual nestas nossas visitas ao Barroso, ter sido professor na aldeia.

 

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Claro que fizemos a visita com paragem obrigatória junto ao nº54 da aldeia, uma humilde construção que então servia de escola, com a curiosidade de ter a sorte de existirem Instalações Sanitárias, mas no Nº 63 da aldeia, que embora a distância dos números, ficavam mesmo do outro lado da rua. Contava-nos o nosso amigo Professor que quando lá chegou,  as instalações sanitárias já existiam, mas nunca tinham funcionado e a chave da mesma estava em Montalegre.

 

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Convenhamos que não daria muito jeito que num aperto tivessem de ir a Montalegre buscar a chave, daí que o Professor solicitou por várias vezes à autarquia a “inauguração” das Instalações Sanitárias, até que um dia, um Vereador da Autarquia (hoje Presidente), de chave na mão, apresentou-se em Zebral, para conjuntamente com o Professor fazerem a inauguração das ditas cujas. Esqueci apurar que teria sido o primeiro utente de tão nobre infraestrutura.

 

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Com esta pequena história fica também uma homenagem ao Professor Primário em geral, hoje Professor do 1º Ciclo,  e às condições precárias que encontravam na maioria das aldeias onde tinham de lecionar,  sem materiais de apoio, ao frio ou calor, sem transportes, tendo de calcorrear, muitas das vezes, vários quilómetros a pé para poderem ensinar as crianças e levá-las, pelo menos, a fazer a 4ª classe. Se conseguirem imaginar estas condições tanto para professores como para alunos, comparando-as com as atuais, verão facilmente lhes poderíamos chamar heróis da educação. A homenagem é sincera, principalmente agora depois de conhecer muitas das nossas aldeias do interior e algumas dessas escolas sem o mínimo de condições. A única coisa boa era mesmo haver uma escola e crianças para ensinar, “coisas” que hoje rareiam nas nossas aldeias.  

 

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Pois quanto à aldeia, segundo as minha impressões pessoais, saí de lá com a sensação de existirem três núcleos habitacionais, dois deles mais antigos. O primeiro logo à entrada da aldeia com casario mais senhorial, de casas agrícolas mais ricas, uma delas com capela particular.

 

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Um segundo núcleo, o da aldeia propriamente dita, mais antiga e de construções mais concentradas e próximas da igreja.  Por último um terceiro núcleo no cimo da aldeia, constituído por construções mais recentes.

 

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Quanto ao conjunto, agradou-nos aquilo que vimos, não só a aldeia e o seu casario mas também a envolvente, com terrenos cultivados e ainda alguma gente para os cultivar e pelo que tivemos oportunidade de ver e registar em imagem, pelo menos, por lá, ainda se cultivam batatas e milho.

 

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Também registámos a simpatia das pessoas com quem tivemos oportunidade de conversar, que em Zebral foram conversas um pouco mais prolongadas, pois o antigo Professor da aldeia que nos acompanhava também ia querendo saber por onde andavam os seus alunos.

 

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Quanto às nossas pesquisas, nos sítios do costume, pouco encontrámos, pelo menos que tivessem a ver diretamente com a aldeia. No livro “Montalegre”  de Zebral apenas consta o seu topónimo como pertença à freguesia de Sarraquinhos  e este pequeno apontamento: “Zebral (onde existia uma herdade do irmão do trovador João Baveca)”. Pelo menos deu para ficar a saber quem era o Baveca, e para aqueles que como eu não sabem quem ele era, aqui fica um breve apontamento sobre o trovador que encontrámos num sitio da WEB:

 

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“João Baveca, Trovador ou Jogral medieval, de nacionalidade incerta. Quase nada sabemos sobre este autor, a não ser os dados que podem ser inferidos a partir das suas cantigas. Assim, as referências que nelas faz ao segrel Bernal de Bonaval ou à soldadeira Maria Balteira, bem como as tenções com Pedro Amigo de Sevilha ou Pero d'Ambroa situam-no seguramente em Castela, no segundo terço do século XIII, nas cortes de Fernando III e Afonso X. 
A sua qualidade de jogral parece depreender-se do lugar que ocupa nos cancioneiros, onde está integrado no grupo de jograis galegos, e também da tenção que mantém com Pero d'Ambroa, da qual parece depreender-se que estaria ao serviço de algum trovador. No entanto, como Resende de Oliveira não deixa de referir, o Nobiliário do Conde D. Pedro menciona um Fernão Baveca (30BB5), segundo marido de D. Teresa Peres de Vide, sobrinha do trovador Fernão Fernandes Cogominho (e mesmo talvez por ele aludida numa sua composição), e seus filhos, Fernão e Afonso Baveca. O mesmo Fernão Baveca está igualmente documentado em Barroso, em meados do século XIII. Não sendo impossível que João Baveca pertencesse à mesma família, podendo, nesse caso, ser um cavaleiro português, faltam-nos dados para validar esta hipótese.  (Referências: Oliveira, António Resende de (1994), Depois do espectáculo trovadoresco. A estrutura dos cancioneiros peninsulares e as recolhas dos séculos XIII e XIV, Lisboa, Edições Colibri, p. 358.)"

 

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Quem acompanha o blog já sabe que temos a noia de querer saber a origem das coisas, dos topónimos, por exemplo, e se não conseguimos saber, mandamos uns palpites, às vezes à toa, mas com algum sentido de até poder conter alguma verdade. Por exemplo para Zebral a primeira coisa que nos ocorre é qualquer coisa relacionado com zebras. Esta sem qualquer sentido, pois zebras em zebral só mesmo se pintarem um burro às ricas brancas e pretas. Mas se nos referirmos a Zebra como uma pedra que servia de peso e equivalia a uma arroba, aí já pode fazer algum sentido, mas também não me parece que o topónimo tenha essa origem, tanto mais que este topónimo é mais ou menos comum e até se repete noutras terras e paragens e até há teorias justificadas por entendidos para a sua origem, no geral, ou seja, sem ser para o caso deste Zebral do Barroso. Também chegámos a esta conclusão na WEB, num blog que trata destas coisas e que a seguir transcrevo:

 

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“Com o desenvolver da investigação que vou realizando sobre a toponímia de origem fenícia, cada vez mais me vou apercebendo da grande antiguidade de alguma dela. Já tinha reparado (e escrito) que entre os topónimos de muito grande antiguidade se podiam referir os da família de “zebro” e de “sobro” (por exemplo “zebral” e “sobral”) que têm origem no radical fenício "sbr", que significa "amontoar, fazer um monte". O nome deve ter sido usado em várias situações em que se criava um monte artificial, e não será necessário dizer que existe um número anormalmente grande de mamoas e antas em Portugal que estão em locais conhecidos como "Zebro", "Zebra", "Sobro", “Sobral”, “Zebral”, etc. Concluo daí que estes nomes foram criados na época em que as mamoas foram feitas, ou seja durante o Neolítico e Calcolítico. Por isso o nome se refere ao processo construtivo - "amontoar, fazer montes", e não à forma existente cuja origem se desconhece.”

 

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E é tudo, por hoje, pois no próximo domingo cá estaremos outra vez com mais uma aldeia do Barroso de Montalegre. Restam as referências às nossas consultas bem como deixar os links para as anteriores abordagens às aldeias e temas do Barroso.

 

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Bibliografia

“Montalegre” de José Dias Baptista, edição do Município de Montalegre, 2006

 

WEB

http://cantigas.fcsh.unl.pt/autor.asp?pv=sim&cdaut=62

http://fernando-outroladodahistoria.blogspot.pt/2014/04/zebral-arca-orca-selada-soldo-e-anta.html

 

Links para nteriores abordagens ao Barroso:

A Água - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-a-agua-1371257

Amial - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-ameal-1484516

Amiar - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-amiar-1395724

Bagulhão - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-bagulhao-1469670

Cepeda - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-cepeda-1406958

Cervos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-cervos-1473196

Cortiço - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-1490249

Corva - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-corva-1499531

Donões - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-donoes-1446125

Fervidelas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-fervidelas-1429294

Fiães do Rio - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-fiaes-do-1432619

Fírvidas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-firvidas-1466833

Frades do Rio - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-frades-do-1440288

Gralhas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-gralhas-1374100

Lapela   - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-lapela-1435209

Meixedo - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-meixedo-1377262

Meixide - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-meixide-1496229

O colorido selvagem da primavera http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-o-colorido-1390557

Olhando para e desde o Larouco - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-olhando-1426886

Padornelos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-padornelos-1381152

Padroso - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-padroso-1384428

Paio Afonso - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-paio-afonso-1451464

Parafita: http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-parafita-1443308

Paredes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-paredes-1448799

Pedrário - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-pedrario-1398344

Pomar da Rainha - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-pomar-da-1415405

Ponteira - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-ponteira-1481696

Roteiro para um dia de visita – 1ª paragem - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-roteiro-1104214

Roteiro para um dia de visita – 2ª paragem - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-roteiro-1104590

Roteiro para um dia de visita – 3ª paragem - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-roteiro-1105061

Roteiro para um dia de visita – 4ª paragem - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-roteiro-1105355

Roteiro para um dia de visita – 5ª paragem, ou não! - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-roteiro-1105510

Sendim -  http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sendim-1387765

Solveira - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-solveira-1364977

Stº André - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sto-andre-1368302

Tabuadela - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-tabuadela-1424376

Telhado - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-telhado-1403979

Travassos da Chã - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-travassos-1418417

Um olhar sobre o Larouco - http://chaves.blogs.sapo.pt/2016/06/19/

Vilar de Perdizes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilar-de-1360900

Vilar de Perdizes /Padre Fontes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilar-de-1358489

Vilarinho de Negrões - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilarinho-1393643

São Ane - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sao-ane-1461677

São Pedro - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sao-pedro-1411974

Sendim -  http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sendim-1387765

Solveira - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-solveira-1364977

Stº André - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sto-andre-1368302

Vilaça - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilaca-1493232

Vilar de Perdizes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilar-de-1360900

Vilar de Perdizes /Padre Fontes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilar-de-1358489

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